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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Para a Pútria classe Política esta mensagem de Natal!...

Se repararem, quem escreveu esta crónica, de  todos os presidentes da Republica no após 25 de Abril, apenas um (Ramalho Eanes) não aparece nas imagens.E eu que nem gostava nada dele, tenho que reconhecer que será o único que a história irá lembrar. São mensagens destas que nos começam a preocupar...e como alguém disse ontem na Antena 1.......caminhamos sobre brasas.....e Portugal pode começar a arder!......


   
Durante toda a década de 1980 tudo isto era demasiado doloroso e difícil... e eu, crédulo e ingénuo, acreditava que isto iria melhorar, que não poderia ser sempre assim, que melhores dias haveriam de vir, que muito brevemente iríamos sair da fossa, que isto era um pesadelo de que logo, logo, nos iríamos libertar.   Quanta ingenuidade!...

Não adivinhava eu, então, que uma corja de crápulas malfeitores haveria de tomar de assalto este país e saqueá-lo de tudo o que ele tinha de bom, acabando por atirar-nos de novo para a miséria.
E muito menos poderia eu adivinhar que, decorridos 37 anos, esta corja se haveria de manter por cá, revesando-se e alternando-se nos mesmos lugares ou criando novos para os amigos e afilhados, e sempre, sempre dispostos a tudo comerem.   Sem qualquer respeito pelo povo!   Sem qualquer respeito pelos trabalhadores e pelos contribuintes!

Organizados em bandos apelidados de "partidos",  tanto comeram e engordaram que, já nada restando de nosso para lhes encher o bandulho, vendem agora o país a preços de saldo, passeando o mundo de mão estendida e mendigando toneladas de dinheiro à "troika" para repor o que estes pulhas roubaram e meteram ao bolso, hipotecando a nossa soberania e assim nos deixando cada vez mais pobres e endividados até ao fim das vidas dos nossos bisnetos!   O saque que estes bandidos já fizeram e a destruição que provocaram na nossa economia, nem em três gerações poderá ser recuperado!

E saber que não foram mais do que algumas dezenas os principais responsáveis por tamanha sacanice e gatunagem, perpetrada conta este país e este povo!...
Tudo gente sem escrúpulos e sem vergonha.   Verdadeiros traidores desta nação em quem o povo, um dia, neles acreditou e neles votou.   Traidores que, como tal, deveriam ser julgados e condenados!   O seu lugar não é nas luxuosas mansões por nós integralmente pagas, mas na cadeia!   Expropriados de tudo o que nos roubaram, e com direito apenas a um pijama às riscas e a duas malgas por dia de sopa com ratos!

Porque todos foram culpados.   Todos são culpados.   De forma activa ou passivamente,  com dolo ou por negligência,  por corrupção ou por má gestão,  por incompetência ou por desconhecimento,  mas todos foram e são culpados pelo estado a que chegámos!

Uma vez mais, este "povo lava de novo no rio e talha com o seu machado as tábuas do seu caixão"...    para que estes pulhas possam viver à grande, morando em palácios e rodeados de luxuosas mordomias, com chorudos ordenados e reformas, com bilionárias contas bancárias na Suiça e em tudo o que é paraísos fiscais!  
Eis que é chegada a hora do ajuste de contas.   Eis que é chegada a hora de começarmos a preparar os cajados e as forquilhas.   E mais os engaços e as foices.   Eis que é chegada a hora de começar a montar a guilhotina no Terreiro do Paço!
Malditos sejam!   
.
Retirado daqui, com a devida vénia!.... 


Um mundo em mudança....E uma Europa Moribunda!


VALE A PENA LER ATÉ AO FIM 
" Já cheira... a Mudança …
Há cerca de 3 ou 4 meses começaram a dar-se alterações profundas, e de nível global, em 10 dos principais factores que sustentam a sociedade actual. Num processo rápido e radical, que resultará em algo novo, diferente e porventura traumático, com resultados visíveis dentro de 6 a 12 meses... E que irá mudar as nossas sociedades e a nossa forma de vida nos próximos 15 ou 25 anos!
Tal como ocorreu noutros períodos da história recente, no status político-industrial saído da Europa do pós-guerra, nas alterações induzidas pelo Vietname/ Woodstock/ Maio de 68 (além e aquém Atlântico), ou na crise do petróleo de 73.
Façamos um rápido balanço da mudança, e do que está a acontecer aos "10 factores":

