------------------------------------------------------------- ALVALADE-SADO!-------------------------------------------------------Blogue de informação geral sobre o mundo e o País que é Portugal

sexta-feira, 29 de junho de 2012

O que Portugal precisa :E não precisa :

Portugal precisa de pessoas que governem este país como por exemplo


Na Islândia


Na Argentina.


Pessoa que ponham sempre como prioridade os interesses do país e dos seus habitantes e nunca os interesses pessoais ou de familiares e amigos


Precisamos de umas  Forças Armadas estruturadas no seguinte:


Uma Marinha apetrechada com meios técnicos que responda com prontidão a enorme extensão marítima que temos.


Para libertar meios financeiros, terá que  ser feita uma redução drástica nos efectivos  a nível de oficiais  superiores.


O mesmo se aplica aos outros ramos das Forças Armadas.


Nas forças de Segurança: será preciso que se reduzam alguns quadros superiores e aumentar o numero de pessoal  operacional a nível de cidades , vilas e aldeias.
Acabar com o envio de forças  de seguranças para o estrangeiro, onde Portugal nunca irá ter qualquer influência quer  politico ou económico, como exemplo temos Timor. Ai quem vai recolher os benefícios dos recursos existentes ( petróleo e outros) serão a Austrália e a Indonésia.


Portugal precisa de criar uma Agricultura que no mínimo produza alimentos suficientes para a sua população.
Intervindo radicalmente na reestruturação da produção, nos intermediários e no comercio em geral.


Garantindo aos agricultores preços , e não vivendo ao dispor dos especuladores.


O estado precisa de criar um organismo que regule os preços à produção.




Portugal precisa de menos auto-estradas e mais vias férreas.


Enquanto o transporte rodoviário irá ter um tempo no futuro condicionado pela escassez, ou preços incomportáveis no petróleo para as nossas possibilidades....


O transporte ferroviário será o futuro.....é uma questão de tempo.


Nos próximos dez anos, não haverá dinheiro para manter estas vias.


Do que Portugal não precisa:


De uma Assembleia da Republica, com 230  deputados. Uma parte deles não fazem  mais do que levantar os braços nas votações. Chegam ou sobram 180.


Acabar com os benefícios exagerados dos antigos presidentes da Assembleia da Republica.


Acabar, ou reestruturar para menos elementos, o Tribunal Constitucional.


 Acabar com a Autoridade para a Concorrência......não serve para nada.


Acabar com a maior parte dos benefícios económicos e não só (ou todos) dos antigos presidentes da Republica.




domingo, 24 de junho de 2012

Este país é isto!......



 Isto que eu vou dizer vai parecer ridículo a muita gente.****

Mas houve um tempo em que as pessoas se lembravam, ainda, da época da
infância, da primeira caneta de tinta-permanente, da primeira bicicleta, da
idade adulta, das vezes em que se comia fora, do primeiro frigorífico e do
primeiro televisor, do primeiro rádio, de quando tinham ido ao estrangeiro.*
***

Houve um tempo em que, nos lares, se aproveitava para a refeição seguinte o
sobejante da refeição anterior, em que, com ovos mexidos e a carne ou peixe
restante, se fazia "roupa velha". Tempos em que as camisas iam a mudar o
colarinho e os punhos do avesso, assim como os casacos, e se tingia a roupa
usada, tempos em que se punham meias-solas com protectores. Tempos em que
ao mudar-se de sala se apagava a luz, tempos em que se guardava o "fatinho
de ver a Deus e à sua Joana".****

E não era só no Portugal da mesquinhez salazarista. Na Inglaterra dos
Lordes, na França dos Luíses, a regra era esta. Em 1945 passava-se fome na
Europa, a guerra matara milhões e arrasara tudo quanto a selvajaria humana
pode arrasar.****

Houve tempos em que se produzia o que se comia e se exportava. Em que o
País tinha uma frota de marinha mercante, fábricas, vinhas, searas.****

Veio depois o admirável mundo novo do crédito. Os novos pais tinham como
filhos uns pivetes tiranos, exigindo malcriadamente o último modelo de mil
e um *gadgets* e seus consumíveis, porque os filhos dos outros também
tinham. Pais que se enforcavam por carrões de brutal cilindrada para os
encravarem no lodo do trânsito e mostrarem que tinham aquela extensão
motorizada da sua potência genital. Passou a ser tempo de gente em que era
questão de *pedigree* viver no condomínio fechado, e sobretudo dizê-lo, em
que luxuosas revistas instigavam em *couché* os feios a serem bonitos, à
conta de *spas* e de marcas, assim se visse a etiqueta, em que a *beautiful
people* era o símbolo de *status,* como a língua nos cães para a sua raça.**
**

