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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Arsenal do Alfeite “dispensa” mais de 500 trabalhadores












Mais de 500 trabalhadores do Arsenal do Alfeite vão passar para o regime de mobilidade especial!

O Arsenal do Alfeite (AA), em Almada, começa a partir de terça-feira a funcionar como sociedade anónima de capitais públicos, passando a designar-se Arsenal do Alfeite, S.A. Dos 1130 trabalhadores actuais, pouco mais de metade (627) vai continuar ao serviço do AA, e os restantes passam a integrar o regime de mobilidade especial.

Sexta, 08/28/2009 - 12:02

A transformação em sociedade anónima tinha sido anunciada em Novembro do ano passado pelo ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira. Na semana passada, o Governo aprovou a minuta do contrato de concessão com a Arsenal do Alfeite S.A., a nova empresa que vai gerir os estaleiros navais e que deve começar a funcionar em pleno a partir de 1 de Setembro.

No entanto, apesar de, em Novembro, o ministério ter previsto a manutenção de um quadro de pessoal com 800 a mil trabalhadores, Rogério Caeiro, dirigente da comissão sindical do Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas, Estabelecimentos Fabris e Empresas da Defesa (STEFFAS), avança que apenas vão manter-se 627 postos de trabalho, sendo que 503 pessoas passam para o regime de mobilidade especial.

«Os trabalhadores sentem uma grande indignação por esta atitude do Governo», confessa o dirigente. Tanto mais que afirmam não saber que critérios foram utilizados para a selecção de quem fica e de quem passa para a mobilidade especial. «Houve funcionários que questionaram as chefias sobre isso e não obtiveram resposta, ou então foi-lhes dito que tinham tirado à sorte».

Com uma redução para pouco mais de metade dos funcionários, Rogério Caeiro questiona mesmo «até que ponto é que o AA conseguirá dar resposta à manutenção dos navios da armada, se dantes os trabalhadores já eram poucos».

Recorde-se que, desde Novembro do ano passado, os trabalhadores têm lutado contra a empresarialização do AA. No entanto, consideram que não foram devidamente ouvidos pelo Governo. «O ministério ainda agendou duas reuniões, só para ganhar tempo até os trabalhadores irem de férias em Agosto».

Sem saber bem que mudanças os esperam, os funcionários que regressam ao AA na terça-feira vão ver que propostas é que a nova administração tem para lhes apresentar. Contudo, o dirigente promete que «não vão abdicar de lutar pelos seus direitos».

O iMais tentou contactar o Ministério da Defesa sobre este assunto, mas sem sucesso. Já a administração do AA remeteu esclarecimentos sobre a mudança em curso para 1 de Setembro, já que, de momento, está a ultimar a passagem a sociedade anónima.

Por Cristina Isabel Pereira

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Será que os juizes, e os politicos não lêem isto,Percebam o que o Povo pensa da insegurança que se vive neste País !


Corre ladrões a tiro de caçadeira

Com seis assaltos no historial do café Serfi, em Lousada, o proprietário Joaquim Ribeiro, ao ver o gang de quatro homens a partir-lhe o vidro à pedrada e a preparar-se para levar a máquina de tabaco, disparou o primeiro tiro de caçadeira para o ar. Não os intimidou e o medo de que estes respondessem fez com que atirasse mais duas vezes. Feriu dois assaltantes, de 21 anos, que tiveram de ser internados, durante manhã de ontem, no Hospital de São João, Porto.

Conheça todos os pormenores na edição de quarta-feira do jornal 'Correio da Manhã'.

Alguns comentários:


26 Agosto 2009 - 12h10 | Fuzileiro
Parabéns. Foi à minha maneira quando assaltaram as bombas de gasolina do meu Pai. Fixe!!!!!