 1º- A Crise Financeira Mundial : desde há 8 meses que o Sistema Financeiro Mundial está à beira do colapso (leia-se "bancarrota") e só se tem aguentado porque os 4 grandes Bancos Centrais mundiais - a FED, o BCE, o Banco do Japão e o Tesouro Britânico - têm injectado (eufemismo que quer dizer: "emprestado virtualmente à taxa zero") montantes astronómicos e inimagináveis no Sistema Bancário Mundial, sem o qual este já teria ruído como um castelo de cartas. Ainda ninguém sabe o que virá, ou como irá acabar esta história !...

 2º- A Crise do Petróleo : Há 6 meses que o petróleo entrou na espiral de preços. Não há a mínima ideia/teoria de como irá terminar. Duas coisas são porém claras: primeiro, o petróleo jamais voltará aos níveis de 2007 (ou seja, a alta de preço é adquirida e definitiva, devido à visão estratégica da China e da Índia que o compram e amealham!) e começarão rapidamente a fazer sentir-se os efeitos dos custos de energia, de transportes, de serviços. Por exemplo, quem
utiliza frequentemente o avião, assistiu há semanas, a uma subida no preço dos bilhetes de... 50% (leu bem: cinquenta por cento). É escusado referir as enormes implicações sociais deste factor: basta lembrar que por exemplo toda a indústria de férias e turismo de massas para as classes médias (que, por exemplo, em Portugal ou Espanha
representa 15% do PIB) irá virtualmente desaparecer em 12 meses!
Acabaram as viagens de avião baratas (...e as férias massivas!), a inflação controlada, etc...

 3º- A Contracção da Mobilidade : fortemente afectados pelos preços do petróleo, os transportes de mercadorias irão sofrer contracção profunda e as trocas físicas comerciais que implicam transporte irão sofrer fortíssima retracção, com as óbvias consequências nas indústrias a montante e na interpenetração económica mundial.

4º- A Imigração : a Europa absorveu nos últimos 4 anos cerca de 40 milhões de imigrantes, que buscam melhores condições de vida e formação, num movimento incessante e anacrónico (os imigrantes são precisos para fazer os trabalhos não rentáveis, mas mudam radicalmente a composição social de países-chave como a Alemanha, a Espanha, a
Inglaterra ou a Itália). Este movimento irá previsivelmente manter-se nos próximos 5 ou 6 anos! A Europa terá em breve mais de 85 milhões de imigrantes que lutarão pelo poder e melhor estatuto sócio-económico
(até agora, vivemos nós em ascensão e com direitos à custa das matérias-primas e da pobreza deles)!

5º- A Destruição da Classe Média : quem tem oportunidade de circular um pouco pela Europa apercebe-se que o movimento de destruição das classes médias (que julgávamos estar apenas a acontecer em Portugal e à custa deste governo) está de facto a "varrer" o Velho Continente! Em Espanha, na Holanda, na Inglaterra ou mesmo em França os problemas das classes médias são comuns e (descontados alguns matizes e diferente gradação) as pessoas estão endividadas, a perder rendimentos, a perder força social e capacidade de intervenção.

 6º- A Europa Morreu : embora ainda estejam projectar o cerimonial do enterro, todos os Euro-Políticos perceberam que a Europa moribunda já não tem projecto, já não tem razão de ser, que já não tem liderança e que já não consegue definir quaisquer objectivos num "caldo" de 27 países com poucos ou nenhuns traços comuns!... Já nenhum Cidadão
Europeu acredita na "Europa", nem dela espera coisa importante para a sua vida ou o seu futuro!
O "Requiem" pela Europa e dos "seus valores" foi chão que deu uvas: deu-se há dias na Irlanda!