Foram anos em que o Campo se tornou num imenso *ressort* de Turismo de
Habitação, as cidades uma festa permanente, entre o *coktail party* e a *
rave*. Houve quem pensasse até que um dia os Serviços seriam o único
emprego futuro ou com futuro.****


O país que produzia o que comíamos ficou para os labregos dos pais e primos
parolos, de quem os citadinos se envergonhavam, salvo quando regressavam à
cidade dos fins de semana com a mala do carro atulhada do que não lhes
custara a cavar e às vezes nem obrigado.****


O país que produzia o que se podia transaccionar, esse, ficou com o
operariado da ferrugem, empacotados como gado em dormitórios, e que os
víamos chegar mortos de sono logo à hora de acordarem, as casas verdadeiras
bombas-relógio de raiva contida, descarregada nos cônjuges, nos filhos, na
idiotização que a TV tornou negócio.****

Sob o oásis dos edifícios em vidro, miragem de cristal, vivia o mundo
subterrâneo de quantos aguentaram isto enquanto puderam, a sub-gente. Os
intelectuais burgueses teorizavam, *ganzados* de alucinação, que o conceito
de classes sociais tinha desaparecido. A teoria geral dos sistemas supunha
que o real era apenas uma noção, a teoria da informação substituía os
cavalos-força da maquinaria pelos *megabytes* de RAM da computação
universal. Um dia os computadores tudo fariam, o Ser-Humano tornava-se um
acidente no barro de um oleiro velho e tresloucado que, caído do Céu,
morrera pregado a dois paus, e que julgava chamar-se Deus, confundindo-se
com o seu filho e mais uma trinitária pomba.****

Às tantas, os da cidade começaram a notar que não havia portugueses a
servir à mesa, porque estávamos a importar brasileiros, que não havia
portugueses nas obras, porque estávamos a importar negros e eslavos.****

A chegada das lojas-dos-trezentos já era alarme de que se estava a viver de
pexisbeque, mas a folia continuava. A essas sucedeu a vaga das lojas
chinesas, porque já só havia para comprar «balato». Mas o festim prosseguia
e à sexta-feira as filas de trânsito em Lisboa eram o caos e até ao dia
quinze os táxis não tinham mãos a medir.****

Fora disto, os ricos, os muito ricos, viram chegar os novos ricos. O ganhão
alentejano viu sumir o velho latifundário absentista pelo novo turista
absentista com o mesmo monte mais a piscina e seus amigos, intelectuais,
claro, e sempre pela reforma agrária, e vai um uísque de malte, sempre ao
lado do povo, e já leu o *New Yorker*?****

A agiotagem financeira, essa, ululava. Viviam do tempo, exploravam o tempo,
do tempo que só ao tal Deus pertencia, mas, esse, Nietzsche encontrara-o
morto em Auschwitz. Veio o crédito ao consumo, a Conta-Ordenado, veio tudo
quanto pudesse ser o ter sem pagar. Porque nenhum Banco quer que lhe
devolvam o capital mutuado, quer é esticar ao máximo o lucro que esse
capital rende.****

Aguilhoando pela publicidade enganosa os bois que somos nós todos, os
Bancos instigavam à compra, ao *leasing*, ao *renting,* ao seja como for
desde que tenha e já, ao cartão, ao descoberto-autorizado.****

Tudo quanto era vedeta deu a cara, sendo actor, as pernas, sendo
futebolista, ou o que vocês sabem, sendo o que vocês adivinham, para
aconselhar-nos a ir àquele Balcão bancário buscar dinheiro, vendermo-nos ao
dinheiro, enforcarmo-nos na figueira infernal do dinheiro. Satanás ria. O
Inferno começava na terra.****

Claro que os da política do poder, que vivem no pau de sebo perpétuo do
fazer arrear, puxando-os pelos fundilhos, quantos treparam para o poder,
querem a canalha contente.
E o circo do consumo, a palhaçada do crédito
servia-os. Com isso comprávamos os plasmas mamutes onde eles vendiam à
noite propaganda governamental e, nos intervalos, imbelicidades e
telefofocadas, que entre a oligofrenia e a debilidade mental a diferença é
nula. E, contentes, cretinamente contentinhos, os portugueses tinham como
tema de conversa a telenovela da noite, o jogo de futebol do dia e da noite
e os comentários políticos dos "analistas" que poupavam os nossos miolos de
pensarem, pensando por nós.****