26 Agosto 2009 - 12h05 | Ana Silva
É onde se chega por não haver quem nos acuda.Pag.impostos,trab.honestamente e ainda nos resta fazer o trabalho da justiça

26 Agosto 2009 - 12h05 | Tuga
Estás lixado ! Ainda vais preso por teres disparado sobre os 'desgraçadinhos', pena não teres melhor pontaria !

26 Agosto 2009 - 11h58 | Arlindo Vieira
Se todos tivessem a coragem deste Sr os criminosos penssavam duas vezes antes de actuar-Maia

26 Agosto 2009 - 11h55 | Zegas
Parabéns meu HERÓI para a proxima aponte melhor, mais para o centro e todos deviam fazer assim o resto é treta.

26 Agosto 2009 - 11h54 | Ana Paz
E MOSTRAM A FOTO DA VÍTIMA?!P/QUÊ?! P/SER PERSEGUIDO?! E A FOTO DOS ASSALTANTES ONDE ESTÁ?! Lx

26 Agosto 2009 - 11h52 | Manu
Parabéns sr Joaquim. Haja vergonha na cara dos juizes para que este homem seja honrado pela atitude de defesa da ordem.

26 Agosto 2009 - 11h47 | Xico
A única palavra que me ocorre é a de lhe enviar os meus PARABÉNS, isso é atitude, não a cobardia dos políticos. Sj Feliz

26 Agosto 2009 - 11h34 | pedroso
é esta a esta justiça que o estado nos deixou,sermos nós a resolver os problemas e resolvemos melhor que os juízes ...

26 Agosto 2009 - 11h25 | Telmo Galvão
Quero dar os parabéns a este grande homem, e avisar o resto da canalhada que cá tenho a minha à vossa espera também.

Correio da Manhã

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A SAÚDE VISTA AO PORMENOR NO LITORAL ALENTEJANO.