7º- A China ao assalto! A construção naval ao nível mundial comunicou aos interessados a incapacidade em satisfazer entregas de barcos nos próximos 2 anos, porque TODOS os estaleiros navais do Mundo têm TODA a sua capacidade de construção ocupada por encomendas de navios.... da China. O gigante asiático vai agora "atacar" o coração da Indústria
europeia e americana (até aqui foi just a joke...). Foram apresentados há dias no mais importante Salão Automóvel mundial os novos carros chineses. Desenhados por notáveis gabinetes europeus e americanos, Giuggiaro e Pininfarina incluídos, os novos carros chineses são soberbos, réplicas perfeitas de BMWs e de Mercedes e vão chegar à Europa entre os 8.000 e os 19.000 euros! E quando falamos de Indústria Automóvel ou Aeroespacial europeia... Estamos a falar de centenas de milhar de postos de trabalhos e do maior motor económico, financeiro e tecnológico da nossa sociedade.
À beira desta ameaça, a crise do têxtil foi uma brincadeira de crianças! Os chineses estão estrategicamente em todos os cantos do mundo a escoar todo o tipo de produtos da China, que está a qualificá-los cada vez mais.

 8º- A Crise do Edifício Social : As sociedades ocidentais terminaram com o paradigma da sociedade baseada na célula familiar! As pessoas já não se casam, as famílias tradicionais desfazem-se a um ritmo alucinante, as novas gerações não querem laços de projecto comum, os jovens não querem compromissos, dificultando a criação de um espírito
de estratégias e actuação comum...

 9º- O Ressurgir da Rússia/Índia : para os menos atentos: a Rússia e a Índia estão a evoluir tecnológica, social e economicamente a uma velocidade estonteante! Com fortes lideranças e ambições estratégicas,
em 5 anos ultrapassarão a Alemanha!

10º- A Revolução Tecnológica : nos últimos meses o salto dado pela revolução tecnológica (incluindo a biotecnologia, a energia, as comunicações, a nano tecnologia e a integração tecnológica) suplantou tudo o previsto e processou-se a um ritmo 9 vezes superior à média dos últimos 5 anos!
Eis pois, a Revolução!
Tal como numa conta de multiplicar, estes dez factores estão ligados por um sinal de "vezes" e, no fim, têm um sinal de "igual". Mas o resultado é ainda desconhecido e imprevisível. Uma coisa é certa: as nossas vidas vão mudar radicalmente nos próximos 12 meses e as mudanças marcar-nos-ão (permanecerão) nos próximos 10 ou 20 anos, forçando-nos a ter carreiras profissionais instáveis, com muito menos promoções e apoios financeiros, a ter estilos de vida mais modestos,
recreativos e ecológicos.
Espera-nos o Novo! Como em todas as Revoluções!
Um conselho final: é importante estar aberto e dentro do Novo, visionando e desfrutando das suas potencialidades! Da Revolução! Ir em frente! Sem medo!
Afinal, depois de cada Revolução, o Mundo sempre mudou para melhor!..."

Autor: Desconhecido

sábado, 22 de dezembro de 2012

Reformados..Estamos todos mal Enterrados


A REDUÇÃO das reformas e pensões são as piores, mais cruéis, e moralmente mais criminosas, das medidas de austeridade a que, sem culpa nem julgamento, fomos condenados pelo directório tecnocrático que governa o protectorado a que os nossos políticos reduziram Portugal.
Para os reformados e pensionistas, o ano de 2013 vai ser ainda pior do que este 2012. Os cortes vão manter-se ou crescer e, com o brutal aumento de impostos, a subida dos preços dos combustíveis, do gás e da electricidade, e o encarecimento de muitos bens essenciais, o rendimento disponível dos idosos será ainda menor.
Os aposentados são indefesos. Com a existência organizada em função dum determinado rendimento, para o qual se prepararam toda a vida, entregando ao Estado o estipulado para este fazer render e pagar-lhes agora o respectivo retorno, os reformados não têm defesa. São agora espoliados e, não tendo condições para procurar outras fontes de rendimento, apenas lhes resta, face à nova realidade que lhes criaram, não honrar os seus compromissos, passar frio, fome e acumular dívidas.
No resto da Europa, os velhos viram as suas reformas não serem atingidas e, em alguns casos, como sucedeu, por exemplo, em Espanha, serem até ligeiramente aumentadas. Portugal não é país para velhos. Os políticos devem pensar que os nossos velhos já estão mortos e que, no fim de contas, estamos todos mal enterrados...