Estamos nisto.****

A Grécia pode cair. Com ela a Europa.****

Que interessa? O Império Romano já caiu também e o mundo não acabou. Nessa
altura, em Bizâncio, discutia-se o sexo dos anjos. Talvez porque Deus se
tivesse distraído com a questão teológica, talvez porque o Diabo tenha
ganho aos dados a alma do pobre Job na sua trapeira. O Job que somos grande
parte de nós.****

 ****

  *Este e-mail foi escrito em profundo desacordo e intencional desrespeito
pelo novo Acordo Ortográfico, ao qual, felizmente, o Autor do texto também
não aderiu!*****

  



*José António Barreiros, advogado


Recebido por Email

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O Estatuto dos Militares das Forças Armadas (EMFAR) é um Decreto-Lei da República


O Estatuto dos Militares das Forças Armadas (EMFAR) é um Decreto-Lei da República
Portuguesa (DL 239/99, com alterações posteriores) que, no seu artigo 7.º, determina que cada
Militar, em cerimónia pública, preste juramento de bandeira perante a Bandeira Nacional, mediante
a fórmula seguinte:
«Juro, como português e como militar, guardar e fazer guardar a Constituição e as leis da República, servir as Forças Armadas e cumprir os deveres militares. Juro defender a minha Pátria e estar sempre pronto a lutar pela sua liberdade e independência, mesmo com o sacrifício da própria vida.»
Este juramento, de carácter individual, coloca a guarda da Constituição e das Leis da República logo no primeiro lugar das tarefas juradas pelos militares, o que é o mesmo que dizer que os obriga a ter os olhos e os ouvidos bem abertos para o que se vai passando na vida pública do país.
A actividade política portuguesa vem-se caracterizando por sucessivos sinais de que o regime democrático está profundamente afectado por anomalias que, no seu conjunto, consubstanciam uma das mais graves crises da história de Portugal. Podem apontar-se como sintomas de grave doença do sistema político nacional, desde há muitos anos a esta parte, os seguintes exemplos de todos bem conhecidos:
• O sistema partidário, colocando os partidos políticos alternadamente no poder e na oposição, não consegue fazer deles máquinas sérias de fiscalização, na oposição, e de aparelhos aptos a, rapidamente, tomarem conta da governação do país quando legitimamente para tal eleitos. Deste modo, vem-se repetindo o cenário de um partido ou uma coligação de partidos chegar ao poder e, poucas semanas depois, declarar que a situação é muito pior do que tinham imaginado. Todavia, quando em campanha eleitoral, atacam veementemente os partidos a quem disputam o poder e são capazes de considerar “um disparate” uma medida que, passado pouco tempo, logo vão pôr em prática. Assim sendo, parece que quem está no poder consegue, sistematicamente, esconder a realidade do país a quem está na oposição, pelo que as eleições redundam
numa simples aposta, para não dizer numa fraude, em que as políticas anunciadas
raramente são postas em prática.
• A Justiça tem-se destacado pela sua lentidão, pelas obstruções que a actual legislação consente e pela imoralidade de muitas decisões. No meio do maior escândalo nacional, os tribunais vêm servindo, em muitos casos, para absolver a maior parte dos casos de corrupção – sobretudo os relacionados com personalidades da vida política – e tornou-se patente que, havendo dinheiro, arranja-se um bom advogado e ele tratará de tirar todo o partido da imperfeição das nossas leis, logrando obter a absolvição ou a muito  conveniente prescrição.
• As nossas leis são imperfeitas e, na Assembleia da República, não se vislumbram
vontades que levem a alterar o que tem vindo a permitir o triunfo dos corruptos e a actividade política em circunstâncias de patente incompatibilidade moral.
• A violação da Lei na acção governativa tornou-se uma prática corrente, de que a
confiscação dos Subsídios de Férias e de Natal a uma parte dos portugueses e a
desigualdade de sacrifícios impostos aos diversos cidadãos são o exemplo mais forte e penalizante. E, o cenário de far west assentou arraiais de tal feição no panorama político português que a própria governante titular da Justiça, maltratando o princípio da separação dos poderes, admoestou preventivamente os juízes do Tribunal Constitucional para que tivessem tento no que iriam decidir a este respeito.