Conclusões da reunião realizada a 20 de Julho de 2009 com o Director Executivo do Agrupamento dos Centros de Saúde do Litoral Alentejano e respectivo Concelho Clínico, na sede do Agrupamento dos Centros de Saúde do Litoral Alentejano em Alcácer do Sal.
· No início da constituição do Agrupamento dos Centros de Saúde do Litoral Alentejano, do qual estamos contra porque é um novo instrumento da Segmentação e Privatização dos Cuidados de Saúde Primários. E o qual vem na linha condutora do modelo C das unidades de saúde familiar. Constatamos o seguinte:· Foram criadas 5 Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (U.C.S.P. ‘s), em Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sines e Odemira. O que na sua issencia é igual às Unidades de Saúde Familiar. Que com esta criação vem fragmentar a prestação de Cuidados de Saúde · Neste período do ano, quando os utentes mais necessitam dos cuidados de saúde primários é quando se verifica uma maior falta de profissionais de saúde (Médicos e Enfermeiros); · Sobre a falta de Médicos em relação ao quadro de pessoal do ACES (do Litoral alentejano). O Ministério da saúde deve alterar a legislação no sentido de cativar os respectivos profissionais de saúde e fazer um programa de emergência para estes concelhos de mais difícil “colocação” de Médicos; · Sobre a falta de Enfermeiros, são estes profissionais que suportam uma Extensão de Saúde em funcionamento, promovem a saúde e a prevenção da doença. O rácio que é pedido pela Organização Mundial de Saúde (um Enfermeiro para cada 300 famílias) está completamente excluído esta orientação bem como a criação do Enfermeiro de Família; · Os contratos dos diversos profissionais de saúde (Médicos, Enfermeiros, Auxiliares de Acção Medica, etc.) estão garantidos até ao final do ano. O que significa que o Ministério da Saúde não pretende dar estabilidade aos respectivos profissionais de saúde, que por sua vez se reflecte-se nas questões da falta de cuidados de saúde e que a Precariedade não é para terminar mas sim para continuar; · Há mobilidade de Auxiliares de Acção Medica, Auxiliares de Apoio e Vigilância e Administrativos nos concelhos de Alcácer do Sal e Grândola; · Verificamos ainda que existe uma grande dificuldade nas deslocações dos utentes às respectivas consultas e que a Empresa prestadora deste serviço (Rodoviária do Alentejo) não está a cumprir os mínimos exigidos a um serviço que se denomina Público; · Na falta de transporte público, os utentes deslocam-se em meios próprios ou de táxi, cujo reembolso é de 0,02€ por km percorrido no caso de consulta da especialidade (O que é uma Autentica Vergonha); Para o concelho de Grândola · O serviço de atendimento permanente que funcionava 24h por 24h, o qual o Governo veio a encerrar. Este serviço é para continuar encerrado, o que a ser assim causa grande transtorno aos utentes; · Actualmente funciona o Atendimento Complementar, cujo seu horário é das 9h as 32h45m. Este serviço provo maior fluxo as urgências do Hospital do Litoral Alentejano devido ao A.C. não prestar o mesmo serviço que o antigo S.P.A. · O atendimento complementar é uma mera consulta, a Ministra da Saúde mentiu a toda a população quando afirmou que a população ia ficar melhor servida; · No centro de saúde de Grândola está previsto uma reestruturação. Sendo previsto obras muito em breve para a criação de uma unidade de Cuidados Continuados de média e longa duração. Uma parte das instalções foi cedida a uma I.P.S.S. local (A.I.S.L.A). O que quer dizer Mais Uma Vez Privatização; · Quanto ao reforço das extensões de saúde de Melides e Carvalhal, realçamos neste período ano, com o aumento populacional não é possível devido à falta de Médicos (aumentar o numero de horas de atendimento) e não querem colocar um Enfermeiro em tempo permanente. Queremos dizer com isto, que mais uma vez vamos entupir as Urgências do H.L.A. ; Para o concelho de Santiago do Cacém: · Continua a existir 14000 utentes sem médico de família; · O encerramento do SADU, em que os casos agudos que ali eram rapidamente vistos. No ano em que o SADU encerrou (2007) houve uma afluência as urgências do H.L.A. de mais de 25%; · Não é pretensão da direcção deste ACES encerrar qualquer extensão de saúde; · Alvalade Sado o numero de horas de medico na extensão de Saúde mantêm-se e o enfermeiro pode estar permanente; · Cercal do Alentejo o enfermeiro continua precário e na Extensão de Saúde continua-se a praticar o mesmo horário, ou seja, das 9h00m às 13h00m e das 14h00m às 17h00m, quando à um ano atrás era das 8h00m às 18h00m (tempo continuo), devido a falta de uma administrativa. O que provoca transtornos a população; · Abela o número de hora de Médico na extensão de Saúde mantêm-se e o Enfermeiro não pode estar permanente; · Ermidas-sado o Enfermeiro continua Precário; · São Domingos o número de horas de Médico na Extensão de Saúde mantêm-se e o Enfermeiro não pode estar permanente; · São Francisco o número de horas de Médico na Extensão de Saúde mantêm-se, o Enfermeiro não se pode deslocar; · São Bartolomeu as instalações da Extensão de Saúde continuam degradada, o número de horas de Médico mantêm-se e o Enfermeiro não se pode deslocar; · Deixa-o-Resto, o número de horas de Medico na Extensão de Saúde mantêm-se e o Enfermeiro não se pode deslocar; · Vila Nova de Santo André o horário da Extensão de Saúde não vai ser alargado; · Santiago do Cacém, o Centro de Saúde estará para breve disponível o serviço de tratamento aos fim-de-semanas e feriados, palavras do Director Executivo (Mas esta promessa já vem desde Maio de 2007); · Nas freguesias de Santa Cruz e Vale de Água, não é pretensão de ser criada uma extensão de saúde; · Sobre as condições das instalações das diversas extensões do concelho, uma equipa dos serviços técnicos da Administração Regional de Saúde do Alentejo irá fazer um levantamento das necessidades durante o mês de Agosto. Veremos! Para o concelho de Sines: · O Atendimento Complementar não funciona aos Sábados, Domingos e Feriados devido a falta de Médicos; · Sobre o futuro edifício do centro de saúde de Sines. O programa funcional está concluído. Até ao final do ano entra em fase de concurso a apresentação do projecto.

