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terça-feira, 27 de outubro de 2015

As Dívidas que 100 euros pagaram e até eram falsos!...

 A relação desta fábula já velha, mas apostada por Mariana  Mortágua no Jornal de Noticias,prova que a questão das dívidas tem mais a ver com politicas  de domesticação das classes mais desfavorecidas, no intuito de obrigar estas  a aceitarem piores condições no trabalho e salários mais baixos e outras perdas.


 Uma pequena vila, de nome irrelevante, castigada pelas dívidas que consomem o pouco que há, o que sobra de uma vida a crédito. Ali chega, na manhã de mais um dia de crise, um forasteiro que se instala na pensão local. Sem saber o que esperar da honestidade da gente da terra, o homem pede que lhe guardem uma nota de 100euro que trazia cuidadosamente dobrada na algibeira. Na manhã seguinte, perante o espanto da estalajadeira, o abastado forasteiro abandona a vila esquecendo-se de pedir a nota de volta.
Durante cinco longos dias a mulher guardou cuidadosamente os 100 euro que lhe tinham sido confiados. Ao sexto, convenceu-se que o legítimo dono não regressaria e decidiu dar-lhe destino. Entregou o dinheiro ao talhante para saldar uma dívida de meses que a atormentava. Sem acreditar na sua sorte, o talhante entrega os 100 euro à sua mulher, que os usa para pagar à modista o vestido que usara para o casamento da filha, três meses antes. A modista, por sua vez, agradeceu a possibilidade de pagar, com atraso, a renda do quarto em que vivia. Também o digno proprietário tinha uma dívida antiga para com a prostituta da terra que poderia agora, finalmente, pagar à estalajadeira da pensão local os 100  euros que lhe devia pelo aluguer ocasional de quartos.
Em poucos dias a nota voltou ao seu local de origem, e às mãos da estalajadeira em quem o forasteiro confiara. Não existiu nova produção, mas dívidas da população foram liquidadas e o optimismo reinava a pequena vila.
Semanas mais tarde, o abastado homem regressa à pensão e percebe, espantado, que os 100 euro ainda o esperavam. E é não menos estarrecida que a estalajadeira vê então o forasteiro pegar na nota, pegar-lhe fogo, e com ela acender o seu charuto para, logo depois, soltar uma gargalhada e confessar "a nota era falsa ".


sábado, 24 de outubro de 2015

E Que interesses representa o Banco Central Europeu !

                        Sede do Banco Central Europeu


O BCE é o banco central dos Estados da UE que pertencem à zona euro, como é o caso de Portugal.
- E donde veio o dinheiro, para formar o BCE?
- O capital social, o dinheiro do BCE, é dinheiro de nós todos, cidadãos da UE, na proporção da riqueza de cada país. Assim, à Alemanha correspondeu 20% do total. Os 17 países da UE que aderiram ao euro entraram no conjunto com 70% do capital social e os restantes 10 dos 27 Estados da UE contribuiram com 10%.
- Será muito, esse dinheiro?
- O capital social era 5,8 mil milhões de euros, mas no fim do ano passado foi decidido fazer o 1º aumento de capital desde que há cerca de 12 anos, o BCE foi criado, em três fases. No fim de 2010, no fim de 2011 e no fim de 2012 será elevado  a 10,6 mil milhões euros o capital do banco.
- Então, se o BCE é o banco destes Estados poderá emprestar dinheiro a Portugal ? 

 Como qualquer banco pode emprestar dinheiro, a um  dos seus accionistas.
-Mas este não pode.
- ???
-E porquê? Porque... porque, ... são as regras.
-E , a quem pode o BCE emprestar dinheiro?
- A outros bancos, , a bancos alemães, bancos franceses ou portugueses ou outros.(Percebesse porquê !).
-   Portugal,  a Alemanha, a Irlanda ou outro, quando precisam de dinheiro emprestado não vão ao BCE, vão aos outros bancos que por sua vez, podem pedir ao BCE e tal. Estes por sua vez trazem sempre o dinheiro a taxas mais baixas e emprestam-nos a taxas mais altas