Os assaltos a bancos, que antigamente se faziam de pistola na mão e máscara na cara, fazem-se, agora, por dentro e por valores nunca dantes desviados. O Banco de Portugal, onde são pagos ordenados e reformas milionárias, alegadamente devido à elevada qualidade dos seus servidores, fracassou miseravelmente na detecção atempada do golpe do século verificado no BPN. Também neste caso, a lentidão da Justiça a todos deixa perplexos. E essa perplexidade é tanto maior quanto é evidente que o BPN foi uma criação assente em personalidades de notório passado político, muitas delas próximas do actual PR.
• Neste, como em muitos outros casos que ainda não estão sob a alçada da Justiça, emerge a figura do EX-MINISTRO. Ser ministro de Portugal, nos tempos que correm, já não é o coroar de uma carreira de meritórios serviços à causa pública. É, apenas, uma fase transitória de recolha de informação e de valorização pessoal perante o mundo dos negócios, em que se trata de agradar aos que, mais tarde, os premiarão com bem remunerados empregos.
• A própria sede do poder já não será aquela que a Constituição da República determina, porque poderes semi-ocultos manobram nos bastidores da política, em relação promíscua com o mundo dos negócios. Para tornar o panorama ainda mais tenebroso, descobrem-se actuações ilícitas por parte de responsáveis dos Serviços de Informação, ligações discretas a lojas maçónicas e, finalmente, preocupante envolvimento de figuras destacadas do governo. A manipulação dos media e as pressões sobre quem neles trabalha, pecado comum de todos os governos da actual República, faz-se, agora, ameaçando com a divulgação de pormenores da vida privada de jornalistas, o que nos permite perguntar se essa nova modalidade não terá algo a ver com um certo relacionamento do poder com os agentes transviados dos Serviços de Informação. E tudo isto acontece perante a impassibilidade do poder político e, até, com a tentativa de procurar desvalorizar a gravidade da situação.
Numa Região Autónoma, o presidente do governo regional, figura de enorme sucesso político graças às contribuições dos contribuintes cubanos do “Contenente”, marimbando-se para o cumprimento das suas obrigações constitucionais, resolve não estar presente na Assembleia Regional durante o debate de uma moção de censura e lança as maiores diatribes sobre os seus adversários políticos, constantemente tratados como loucos e bandidos.
• Mergulhados numa situação gravíssima, que exigiria do Supremo Magistrado da Nação uma atitude mobilizadora da sociedade portuguesa, o actual PR veio lamentar-se publicamente das dificuldades que teria em pagar as suas despesas, não parecendo aperceber-se de como estava a magoar todo o povo português, sabedor de que S.ª Ex.ª vive com cerca de 20 ordenados mínimos por mês. Pois sucede que, por imperativo constitucional – artigo 127.º - 3 – a fórmula de juramento do PR
“Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa”
impõe, justamente, a tarefa primária de zelar pelo respeito da normalidade
constitucional. Com a imagem degradada de que hoje usufrui – cuja caracterização me abstenho de recordar –, é legítimo duvidar que se encontre nas condições necessárias ao desempenho de tão exigente missão.
• É muito evidente que Portugal precisa de reformas de grande vulto. Há cerca de dois anos, uma figura prestigiada da política portuguesa e ex-líder de um dos principais partidos políticos, considerou que (cito de cor) “em democracia não é possível fazer reformas”. Seguidamente, foi mesmo ao ponto de sugerir que “o melhor era suspender a democracia por seis meses, fazer as reformas, e regressar, depois, ao funcionamento democrático”. Ouvir uma pessoa responsável e com larga experiência governativa fazer uma afirmação deste tipo só pode significar que algo de muito grave se passa com o cumprimento da Constituição da República.
Dito isto, julgo que haverá duas hipóteses a ponderar:
1.ª Estou redondamente enganado nas considerações que fiz, sendo então muito
provável que a Constituição da República esteja de boa saúde e convenientemente guardada;
2.ª Não estou (infelizmente) enganado e, então, é legítimo perguntar como é que as Forças Armadas e os seus militares acham que estão a cumprir a determinação legal contida no juramento feito e procurar abrir o indispensável debate.
Granja, 04 de Junho de 2012
* - (Coronel de Infantaria Ref.)