Fonte Antena Sul

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A nova CP...

O Ferroviário, boletim do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF), consultou as fontes da própria CP (designadas «Balanços Sociais da CP, REFER e EMEF») e apresentou resultados comparados entre 1992 (último ano da existência da CP como empresa pública) e 2008 (onde a CP está desmembrada e semi-privatizada em três empresas, CP+REFER+EMEF).
As comparações são chocantes.

Em termos de efectivos globais, desde 1992 até 2008 o número de trabalhadores diminuiu 10.218 em todas as áreas, à excepção do núcleo dirigente, onde houve um aumento de 11 gestores e 502 quadros superiores.
Daqui resultou que a relação trabalhador/quadro superior, que em 1992 era de 35 para 1, passou em 2008 a ser de 9 para 1...
O SNTSF não hesita em assinalar que, na actual CP semi-privatizada e desmembrada, «reduz-se na área da produção para dar lugar, em muitos casos, aos "boys" dos diversos governos».

Quanto às despesas com pessoal, as assimetrias tornaram-se também abissais: entre 1992 e 2008 os custos com gestores cresceram 110%, enquanto com os restantes trabalhadores (onde se incluem os quadros superiores) cresceram apenas 23%.
«Por isso as assimetrias se acentuam e os trabalhadores vêem as injustiças a crescer», frisa o Sindicato.

Mas o pior de tudo é que, ao contrário do que prometeram, os resultados não melhoraram, antes pelo contrário:
Hoje, as empresas divididas custam muito mais ao erário público do que em 1992, quando a CP era única no sector.
Os números não enganam e são arrasadores:
Em 1992, a CP tinha um défice acumulado de 178.048.602,87 euros (cerca de 178 milhões de euros); em 2008, o conjunto das três empresas (CP+REFER+EMEF) atingiram o défice acumulado de 433.202.416,46 euros (cerca de 433 milhões de euros), ou seja, entre 1992 e 2008 a CP aumentou quase duas vezes e meia o seu défice acumulado.

Todos nos lembramos da argumentação expendida pelos governantes da altura (como sempre, do PS ou do PSD/CDS), para justificar o desmembramento da CP em três empresas e decorrente entrega aos privados dos segmentos lucrativos: era imprescindível reduzir o défice da CP, a par de rentabilizar e agilizar o transporte ferroviário em Portugal.

O resultado está à vista:

O défice da CP passou, em 15 anos, para quase o triplo, o transporte ferroviário degradou-se, «encurtando» com a supressão regular de linhas e ramais, deixou de servir populações inteiras e vastas regiões porque a sua componente «privada» passou a privilegiar as linhas imediatamente rentáveis e a subalternizar ou a abandonar o que fosse «apenas» estratégico e de interesse público, tanto para as pessoas como para a economia e o desenvolvimento nacional - enfim, o transporte ferroviário, por definição mais económico, sustentado e ecológico foi sendo paulatinamente substituído pelo transporte rodoviário, muito mais caro e poluente.