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Sabia que:Sindicatos e patrões recebem milhões do Estado

As confederações patronais (CAP, CCP, CIP e Confederação do Turismo) repartem cerca de 500 mil euros, que recebem do Orçamento do Estado com as duas centrais sindicais com assento no Conselho Permanente de Concertação Social, a CGTP e a UGT, revela hoje o jornal i, acrescentando que este valor se tem mantido igual ao longo dos últimos três anos.
Contas do i referem que um montante idêntico é canalizado para as despesas com o pessoal do próprio Conselho Económico e Social (CES), que ascendem a 551,681 mil de euros por ano, e cuja média dos vencimentos dos 17 funcionários, incluindo o do presidente, ronda os 2700 euros mensais em termos brutos.
Assim sendo, no total são cerca de 1,2 milhões de euros transferidos anualmente pela Direcção-Geral do Orçamento para o Conselho Permanente de Concertação Social, cuja função é emitir pareceres obrigatórios, previstos na lei, ou solicitados pelos órgãos de soberania (Governo e Assembleia da República) e, ainda, no exercício do direito de iniciativa, emitir outros pareceres no âmbito da sua missão e competências, sempre que as circunstâncias o justifiquem, explica o jornal i.
Mas, os apoios do Estado aos patrões e sindicatos não se ficam por aqui.
Revela o i que existe uma série de centros protocolares, que os sindicatos e as associações patronais mantêm em conjunto com o Instituto do Emprego Formação Profissional (IEFP) e outras entidades, que também é financiada pelo Orçamento de Estado. Ainda que, neste caso, parte da verba seja concedida também pela União Europeia, nomeadamente através do Fundo Social Europeu.
Neste âmbito, para este ano, acrescenta o jornal, estão previstas transferências no valor de 90,3 milhões de euros para 29 centros co-geridos pelo IEFP e associações representativas do patronato e dos sindicatos.

Fonte:

O QUE É A GUERRA – RELATO DE QUEM A VIVEU

 Baseado em factos verídicos mas alterados propositadamente para proteger os seus intervenientes. Já nada voltará a se como dantes!
(Para quem nunca viveu a guerra os relatos dos veteranos são essenciais. Não serão certamente as únicas fontes, mas são as mais importantes. Os relatos dos acontecimentos vividos em África são a única forma de nos transportarmos a um mundo que não conhecemos e onde nunca vivemos. Um mundo que não morreu e que existe, e existirá até o último veterano morrer. Só nesse dia a guerra acabará.) Uma coluna avança pausadamente pela picada. Devagar, quase paradas, as viaturas vão seguindo o trilho das rodas daquelas que se anteciparam na caminhada. Uma explosão faz os sentidos dos homens actuar como foram treinados para fazer. O salto da viatura, a posição de combate, ver sem ser visto, vislumbrar de onde vêm os disparos. Depois tudo passa. O silêncio, a princípio duvidoso, depois já de certeza feito, baixa sobre o lugar. É tempo de ajudar os camaradas sem a mesma sorte, os que a arbitrariedade da guerra determinou que fossem hoje os escolhidos. Pedir evacuação, injectar morfina, balbuciar uma palavra de conforto em que ninguém verdadeiramente acredita. Depois o ruído dos helicópteros desaparece aos poucos, e a coluna reorganiza-se. As dúvidas assaltam os que ficaram. Porquê ele, e não eu? Será que Deus existe mesmo? A medalha que minha mãe me deu é um talismã ou é uma forma de exorcizar o medo? Ainda há poucas horas o meu camarada me estendeu o aerograma da mulher, o filho nascera bem. E agora? Agora tudo terminou. Uma sensação de impotência, de incapacidade, assola os militares. Não há nada a fazer. Tudo o que foi feito, sonhado, conversado, foi em vão. Inutilidade. O bilhete de Identidade regista 21 anos, mas de repente, passamos a ter 40. Um mundo acabou, vai começar outro, com muito menos espaço para a ingenuidade, com quase nenhum espaço para a paz interior. “Já nada voltará a ser como dantes!”. Os pensamentos são cortados pelos barulhos da coluna em marcha. A operação continua, não para nunca. A noite caiu, o lugar para dormir foi escolhido, a segurança montada. E agora? Atacarão de noite? A chuva diluviana não limpa a alma. O camarada agora vive lá. A necessidade de desforra cresce. O inimigo é, sem tempo para mais reflexões, o culpado. Ao outro dia, o trilho, o silêncio da aproximação, a dúvida de quantos dias mais teremos à frente. Os ruídos do acampamento já próximo, a adrenalina a crescer no peito, a contracção dos músculos, o olhar de lince. Ao sinal a explosão, o ataque, disparos, a adrenalina esvai-se em cada movimento. O dedo fica dormente de tanto carregar no gatilho. O inimigo debandou, estou bem, ainda não foi hoje. Há que agir rápido, levar o que se puder, destruir o que não se pode levar. No meio da correria, imagens de corpos atravessados por balas. De onde saíram estas balas? Fui eu? Foi o camarada que estava à minha direita? Foi o outro pelotão? Um corpo mais pequeno mostra-nos que a arbitrariedade da guerra é cruel. Passou sem olhar. O cheiro do fumo, da poeira misturada com suor, do sangue, inebria o combatente. Afasta-se, uma ordem indica-lhe que tem de perseguir um inimigo que deixa um rasto de sangue. Não anda muito. O guerrilheiro está a poucos metros, arrastou-se como pôde. Os ferimentos são graves. Não fala, não se mexe, apenas se sente o seu peito arfar. Os combatentes que chegam não falam, olham apenas. A solução está na cabeça de todos, não carece de explicação. A evacuação é inútil, a área é densamente arborizada, arrastar o corpo até uma clareira, e esperar a evacuação é inútil, o guerrilheiro não sobreviverá. Alguém tem de resolver o assunto. O oficial entende que é seu dever fazê-lo. Alivia a consciência com o pensamento de que ali, naquelas circunstâncias, é o melhor, é até o mais humano que há a fazer. A atitude que ajudará o guerrilheiro é acabar com o seu sofrimento. Para ele “Já nada voltará a ser como dantes!” Volta a organizar-se a longa cobra que os militares formam. Às cavalitas de um furriel, uma criança salva no meio do acampamento. Na hora do mata-bicho todos se esforçam para dar ao menino a sua lata de leite com chocolate. A criança conta poucos meses, e olha surpreendida para os rostos que nunca viu. Surpreendida e inconsciente do que se passou. Ainda não sabe que a partir daquele instante, também na sua vida “Já nada voltará a ser como dantes!”. A noite cai. O acampamento do segundo dia é formado. Sempre a mesma rotina. O miúdo mostra-se agora mais confiante. A meio da noite um choro, um berreiro. Mais lata de leite com chocolate para agradar ao miúdo. Não resulta. No meio dos barulhos da mata, aquele pode denunciar o grupo. Os militares têm 21, 22, 23 anos. Não são pais, nunca trataram de crianças, não sabem o que fazer. Ao fim de alguns minutos já todos perceberam que aquilo não pode continuar. Um barulho seco, rápido, soa na noite. Os militares são experientes, sabem que vão ser “abonados” com granadas de morteiro. Os corações suspendem-se e a explosão dá-se longe do local. O inimigo não atinou bem com o sítio. A explosão só piorou o estado de ansiedade da criança. Os nervos retesam-se. A solução está na cabeça de todos. Outro estalido, segundos depois outra explosão, ainda longe do lugar. Se o miúdo não se calar morrem todos, se ele se calar, foi porque morreu ele. “Já nada voltará a ser como dantes!”. 


Militares do B.CAÇ. 1891 Chegam a Lisboa a bordo do Paquete Vera Cruz.