Recebido por Email,que publico por total acordo com o transcrito


José do Rosário


sexta-feira, 15 de junho de 2012

Bancos portugueses prepararam-se para saída da Grécia do euro


Os maiores bancos têm em marcha planos de emergência caso a Grécia saia do euro. Mas os analistas alertam que podem servir de pouco.
Os bancos portugueses já se preparam para uma eventual saída de Atenas da união monetária, apurou o Diário Económico, um cenário que muitos especialistas consideram ser possível em caso de uma vitória da aliança da esquerda radical helénica, a Syriza, nas eleições gregas do próximo domingo. Em caso de um abandono da Grécia da zona euro, os analistas alertam que os bancos portugueses enfrentarão uma fuga de depósitos e uma onda de efeitos de contágio, e sublinham que a resposta terá de ser à escala europeia.
O BCP, que tem um banco na Grécia, o Millennium Bank, tem vindo a tomar medidas de contingência desde o início da crise da dívida soberana. "Como temos um banco de retalho na Grécia, temos estado muito atentos à situação desde o início da crise da dívida soberana, tendo vindo a resolver as contingências que têm surgido desde então", explicou ao Diário Económico fonte oficial do BCP. A mesma fonte acrescentou tratar-se de "um processo que está em evolução e ajustamentos constantes".
O Santander Totta também está a preparar-se para uma eventual saída da Grécia do euro. "Temos um plano de contingência genérico para fazer face a todas as eventualidades, como catástrofes naturais e outras calamidades", adiantou fonte do banco, assegurando que "a salvaguarda dos depositantes será sempre tida em consideração".
Fonte do BES também confirmou que "existe sim" um plano de contingência para fazer face à eventual saída da Grécia no banco liderado por Ricardo Salgado. Já a Caixa Geral de Depósitos não quis fazer qualquer comentário, mas o Diário Económico sabe que o banco público também tem planos de contingência para fazer face às crises no euro. Contactado, o BPI também não quis comentar, mas fonte da Associação Portuguesa de Bancos (APB) adiantou ao Diário Económico que "todos os grandes bancos são obrigados a ter planos de contingência, que obedecem a normas específicas, quer comunitárias quer nacionais". A mesma fonte afastou a hipótese de existir um plano de contingência para os bancos à escala nacional, explicando que é o Banco de Portugal que regulamenta, mas depois as diferentes instituições adaptam a legislação à sua própria estrutura. 
Tirado daqui


Alguns comentários sobre a mesma notícia e em outro jornal . por exemplo o jornal  Publico

Soares Pereira: Vou já levantar os meus cem euros que tenho no banco antes que seja tarde demais.


 Anónimo , Coimbra. 14.06.2012 19:34:

Em Portugal ninguém é dono do seu dinheiro.Parece que estão esquecidos do que sucedeu quando fomos intervencionados pelo FMI; fomos simplesmente proibidos de termos acesso ao nosso dinheiro, que estava depositado nos bancos. Aquí em Portugal os bancos armam-se em donos do nosso dinheiro e simplesmente apoderam-se do que é nosso. Na Grécia permitem levantamentos para além do que é razoável, podera o dinheiro é de quem o depositou e portanto respeitam a vontade dos legítimos proprietários; esperamos que em Portugal pelo menos copiem o que vem de positivo da grécia. O pior no nosso país é a corrupção o compadrio e a ladroagem que se apoderou das finanças do pais e dos políticos corruptos e incompetentes que por aí se pavoneiam.
André , Coimbra. 14.06.2012 17:56 Sair do Euro. Se a Grécia sair do Euro não sairá só. Espero sinceramente que Portugal a acompanhe. Foi um sonho muito bonito que nos venderam sobre a invenção duma moeda nova cunhada na Alemanha. Hoje vemos qual o resultado desse passo. Retiraram aos países a possibilidade de intervir para salvar as suas economias. Os paises mais fortes determinam as politicas economicas e os mais pequenos se as não conseguem acompanhar morrem no processo. A inglaterra nunca quiz o EURO e é uma das economias mais fortes da Europa. A suécia idem. Se estivessemos na era do Escudo desvalorizavamos a moeda de forma a favorecer as nossas exportações valorizando-a depois progressivamente. O nosso PIB seria outro bem como o defice. Mais exportações=mais trabalho=mais emprego=economia mais saudavel=mais regalias sociais.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Ai se Portugal tivesse MAR!!!


"Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) demonstram que o Pingo Doce (da Jerónimo Martins) e o Modelo Continente (do grupo Sonae) estão entre os maiores importadores portugueses."
Porque é que estes dados não me causam admiração? Talvez porque, esta semana, tive a oportunidade de verificar que a zona de frescos dos supermercados parece uns jogos sem fronteiras de pescado e marisco.
Uma ONU do ultra-congelado. Eu explico.

Por alto, vi: camarão do Equador, burrié da Irlanda, perca egípcia, sapateira de Madagáscar, polvo marroquino, berbigão das Fidji, abrótea do Haiti... 
Uma pessoa chega a sentir vergonha por haver marisco mais viajado que nós. Eu não tenho vontade de comer uma abrótea que veio do Haiti ou um berbigão que veio das exóticas Fidji. Para mim, tudo o que fica a mais de 2.000 quilómetros de casa é exótico. Eu sou curioso, tenho vontade de falar com o berbigão, tenho curiosidade de saber como é que é o país dele, se a água é quente, se tem irmãs, etc.