A componente pública que se manteve na «nova CP» - fragmentada e semi-privatizada - tem servido para três coisas:
Para canalizar os dinheiros públicos, que por sua vez irão cobrir todos os défices, desmandos e investimentos necessários às explorações rentáveis e entregues de mão beijada aos privados e, finalmente, para alimentar a multidão de «amigos» dos sucessivos governos e governantes, por ali acomodados entre uma tão crescente legião de «gestores e quadros superiores» que, actualmente, o rácio já é de um desses quadros por nove trabalhadores... »

domingo, 23 de agosto de 2009

Portugueses metem milhões lá fora


Os portugueses aplicaram, no primeiro semestre deste ano, em produtos financeiros sediados em offshores 6,1 mil milhões de euros, valor que representa um aumento de 13,4 por cento face a igual período de 2008. Com a pior fase da crise financeira internacional já ultrapassada, o dinheiro aplicado em paraísos fiscais, entre Janeiro e Junho de 2009, já corresponde a 70 por cento do montante total de dinheiro colocado em paraísos fiscais no ano passado. O Boletim Estatístico da instituição liderada por Vítor Constâncio regista um aumento das saídas de dinheiro de Portugal para offshores.


Fonte-Correio da Manhã

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Coisas de Cá---C D U, apresentou os candidatos à Junta de Freguesia de Alvalade


Foram apresentados hoje os candidatos da C D U, à Junta de Freguesia de Alvalade.
Na mesa encontravam-se entre outros, o presidente da Câmara Vitor Proença e o actual Presidente da Junta e candidato ao lugar nas próximas eleições, Rui Madeira.
Nos três primeiros lugares,da lista apresentada por esta força politica, a única alteração feita, nos três principais lugares do actual executivo, foi a entrada da Professora Rosário, para o lugar deixado por José Nunes. No mínimo o que se pede aos concorrentes, caso venham a ser eleitos, é que sejam mais moderados no que prometem e mais humildes na obra feita.
Por mim, que depositei confiança no actual executivo da C D U, passados que são: quatro anos, tenho que o dizer..... e se forem eleitos, façam com que eu, me arrependa em 2013, por não ter votado em vocês em 2009.


José do Rosário!........................

Coisas de cá - Alvalade na Antena Miróbriga


A rúbrica "Tudo Tem uma História" que vai para o ar na Antena Miróbriga Rádio todas as sextas-feiras entre as 16.30 e as 17 horas, dirigida pelo Prof. Doutor José António Falcão, Historiador e Director do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, foi hoje inteiramente dedicada à História e ao património de Alvalade. Partindo da Igreja da Misericórdia, que nos últimos dias tem estado na ribalta devido às obras e escavações arqueológicas em curso, José António Falcão sublinhou a importância do património e do passado histórico de Alvalade e do seu aproveitamento criando pontos de interesse e de visita na freguesia por forma a que os turistas da região não limitem as suas visitas às sedes de concelho. Embora reconhecendo a importância e o interesse da criação do Núcleo de Arqueologia de Alvalade, o conhecido e prestigiado historiador defendeu ainda a criação de uma estrutura museológica mais ampla e abrangente que possa contar a História, a arqueologia, a etnologia e a geografia do território alvaladense. Para José António Falcão seria também importante que os muitos achados arqueológicos alvaladenses que saíram da freguesia e estão dispersos em alguns museus de Setúbal, Beja e Lisboa possam regressar a Alvalade, na forma de cedência temporária (para algumas exposições) ou definitiva. Por fim, o Historiador sublinhou a importância e o papel do Padre Jorge de Oliveira, para o conhecimento do passado de Alvalade e as suas ligações com alguns eruditos do seu tempo, como foi o caso do Dr. Leite de Vasconcelos, entre outros, nas áreas da arqueologia, etnologia e geologia.


Luis Pedro Ramos

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Coisas de cá - Que candidatos terá Alvalade ?


Terminou ontem o prazo da entrega das candidaturas para as eleições autárquicas, que se disputam no próximo dia 11 de Outubro.
Quantos partidos concorrem à junta de freguesia de Alvalade ?
Será que concorrem os habituais, ou seja a CDU, o PS, o PSD e o CDS ?
Ou será que alguns destes não apresentam desta vez qualquer candidatura, como tem circulado (timidamente) nos últimos dias ?
Os próximos dias e semanas certamente irão dissipar todas estas dúvidas e dizer se a CDU e o PS (as únicas candidaturas conhecidas e assumidas até ao momento) irão ou não concorrer sozinhas, ficando naturalmente em aberto e em suspense para onde irão "emigrar" os votos habituais das forças políticas que não apresentem candidatura, caso se confirme que o boletim de voto para a assembleia de freguesia de Alvalade vai ter desta vez apenas dois quadradinhos para a respectiva cruzinha

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Luis Pedro Ramos

sábado, 15 de agosto de 2009

Coisas de cá- A nossa região! Casal instala parque naturista.