- Mas porque é assim? Não era melhor Portugal ou a Grécia ou a Alemanha irem directamente ao BCE?
- Seria. Sim. Quer dizer... em certo sentido... mas assim, os banqueiros não ganhavam nada nesse negócio!
- ??!!..
- É que assim, os bancos podem ganhar alguma coisinha. O BCE de Maio a Dezembro de 2010 emprestou cerca de 72 mil milhões de euros a países da zona euro, a chamada dívida soberana, através de um conjunto de bancos XPTO, a 1% e esse conjunto de bancos XPTO emprestaram ao Estado português e a outros Estados a 6 ou 7%.
- E assim se faz  um "negócio da China"! 
- Neste exemplo, os bancos ganharam uns 3 ou 4 mil milhões de euros. E não têm de se deslocar a Bruxelas, nem precisam de levantar o cu da cadeira. E qual Bruxelas qual carapuça. A sede do BCE é na Alemanha, em Frankfurt, onde é que havia de ser?
- E, isto pode ser um verdadeiro roubo... com esse dinheiro e ao juro que o B C E empresta aos bancos se o emprestassem directamente aos Estados ,escusava-se de cortar nas pensões, no subsídio de desemprego ou de  tirarem o 13º mês.....
- Mas, tem é se perceber que os bancos têm de ganhar bem, senão como é que podiam pagar os dividendos aos accionistas e aqueles ordenados aos administradores que são gente muito especializada, no coçarem-se para dentro !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!.
- E quem  manda no BCE e permite um escândalo destes?
-Quem  manda são os governos dos países da zona euro. A Alemanha em primeiro lugar que é o país mais rico, a França, Portugal e os outros países.
Então isto não dá para perceber. Se , os Governos dão o nosso dinheiro ao BCE para eles emprestarem aos bancos a 1% para depois estes emprestarem a 5 e a 7% aos Governos donos do BCE? Como é?
- Não será  bem assim. Como a Alemanha é rica e pode pagar bem as dívidas, os bancos só lhe levam  3% nos juros. A nós ou à Grécia ou à Irlanda que estamos de corda na garganta e a quem é mais arriscado emprestar  (dizem) é que levam juros a 6%, a 7 ou mais.
-E nós, a Grécia e a Irlanda que  também somos  donos do dinheiro que está no B C E   não podemos pedir ao nosso banco...
- Nós, ? Os países, Portugal, a Alemanha e os outros, somos compostos por gentinha vulgar e por pessoas importantes .Se   comparar um borra-botas qualquer, que ganha 400 ou 600 euros por mês,  com um calaceiro que anda para aí desempregado, com um grande accionista que recebe 5 ou 10 milhões de dividendos por ano,  com um administrador duma grande empresa,  de um banco que ganham, com os prémios , uns 50, 100, ou 200 mil euros por mês. Não se pode comparar.
E os nossos Governos aceitam uma coisa dessas? Pergunta-se!....
-A resposta é que  os nossos Governos  (coitados) nada podem fazer!.... Por um lado, são, na maior parte, amigos dos banqueiros e estão à espera dos seus favores, por exemplo :..de um empregozito razoável quando lhes faltarem os votos e saírem da política. Em resumo, não podem fazer nada, senão quem é que os apoiava?
- Mas diremos, que porra de gaita! Então  se eles são eleitos por nós?
- Em certo sentido, seria claro, mas depois... quem tem a massa é que manda. Não se viu isto na maior crise mundial de há um século para cá? Essa coisa a que chamam sistema financeiro que transforma o mundo da finança, num casino mundial, como os casinos, nunca tinham visto, nem suspeitavam o que ia levando os EUA e a Europa à beira da ruína? É claro, essas pessoas importantes levaram o dinheiro para casa (caso do B P N) e deixaram as pessoas  que tinham metido o dinheiro nos bancos e nos fundos, a ver navios.Então os governos, nos EUA e na Europa, para evitar a ruína dos bancos tiveram que repor o dinheiro.
- E onde o foram buscar?
- Onde havia de ser!? Aos impostos, aos ordenados, às pensões. Donde é que havia de vir o dinheiro do Estado?...
- E pergunta-se? Meteram os responsáveis na cadeia?
- Não... Que disparate. Então, se eles é que fizeram a coisa, engenharias financeiras sofisticadíssimas, só eles é que sabem aplicar o remédio, só eles é que podem arrumar a casa. É claro que alguns mais comprometidos, como Raymond McDaniel, que era o presidente da Moody's, uma dessas agências de rating que classificaram a credibilidade de Portugal para pagar a dívida como lixo e atiraram com o país ao tapete, foram passados à reforma. O Sr. McDaniel é uma pessoa importante, levou uma indemnização de 10 milhões de dólares.
- E nós comemos e calamos.
-Nós  preocupamos-nos mais, com futebóis, telenovelas e outras coisas que nos impigem.