Vamos lá ver. Uma pessoa vai ao supermercado comprar duas cabeças de pescada, não tem de sentir que não conhece o mundo. 
Não é saudável ter inveja de uma gamba. Uma dona de casa vai fazer compras e fica a chorar junto do linguado de Cuba, porque se lembra que foi tão feliz na lua-de-mel em Havana e agora já nem a Badajoz vai. Não se faz. E é desagradável constatar que o tamboril (da Escócia) fez mais quilómetros para ali chegar que os que vamos fazer durante todo o ano.
Há quem acabe por levar peixe-espada do Quénia só para ter alguém interessante e viajado lá em casa. Eu vi perca egípcia em Telheiras...
Fica estranho. Perca egípcia soa a Hércule Poirot e Morte no Nilo. A minha mãe olha para uma perca egípcia e esquece que está num supermercado e imagina-se no Museu do Cairo e esquece-se das compras.
Fica ali a sonhar, no gelo, capaz de se constipar.

Deixei para o fim o polvo marroquino. É complicado pedir polvo marroquino, assim às claras. Eu não consigo perguntar: "tem polvo marroquino?", sem olhar à volta a ver se vem lá polícia. "Queria quinhentos de polvo marroquino" - tem de ser dito em voz mais baixa e rouca. Acabei por optar por robalo de Chernobyl para o almoço. Não há nada como umas coxinhas de robalo de Chernobyl.

Eu, às vezes penso: o que não poupávamos se Portugal tivesse mar...

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Europa em chamas , Merkel apaga com gasolina

Quem o disse foi o ex- ministro dos estrangeiros alemão sr. Joschka Fischer a um jornal alemão .
Na opinião deste alemão a Europa está quase no abismo e vai cair nele se a Alemanha e a França não se entenderem com uma união fiscal.


Ler mais aqui...jornal alemão


ou aqui....em Português

sábado, 2 de junho de 2012

Poucos inocentes


Há alguns incompetentes, mas poucos inocentes

O que poderemos nós pensar quando, depois de tantos anos a exigir o fim das SCUT, descobrimos que, afinal, o fim das auto-estradas sem portagens ainda iria conseguir sair mais caro ao Estado?
Como caixa de ressonância daqueles que de quem é porta-voz (tendo há muito deixado de ter voz própria), o presidente da Comissão Europeia, o português Durão Barroso, veio alinhar-se com os conselhos da troika sobre Portugal: não há outro caminho que não o de seguir a “solução” da austeridade e acelerar as “reformas estruturais” — descer os custos salariais, liberalizar mais ainda os despedimentos e diminuir o alcance do subsídio de desemprego. Que o trio formado pelo careca, o etíope e o alemão ignorem que em Portugal se está a oferecer 650 euros de ordenado a um engenheiro electrotécnico falando três línguas estrangeiras ou 580 euros a um dentista em horário completo é mais ou menos compreensível para quem os portugueses são uma abstracção matemática. Mas que um português, colocado nos altos círculos europeus e instalado nos seus hábitos, também ache que um dos nossos problemas principais são os ordenados elevados, já não é admissível. Lembremo-nos disto quando ele por aí vier candidatar-se a Presidente da República. 

Durão Barroso é uma espécie de cata-vento da impotência e incompetência dos dirigentes europeus. Todas as semanas ele cheira o vento e vira-se para o lado de onde ele sopra: se os srs. Monti, Draghi, Van Rompuy se mostram vagamente preocupados com o crescimento e o emprego, lá, no alto do edifício europeu, o cata-vento aponta a direcção; se, porém, na semana seguinte, os mesmos senhores mais a srª Merkel repetem que não há vida sem austeridade, recessão e desemprego, o cata-vento vira 180 graus e passa a indicar a direcção oposta. Quando um dia se fizer a triste história destes anos de suicídio europeu, haveremos de perguntar como é que a Europa foi governada e destruída por um clube fechado de irresponsáveis, sem uma direcção, uma ideia, um projecto lógico. Como é que se começou por brincar ao directório castigador para com a Grécia para acabar a fazer implodir tudo em volta. Como é que se conseguiu levar a Lei de Murphy até ao absoluto, fazendo com que tudo o que podia correr mal tivesse corrido mal: o contágio do subprime americano na banca europeia, que era afirmadamente inviável e que estoirou com a Islândia e a Irlanda e colocou a Inglaterra de joelhos; a falência final da Grécia, submetida a um castigo tão exemplar e tão inteligente que só lhe restou a alternativa de negociar com as máfias russas e as Three Gorges chinesas; como é que a tão longamente prevista explosão da bolha imobiliária espanhola acabou por rebentar na cara dos que juravam que a Espanha aguentaria isso e muito mais; como é que as agências de notação, os mercados e a Goldman Sachs puderam livremente atacar a dívida soberana de todos os Estados europeus, excepto a Alemanha, numa estratégia concertada de cerco ao euro, que finalmente tornou toda a Europa insolvente. Ou como é que um pequeno país, como Portugal, experimentou uma receita jamais vista — a de tentar salvar as finanças públicas através da ruína da economia — e que, oh, espanto, produziu o resultado mais provável: arruinou uma coisa e outra. E como é que, no final de tudo isto, as periferias implodiram e só o centro — isto é, a Alemanha e seus satélites — se viu coberto de mercadorias que os seus parceiros europeus não tinham como comprar e atulhado em triliões de euros depositados pelos pobres e desesperados e que lhes puderam servir para comprar tudo, desde as ilhas gregas à água que os portugueses bebiam.