Casal holandês instala parque naturista em Ermidas-Sado

Os holandeses Laura e Jeff "despiram-se" da vida que levavam no seu país, abandonando casa e empregos, em busca da "paisagem linda" do Alentejo, onde há quatro anos instalaram um dos raros parques de campismo naturistas de Portugal.

Para lá do muro pintado de ocre e da figura feminina de corpo desnudado, que compõem a entrada do Monte Naturista "O Barão", a meio caminho entre as localidades de Abela e Ermidas-Sado, no concelho de Santiago do Cacém, está o novo mundo do casal, onde concretizou o sonho de uma vida.

Arriscaram antes dos 30. Agora, já contam 33 e 34 anos, mas não se arrependem da decisão que tomaram, respondendo prontamente à pergunta da agência Lusa sobre se foi a atitude certa: "Oh yeah", diz Jeff de Groot, para quem o português ainda não é a língua mais falada.

"Ele está mais habituado ao inglês e ao alemão. Já eu, que tenho também passaporte italiano, sou de descendência latina e por isso aprendi a língua facilmente", acrescenta Laura Vasselli, num português quase irrepreensível.

Aos 27 anos, assumiu com o companheiro a aventura de buscar, algures entre Grândola e Aljezur, o terreno perfeito para instalar um parque de campismo naturista.

"Viajámos durante um ano e acabámos por escolher esta zona", conta Laura, que descreve, na página da Internet, o terreno "lindo com sete hectares, com muitos sobreiros, pinheiros, eucaliptos e oliveiras, na paisagem linda do Alentejo, onde parece que o tempo ficou parado durante anos".

O apoio e o "bom contacto" da autarquia e dos habitantes locais também pesaram nesta decisão, apressa-se a acrescentar Jeff.

Na Holanda, enquanto Laura era administrativa, Jeff trabalhava em marketing, conhecimentos valiosos na hora de elaborar o plano de negócios para o investimento no Alentejo.

Ambos não hesitaram em abandonar os empregos e vender a casa, refugiando-se nesta zona do Alentejo Litoral, rodeada de "aldeias pitorescas, cidades antigas e encantadoras, barragens desertas, praias naturistas fantásticas e alentejanos simpáticos", como descrevem.

Aí, instalaram um dos dois parques de campismo naturistas do país (o outro fica em Oliveira do Hospital), a que se junta um terceiro, que é misto (perto da praia da Salema, no Algarve).

Pretendem mantê-lo "pequeno" e com muito espaço livre para o contacto com a Natureza, além de que a proximidade das praias, em particular a do Salto, em Porto Covo (Sines), uma das seis oficiais para o naturismo, contribui para a excelência da localização do seu monte alentejano.

A "liberdade" da nudez, que Laura descobriu aos 16 anos e Jeff conheceu desde sempre, é encontrada aqui, onde apenas trajam uma toalha ou uma saída-de-praia quando recebem a visita de "têxteis", designação que utilizam para qualificar os não naturistas.

"Não sei explicar. É uma liberdade, nada aperta o corpo", tenta desenvolver Laura, coadjuvada por Jeff, que sintetiza: "É fácil. Não precisas de trazer roupa, vais para o duche com o teu próprio fato".

Aos mirones, que por vezes espreitam o monte vedado, o casal deixa o convite.