O militar está de regresso. O navio encosta à amurada. Os familiares estão lá em baixo, ainda não o distinguiram na massa verde que ocupa o passadiço do navio. Mas ele já os viu. Sem perceber porquê, as lágrimas escorrem-lhe pela face, incontrolávelmente. Uma emoção que não controla, uma mistura de alegria por estar vivo, de encontrar os seus bem. Mas a alegria ganhou um novo sabor. Tem um travo a picada, a rostos que não estão. A ausência, a despedida na chegada. Até a alegria “Já voltará a ser como dantes!”. A rotina ajuda a abafar a memória. A manhã está clara, o ex-combatente segue o seu percurso para o trabalho. É hoje um homem um pouco mais velho, casado, pai de filhos. A guerra acabou, escreveram os jornais há poucos meses. Ele esforçou-se por acreditar que sim. Mas as suas noites brancas lembram-lhe que não. Os sonhos onde ruídos e imagens lhe trazem à mente o que julgou ter acabado. Um sonho em especial visita-o sazonalmente. Um resto de camuflado, com um resto do que ainda há pouco estava cheio de vida. Pensativo não nota que na sua frente uma senhora de idade o olha. Ninguém sabe porque começam estas conversas. Que enigma existe no mundo que as possibilita. A verdade é que a senhora já idosa, dispara-lhe à queima-roupa: - O meu filho se fosse vivo teria a sua idade! O ex-combatente não responde. Alguma coisa dentro de si diz que caiu numa emboscada. O silêncio parece o melhor caminho. Mas a idosa tem no peito uma necessidade profunda de falar. Provavelmente a sua noite também foi branca. - Negomano. Que lugar deve ser aquele? Que sítio para onde levaram o meu filho. Ele escrevia-me a contar maravilhas do local. Mas eu sei que era para me acalmar. Dizia que tinha visto leões e comido churrasco de gazelas. Mas eu sei que não, que a maioria das vezes não se devia alimentar bem. Escrevia a contar que nunca tinha visto um inimigo. Mas eu sei que quem colocou a mina no caminho era seu inimigo. Só tinha aquele filho sabe? Era da sua idade, agora o meu marido faleceu e eu estou sozinha. “Já nada voltará a ser como dantes!” O ex-combatente chega ao destino. Um alívio. O autocarro pára e ele sai. Na paragem uma jovem mãe, sem complexos, dá de mamar ao seu filho de meses. Ato contínuo o militar vê imagens que não queria rever, que queria enterrar. Mistura imagens dos seus filhos, com aquele bebé ao colo de sua mãe. Mas o cérebro não o deixa afastar-se, há uma cara que se sobrepõe a tudo e a todos. O peito começa a asfixiar. O olhar inocente de uma criança mostra-lhe que “Já nada voltará a ser como dantes!”. Chega ao trabalho, e encara os mesmos nomes, e as mesmas caras de sempre. Ao lado da sua secretária está já o seu velho amigo de turma, e mais tarde colega na empresa que é propriedade de seu pai. Este seu colega fora esperá-lo à Rocha Conde d’Óbidos. Abraçaram-se. O ex-combatente sentiu que aquele abraço era de alegria por rever o colega, mas estranhamente passou-lhe pela cabeça que ele não tinha chegado de África. Não tinha chegado de África porque não chegara a partir. O pai havia telefonado a conhecidos, devedores de favores, e havia evitado a mobilização. Havia na alegria de rever o amigo, uma amargura pela injustiça do mundo. Já dono de um automóvel, oferecera boleia para casa. Pelo caminho queixou-se de ainda estar no serviço militar. Se soubesse tinha ido para África, dizia o colega de trabalho, filho do patrão, que não quisera deixar o filho partir. O colega falava enquanto guiava o Opel Cortina ao longo da avenida 24 de Julho: -Se soubesse que demorava tanto tempo, tinha ido, afinal voltam todos. Vi as fotos que me mandaste das tuas férias em Porto Amélia. Praias bonitas hein? E garotas? Tens de me contar isso tudo. Eu ainda aqui estou, fardado. Mas agora não há nada a fazer é aguentar o meu calvário. Afinal depois de acabar a tropa caso-me e tudo voltará a ser como dantes!


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A Crise!...Como se o dinheiro fosse tudo!


O plano para safar os bancos, das asneiras cometidas e não só, já que houve muita gente que lucrou. Começo assim, porque corre na net o que o governo dos Estados Unidos já investiu para sair da crise. Algumas pessoas fizeram contas, só aos bancos calhou já uma fatia de 500 biliões de dólares, estando em discussão mais 700 biliões, a ser assim e segundo os cálculos de alguém que até enviou as contas para a cadeia de televisão C N N.Se este dinheiro fosse dividido pelos cerca de 6,7 biliões de habitantes que segundo a mesma fonte o mundo tem.Cada habitante no planeta Terra ficava rico. Depois, segundo ele acabava a miséria no mundo. Eu tenho outra opinião......aumentava a fome no Mundo......,porque se ficávamos todos milionários ninguém queria trabalhar.Toda a gente comprava um bom carro, mas quem os produz hoje, como não tinha falta de dinheiro não precisava trabalhar e não produzia mais. Não haveria carros para toda a gente. O mesmo iria acontecer, com a comida o vestuário, a saude etc., etc. Os ricos nunca produziram nada,...para eles terem muito os outros não tem nada, ou quase nada. Ao longo da história do homem na terra sempre foi assim, ou quase sempre. Hoje embora de modo mais subtil, continua a ser. Os que tem que trabalhar, compram uma casa a prestações, alguns chegam ao fim da vida e a casa não está paga, compram um carro a prestações, quando o acabam de pagar tem que comprar outro nas mesmas condições, porque o outro já estava velho e assim por diante. Deixou de haver escravatura, mas somos forçados a trabalho forçado, para pagar o que compramos. O sistema está muito bem montado. Portanto se viessemos a ficar todos ricos, quero dizer com muito dinheiro, não nos safávamos. O dinheiro serve para comprar, mas não serve para metermos na boca.Ser rico só está destinado para alguns, mas só enquanto houver outros muito pobres!...