Deixemos os grandes senhores da Europa entregues à sua irrecuperável estupidez e detenhamo-nos sobre o nosso pequeno e infeliz exemplo, que nos serve para perceber que nada aconteceu por acaso, mas sim porque umas vezes a incompetência foi demasiada e outras a inocência foi de menos.

O que podemos nós pensar quando o ex-ministro Teixeira dos Santos ainda consegue jurar que havia um risco sistémico de contágio se não se nacionalizasse aquele covil de bandidos do BPN? Será que todo o restante sistema bancário também assentava na fraude, na evasão fiscal, nos negócios inconfessáveis para amigos, nos bancos-fantasmas em Cabo Verde para esconder dinheiro e toda a restante série de traficâncias que de há muito — de há muito! — se sabia existirem no BPN? E como, com que fundamento, com que ciência, pode continuar a sustentar que a alternativa de encerrar, pura e simplesmente, aquele vão de escada “faria recuar a economia 4%”? Ou que era previsível que a conta da nacionalização para os contribuintes não fosse além dos 700 milhões de euros?

O que poderemos nós pensar quando descobrimos que à despesa declarada e à dívida ocultada pelo dr. Jardim ainda há a somar as facturas escondidas debaixo do tapete, emitidas pelos empreiteiros amigos da “autonomia” e a quem ele prometia conseguir pagar, assim que os ventos de Lisboa lhe soprassem mais favoravelmente?

O que poderemos nós pensar quando, depois de tantos anos a exigir o fim das SCUT, descobrimos que, afinal, o fim das auto-estradas sem portagens ainda iria conseguir sair mais caro ao Estado? Como poderíamos adivinhar que havia uns contratos secretos, escondidos do Tribunal de Contas, em que o Estado garantia aos concessionários das PPP que ganhariam sempre X sem portagens e X+Y com portagens? Mas como poderíamos adivinhá-lo se nos dizem sempre que o Estado tem de recorrer aos serviços de escritórios privados de advocacia (sempre os mesmos), porque, entre os milhares de juristas dos quadros públicos, não há uma meia dúzia que consiga redigir um contrato em que o Estado não seja sempre comido por parvo?

A troika quer reformas estruturais? Ora, imponha ao Governo que faça uma lei retroactiva — sim, retroactiva — que declare a nulidade e renegociação de todos os contratos celebrados pelo Estado com privados em que seja manifesto e reconhecido pelo Tribunal de Contas que só o Estado assumiu riscos, encaixou prejuízos sem correspondência com o negócio e fez figura de anjinho. A Constituição não deixa? Ok, estabeleça-se um imposto extraordinário de 99,9% sobre os lucros excessivos dos contratos de PPP ou outros celebrados com o Estado. Eu conheço vários.

Quer outra reforma, não sei se estrutural ou conjuntural, mas, pelo menos, moral? Obrigue os bancos a aplicarem todo o dinheiro que vão buscar ao BCE a 1% de juros no financiamento da economia e das empresas viáveis e não em autocapitalização, para taparem os buracos dos negócios de favor e de influência que andaram a financiar aos grupos amigos. 

Mais uma? Escrevam uma lei que estabeleça que todas as empresas de construção civil, que estão paradas por falta de obras e a despedir às dezenas de milhares, se possam dedicar à recuperação e remodelação do património urbano, público ou privado, pagando 0% de IRC nessas obras. Bruxelas não deixa? Deixa a Holanda ter um IRC que atrai para lá a sede das nossas empresas do PSI-20, mas não nos deixa baixar parte dos impostos às nossas empresas, numa situação de emergência? OK, Bruxelas que mande então fechar as empresas e despedir os trabalhadores. Cumpra-se a lei!