"Nós preferíamos que tocassem à campainha e entrassem. Não há nada para ver aqui. As pessoas estão apenas a passar férias, a ler um livro, a jogar à bola... mas sem roupa!", afirmam, livres dos preconceitos de outros e sem problemas de pôr o seu mundo a "nu".

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Igreja solidária com imigrantes explorados no Alentejo




O vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa manifestou solidariedade com os imigrantes explorados no Alentejo, juntando a sua voz à do bispo de Beja na denúncia da situação.

"Queria unir a minha voz à do senhor D. António Vitalino, o bispo de Beja, e à Cáritas Diocesana de Beja, na denúncia da situação de exploração, de extorsão de salários e de violência física a que têm sido submetidos no Alentejo, no distrito de Beja, alguns trabalhadores romenos e tailandeses", disse hoje António Marto.

O prelado sublinhou que estes imigrantes "têm sofrido uma verdadeira escravatura, uma verdadeira exploração social, em condições sub-humanas e infra-humanas de trabalho, de vida, de habitação".

"Quero fazer-me também porta-voz deste grito de denúncia destas condições e de solidariedade", expressou.

O também bispo da Diocese de Leiria-Fátima referiu que o momento actual que o mundo atravessa é de globalização, "em que este fenómeno da migração se insere, com todas as consequências resultantes da crise económica, financeira e social".

"O fenómeno migratório reveste-se das características, das consequências da globalização, com todos os efeitos benéficos que traz de mobilidade, de intercâmbio, e com todos os efeitos perversos de uma globalização perversa que pode acontecer", anotou.

Nesse sentido, António Marto defendeu que esta situação exige, "naturalmente, a cooperação internacional dos Estados, mas exige uma grande transformação da mentalidade das pessoas e do compromisso da sociedade civil", quer dos cidadãos, quer dos empresários.

"Porque há crimes que estão a ser cometidos que não em nome do Estado", referiu, sublinhando que ocorrem "a título de uma pessoa que tem responsabilidades por uma actividade empresarial".
Agência LUSA.
Comentário: Casos como este, a que podemos juntar outros de imigrantes ucranianos, eslovacos, etc, que trabalham na construção civil e que muitas vezes não recebem os seus salários e ainda são chantageados por empresários/construtores sem escrúpulos revelam bem as fragilidades de um Estado que se diz caminhar para atingir a linha da frente do pelotão europeu. O preocupante desta questão é saber porque razão o Estado não detecta e não combate estas situações à nascença, tendo tantos organismos disseminados no território nacional. E já agora também a Câmara Municipal da Vidigueira que tem a obrigação e o dever de conhecer toda a realidade do seu concelho. É que assim não há solidariedade que chegue quando o poder central e o poder local falham na detecção e no combate destas e de outras situações.








quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Alentejo - a escravidão dos tempos modernos...



Noutros tempos eram os ranchos de Algarvios, Beirões e Galegos que asseguravam grande parte dos trabalhos agrícolas em Alvalade e na maior parte do Alentejo rural, na falta de braços locais suficientes para tanto e diversificado cultivo. Trabalho de Sol a Sol, a troco de pouco dinheiro e de algumas refeições e alojamento precário que o patrão assegurava. Para quem pouco ou nada tinha, servia para enganar a fome e a miséria de muitos ao longo de uma boa parte do ano, enquanto os grandes proprietários iam criando fortuna e comprando propriedades. Hoje a escravidão no Alentejo tem novos protagonistas. Já não vêm do Algarve, nem das Beiras, mas da Roménia profunda e de outros países do leste, alimentados pela esperança de uma vida melhor, mas rapidamente enganados pela realidade que os espera, explora e maltrata perante a passividade de uma sociedade que se diz desenvolvida, solidária e respeitadora dos direitos humanos.

Luis Pedro Ramos

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Precisa-se de matéria prima para construir um País


Eduardo Prado Coelho,antes de morrer (25-08-2007), teve a lucidez de nos deixar esta reflexão, sobre todos nós! A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia,bem como Cavaco, Durão e Guterres.