domingo, 16 de dezembro de 2012

ANDA AQUI ALGUÉM A VIVER À CONTA DOS QUE TRABALHAM E FIZERAM SEMPRE TODOS OS DESCONTOS!


sábado, 8 de dezembro de 2012

Carta ao primeiro ministro...Tenho pena de ti, Pedro!

Tenho pena de ti, Pedro!
SETEMBRO 14, 2012
Olá Pedro,
Provavelmente já não nos vemos há coisa de uns 28 anos, quando ambos militávamos na JSD. Eu segui publicidade e tu política, mas pelos vistos nenhum de nós acertou na profissão. Jovens como éramos tínhamos muito pouca noção daquilo que queríamos para o mundo. Sabíamos apenas que uns copos e umas miúdas moldariam a noite e a Terra continuaria a rodar.
Depois o partido mudou, lembras-te? Passou a ser liberal e pouco social. Saí de imediato porque era o sentido social democrata que me movia e não o liberal.
Porém, não é para recordar laivos de juventude que hoje escrevo. Faço-o porque tenho medo. É verdade, medo. Por norma sou um “cagufas” com as doenças, mas actualmente verifiquei que estas alastram para fora do corpo atingindo massas imensas como se de armas químicas se tratasse. Mesmo assim, não é isso que temo. Tenho ouvido as tuas comunicações ao país através da TV e (sabes que sou um apaixonado por história) não tenho gostado do que ouço e vejo. Preocupa-me, que queres?
É que falas das gerações futuras com muita frequência e da formação do “homem novo” num país arrumado, estruturado, limpo, feliz. Mete medo Pedro. Em 1911 Lenine e Estaline falavam do Homem Novo, dos amanhãs que cantariam. Lembraste dos Gulags, da miséria sovética? Não cantaram!
Em 1933 o prof Salazar também argumentava a favor do novo homem, do Estado Novo, do rigor. Foram 48 anos de rigor e mais de 14.000 mortos a defender rigorosamente terras distantes que curiosamente hoje nos pedes para rever e pisar.
Em 1936, um rapaz austríaco lembrou-se também do Homem Novo, ariano, espartano, puro. Purificou para sempre mais de 54 milhões de pessoas e não foi bonito. Fico por isso assustado quanto te ouço falar de um futuro mais sorridente, das novas gerações.
Mas não só. Acima de tudo quedo perplexo quando irracionalmente à destruição do tecido social deste país. Não é pelo país, é mesmo pelas pessoas. São seres humanos com expectativas criadas pelo seu trabalho e não pelo jogo político ou financeiro. Sabes, entendi até um certo ponto que os governos anteriores deram cabo disto e os seus responsáveis deverão ser criminalizados para além do voto. Por isso respeitei as tuas promessas eleitorais embora não te tenha dado o meu voto…nenhum o merecia ou merecerá. Mas após tantas contradições e arrogâncias quase tenho medo de ti. Melhor, não será medo, mas pena.
Não te queria junto de Estaline, Lenine, Salazar, Hitler e outros tantos que desrespeitaram o seu semelhante. Até acredito que te vás safar disto porque afinal todos o fazem e a culpa morre sempre viúva. Porém, um Homem (novo ou velho) mede-se sempre pela atitude que expressa e a tua é vazia, insensível, cobarde e irascível pois para além de acreditar que acreditas (passe o pleonasmo) nas irracionalidades que apregoas sei também que tas mandam dizer…e isso é o ponto mais baixo a que um Homem pode chegar. Mais baixo mesmo do que aqueles que todos os dias obrigas a arrastar pelas ruas da amargura e miséria. Afinal não tenho medo Pedro. Tenho pena…de ti.