Outra? Proíbam as privatizações feitas segundo o modelo em moda, que consiste em privatizar a parte das empresas que dá lucro e deixar as “imparidades” a cargo do Estado: quem quiser comprar leva tudo ou não leva nada. E, já agora, que a operação financeira seja obrigatoriamente conduzida pela Caixa Geral de Depósitos (não é para isso que temos um banco público, por enquanto?). O quê, a Caixa não tem vocação ou aptidão para isso? Não me digam! Então, os administradores são pagos como privados, fazem negócios com os grandes grupos privados, até compram acções dos bancos privados e não são capazes de fazer o que os privados fazem? E, quanto à engenharia jurídica, atenta a reiterada falta de vocação e de aptidão dos serviços contratados em outsourcing para defenderem os interesses do cliente Estado, a troika que nos mande uma equipa de juristas para ensinar como se faz.

Tenho muitas mais ideias, algumas tão ingénuas como estas, mas nenhumas tão prejudiciais como aquelas com que nos têm governado. A próxima vez que o careca, o etíope e o alemão cá vierem, estou disponível para tomar um cafezinho com eles no Ritz. Pago eu, porque não tenho dinheiro para os juros que eles cobram se lhes ficar a dever. 

Opinião de Miguel Sousa Tavares Expresso 02 de Junho 2012

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E é Sobre a selecção e outros mitos suburbanos



por Sérgio Lavos

É bem provável que acompanhe o campeonato da Europa. Há grandes jogadores por lá, algumas boas selecções e, de vez em quando, o talento e o génio levam a melhor sobre o cansaço acumulado de uma época e sobre a falta de estímulo - leia-se "capital" - dos milionários que vão passear à Polónia e a Ucrânia.

Demagógica, esta conversa? Realista. Basta ver o desempenho dos dois melhores jogadores da actualidade - Messi e Cristiano Ronaldo - nos grandes campeonatos. Não são muitos os jogadores que ficam na História por causa do que fazem em torneios de selecções; e talvez por isso Maradona seja (e vá continuar a ser) o melhor jogador de sempre. A Argentina de Maradona é mais importante, na constelação futebolística, do que o Nápoles de Maradona - apesar de tudo. Maradona é de um tempo em que a política fazia parte do futebol e o futebol da política. A Argentina teve a desfora da Guerra das Malvinas quando a cabeça de Maradona chegou mais alto do que o punho de Peter Shilton. Isto era futebol. Agora é um desfile de estrelas que nem no twitter estão autorizadas a dizer o que pensam.

E claro, parece que a selecção portuguesa organizou uma excursão turística a esses países durante o tempo que dura a primeira fase do campeonato. E que até vão ficar no hotel mais caro de entre as selecções do torneio. Acho bem, dado o crescimento brutal da nossa economia, que a Federação não olhe a gastos com este grupo excursionista a terras do Leste. Eles merecem. Paulo Bento também, que escolheu a nata da nata para levar lá. Que a nata seja um pouco azeda - uma maneira simpática de dizer que este é o grupo de joagdores mais fraco desde que acompanho campeonatos de selecções - ele não tem culpa. E talvez até consigamos, com alguma sorte e toda a tranquilidade, ganhar à Dinamarca.

Sei que posso enganar-me - depois do "fraco" Chelsea ganhar a Liga dos Campeões, para espanto da falange anti-benfiquista do país, apssei a acreditar em quase tudo -, mas também sei que terei mais possibilidades de estar certo se apostar na saída emglória ao fim de três jogos. Não podemos esperar mais: uma selecção que, tendo Bosingwa, caça com João Pereira; tendo Ricardo Carvalho, caça com Bruno Alves; leva um Miguel Lopes como mascote; e que aposta na titularidade da quimera Hélder Postiga (misto de jogador de futebol e de projecto de pivot de andebol) para marcar golos à Alemanha e à Holanda, não pode esperar ir muito mais longe do que o spa do hotel de luxo onde ficou instalada.

Falta de patriotismo? Eu gosto de futebol, caramba; bandeirinhas na lapela ou na janela é para políticos hipócritas da maioria de direita e gente que faz excursões a lojas de chineses para comprar produtos com as cores da bandeira nacional. Mas sofro, e vou ver, e talvez me surpreenda. Gosto de torcer por equipas pequenas quando o Glorioso não joga. Por isso, neste Europeu, estou com Portugal!

(Inicialmente publicado no Catedral da Luz.)