Agora dizemos que Sócrates não serve.

E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.

Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão

que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.

O problema está em nós. Nós como povo.

Nós como matéria prima de um país.

Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda

sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.

Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude

mais apreciada do que formar uma família

baseada em valores e respeito aos demais.

Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais

poderão ser vendidos como em outros países, isto é,

pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal e se tira um só jornal deixando os outros onde estão. Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares

dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa,
como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil

para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.

Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque
conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo,

onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país:

-Onde a falta de pontualidade é um hábito;

-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.

-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois,

reclamam do governo por não limpar os esgotos.

-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.

-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que

é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória
política, histórica nem económica.

-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis

que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média

e beneficiar alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas
podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.

-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços,

ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada

finge que dorme para não lhe dar o lugar.

-Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro

e não para o peão.

-Um país onde fazemos muitas coisas erradas,

mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.

Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates,

melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem

corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.

Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português,

apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim,

o que me ajudou a pagar algumas dívidas.

Não. Não. Não. Já basta.

Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas,

mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.

Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita,

essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui

até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana,

mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates,

é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós,
ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...

Fico triste.

Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje,

o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima
defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.

E não poderá fazer nada...

Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor,

mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a

erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.

Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco,

nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.

Qual é a alternativa ?

Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei

com a força e por meio do terror ?

Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece

a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados,

ou como queiram, seguiremos igualmente condenados,

igualmente estancados... igualmente abusados !

É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa

a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento
como Nação, então tudo muda...

Não esperemos acender uma vela a todos os santos,

a ver se nos mandam um messias.

Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses

nada poderá fazer.

Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.

Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:

Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e,
francamente, somos tolerantes com o fracasso.

É a indústria da desculpa e da estupidez.

Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável,

não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir)
que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco,

de desentendido.

Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI
QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.

AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.

E você, o que pensa ?... MEDITE !

domingo, 2 de agosto de 2009

Coisas de cá - É urgente relançar Alvalade...






















São já poucos os Alvaladenses que guardam na memória os tempos em que a freguesia tinha mais de 5 mil habitantes (em 1940, como se observa no quadro da imagem), embora nesse número estivessem incluídos os moradores de Ermidas-Estação e Ermidas-Aldeia (que se separaram de Alvalade em 1953).
Ou os mais de trezentos habitantes no Carapetal e nos montes ao seu redor, registados pelo Engº Félix da Cruz, igualmente na última década de 40.
De então para cá, Alvalade ora perdeu ora ganhou novos habitantes, mas há várias décadas que os números têm vindo sempre a baixar.
Em 2001, nos últimos censos nacionais, Alvalade registou 2301 habitantes. Nove anos depois, com a saída de muitos jovens (que procuram emprego e oportunidades que não encontram na freguesia), os óbitos e o cada vez menor número de nascimentos, a comunidade Alvaladense não deve ser já muito superior aos 2 mil habitantes se é que não está muito perto de ficar abaixo dos dois milhares.
Nesta realidade, em perda contínua de habitantes, se Alvalade não inverter rapidamente este cenário, a freguesia vai continuar em morte lenta como acontece há vários anos. As lamentações sobre o estado deprimido da freguesia percorrem praticamente todos os sectores da vida económica local, e não são de agora numa altura em que nenhum lugarejo consegue escapar à crise mundial.
As freguesias como Alvalade estarão "condenadas" se persistir a ausência de políticas de fixação e captação de habitantes.
Sem uma estratégia de valorização e desenvolvimento da freguesia, que continua adiada, e os necessários investimentos (que terão que vir do poder central e da câmara municipal), melhorando a qualidade de vida dos residentes e criando condições que atraiam novos habitantes, não andarão já longe os tempos em que Alvalade será basicamente apenas uma comunidade de idosos e aposentados.

Luis Pedro Ramos