José Carlos
Recebido por Email

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

(E assim será)! Eu já vivi o vosso futuro...




" Declarações do escritor e dissidente soviético, Vladimir Bukovsky, sobre o Tratado de Lisboa”

"É surpreendente que, após ter enterrado um monstro, a URSS, se tenha construído outro semelhante: a União Europeia (UE).

O que é, exactamente a União Europeia? Talvez fiquemos a sabê-lo examinando a sua versão soviética.

A URSS era governada por quinze pessoas não eleitas que se cooptavam mutuamente e não tinham que responder perante ninguém. A UE é governada por duas dúzias de pessoas que se reúnem à porta fechada e, também não têm que responder perante ninguém, sendo politicamente impunes.

Poderá dizer-se que a UE tem um Parlamento. A URSS também tinha uma espécie de Parlamento, o Soviete Supremo. Nós, (na URSS) aprovámos, sem discussão, as decisões do Politburo, como na prática acontece no Parlamento Europeu, em que o uso da palavra concedido a cada grupo está limitado, frequentemente, a um minuto por cada interveniente.

Na UE há centenas de milhares de eurocratas com vencimentos muito elevados, com prémios e privilégios enormes e, com imunidade judicial vitalícia, sendo apenas transferidos de um posto para outro, façam bem ou façam mal. Não é a URSS escarrada?

A URSS foi criada sob coacção, muitas vezes pela via da ocupação militar. No caso da Europa está a criar-se uma UE, não sob a força das armas, mas pelo constrangimento e pelo terror económicos.

Para poder continuar a existir, a URSS expandiu-se de forma crescente. Desde que deixou de crescer, começou a desabar. Suspeito que venha a acontecer o mesmo com a UE. Proclamou-se que o objectivo da URSS era criar uma nova entidade histórica: o Povo Soviético. Era necessário esquecer as nacionalidades, as tradições e os costumes. O mesmo acontece com a UE parece. A UE não quer que sejais ingleses ou franceses, pretende dar-vos uma nova identidade: ser «europeus», reprimindo os vossos sentimentos nacionais e, forçar-vos a viver numa comunidade multinacional. Setenta e três anos deste sistema na URSS acabaram em mais conflitos étnicos, como não aconteceu em nenhuma outra parte do mundo.

Um dos objectivos «grandiosos» da URSS era destruir os estados-nação. É exactamente isso que vemos na Europa, hoje. Bruxelas tem a intenção de fagocitar os estados-nação para que deixem de existir.

O sistema soviético era corrupto de alto a baixo. Acontece a mesma coisa na UE. Os procedimentos antidemocráticos que víamos na URSS florescem na UE. Os que se lhe opõem ou os denunciam são amordaçados ou punidos. Nada mudou. Na URSS tínhamos o «goulag». Creio que ele também existe na UE. Um goulag intelectual, designado por «politicamente correcto». Experimentai dizer o que pensais sobre questões como a raça e a sexualidade. Se as vossas opiniões não forem «boas», «politicamente correctas», sereis ostracizados. É o começo do «goulag». É o princípio da perda da vossa liberdade. Na URSS pensava-se que só um estado federal evitaria a guerra. Dizem-nos exactamente a mesma coisa na UE. Em resumo, é a mesma ideologia em ambos os sistemas. A UE é o velho modelo soviético vestido à moda ocidental. Mas, como a URSS, a UE traz consigo os germes da sua própria destruição. Desgraçadamente, quando ela desabar, porque irá desabar, deixará atrás de si um imenso descalabro e enormes problemas económicos e étnicos. O antigo sistema soviético era irreformável. Do mesmo modo, a UE também o é. (...)

Eu já vivi o vosso «futuro»..."

sábado, 1 de dezembro de 2012

As crianças, com fome e os Clios da Renault

   Ontem de manhã a Antena 1, dava a noticia: Crianças estão a chegar ao Hospital de Santa Maria, com fome.
 E estes políticos que não podem comer carne de porco que não seja criado a bolota, que têm orçamentos para a Assembleia da Republica, de 140 milhões de euros, orçamentos ,que não podem andar de Clio.  Orçamentos que são sempre   aprovados  por unanimidade. Nunca há uma voz que discorde. Hoje o Correio da Manhã publica  na primeira página estas noticias. Pobre  País que tais políticos tem!.....