 DEFINITIVAMENTE: SERIA MAIS IMPORTANTE FISCALIZAR A ACTIVIDADE DOS GOVERNOS, E QUE O VOTO, ENQUANTO CHEQUE EM BRANCO, NÃO ESTÁ A GARANTIR A DEMOCRACIA E A JUSTIÇA SOCIAL.

 
Recebido por mail, e adaptado por  José do Rosário

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

E Vão-se embora Portugueses e se possível todos os que querem trabalhar.

                       
                                                                                                                                                                 Há dias ouvi num debate televisivo, alguém dizer, que no futuro, quem poderá viver bem em Portugal são os ricos e mediocremente , os beneficiários do Rendimento de Inserção Social. Os primeiros, porque têm muito dinheiro e esquemas para fugir aos impostos. Os segundos, como vivem dos impostos que os que trabalham descontam, não têm que descontar para nada.Os que trabalham, ou trabalharam (reformados), esses serão (já estão) espremidos atá ao tutano, dos seus parcos rendimentos. Numa reportagem sobre o bairro do Aleixo transmitido numa televisão cá do burgo, que mostrava um individuo há cerca de dez ou doze anos...E respondendo à pergunta do que é que vivia, ele respondeu:...da Segurança Social. À mesma pergunta, do que é que vivia hoje ....a resposta foi a mesma:...do Rendimento de Inserção Social. Pelos vistos, o Programa não o conseguiu inserir. O primeiro ministro, andou a aconselhar os Portugueses a emigrar.Se os que querem trabalhar emigram, este país não terá futuro. Os ricos e muito ricos não produzem...consomem...os beneficiários do Rendimento Mínimo, o que sabem  é fazer filhos, o que lhe faz  aumentar rendimento ,crianças essas que no meio em  que vivem e no futuro (se há futuro para este Pais)também não se sentem vocacionados para trabalhar.Este País vai-se transformando aos poucos num enorme refeitório de sopa dos pobres. Sem trabalho,não há produção, sem produção não há rendimento,e assim continuando, por mais impostos que criem, nunca conseguirão pagar os empréstimos e o resultado será Portugal deixar de existir como País.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Eleições: Indecisos









Tenho pouca consideração pelos votantes que, neste momento, se confessam indecisos entre votar por esta Coligação governamental ou contra ela. Admito que em circunstâncias especiais, quando um qualquer governo, no seu mandato, fez coisas boas, assim-assim e más, que um Cidadão, dotado de um quociente intelectual razoável, possa ter dúvidas.

Neste caso, tais razões não existem, pura e simplesmente.

Este governo expulsou a juventude, sacrificou o ensino, abastar…dou e achincalhou a justiça, imolou e condenou à miséria os velhos, fez crescer inimaginavelmente o desemprego, aumentou em milhões a dívida, abastardou a negociação do trabalho, colocou os trabalhadores da Função Pública contra os trabalhadores da Função Privada, vendeu a particulares alguns dos activos mais significativos do Patrimônio Público, ignorou olimpicamente os agentes culturais, tentou vender obras de arte que integravam acervos nacionais e fez tábua rasa de TODAS as suas promessas eleitorais.

Que mais é necessário para demover os “indecisos” ?

Claro que haverá sempre numerosos Cidadãos a votarem na Coligação governamental : os que vivem dela ou à sua sombra ; os que imaginam , um dia, poder viver dela ou à sua sombra ; os que dependem de favores, de pressões, de empenhocas ; os “videirinhos” sem coluna vertebral e sem um pingo de dignidade ; os que se habituaram a receber do Poder instalado aquilo que são incapazes de conquistar por méritos próprios.

E ainda os que , por debilidade de vontade e de capacidade analítica, estão , quais “patetas das luminárias” , absolutamente rendidos ao circo mediático da caverna do Ali-Babá, que promete para amanhã o Paraíso, depois de ter dado a todos ontem o Inferno.

Os “indecisos” só podem ser , neste momento, débeis mentais.

Amadeu Homem

Falta acrescentar que este senhor é professor catedrático  da universidade de Coimbra…e escreveu estas “palavrinhas” no seu blog em 1/09/2015.