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sábado, 30 de novembro de 2013

Então.... quem são os FASCISTAS?





Corria o ano de 1960 quando foi publicada no "Diário do Governo" de 6 de Junho a Lei 2105, com a assinatura de Américo Tomaz, Presidente da República, e de A. Oliveira Salazar, Presidente do Conselho de Ministros.
Conforme nos descreve Pedro Jorge de Castro no seu livro "Salazar e os milionários", publicado pela Quetzal em 2009, essa lei destinou-se a disciplinar e moralizar as remunerações recebidas pelos gestores do Estado, fosse em que tipo de estabelecimentos fosse.

Eram abrangidos os organismos estatais, as empresas concessionárias de serviços públicos onde o Estado tivesse participação accionista, ou ainda aquelas que usufruíssem de financiamentos públicos ou "que explorassem actividades em regime de exclusivo". Não escapava nada onde houvesse investimento do dinheiro dos contribuintes.

E que dizia, em resumo, a Lei 2105?
Dizia simplesmente que quem quer que ocupasse esses lugares de responsabilidade pública não podia ganhar mais do que um Ministro.

Claro que muitos empresários logo procuraram espiolhar as falhas e as vírgulas, por onde a Lei 2105 pudesse ser torneada, o que terão de certo modo conseguido pois a redacção do diploma permitia aos administradores, segundo transcreve o autor do livro, "receber ainda importâncias até ao limite estabelecido, se aos empregados e trabalhadores da empresa for atribuída participação nos lucros".
A publicação desta lei altamente moralizadora, que ocorreu no periodo do Estado Novo de Salazar, fará muito em breve 50 anos.

Em 13 de Setembro de 1974, catorze anos depois da lei "fascista", e seguindo sempre as explicações do livro de Pedro Castro, o Governo de Vasco Gonçalves, militar recém-saído do 25 de Abril, pegou na ambiguidade da Lei 2105/60 e, pelo Decreto Lei 446/74, limitou os vencimentos dos gestores públicos e semi-públicos ao salário máximo de 1,5 vezes o vencimento de um Secretário de Estado.

Vendo bem, Vasco Gonçalves, Silva Lopes e Rui Vilar, quando assinaram o Dec.-lei 446/74, pura e simplesmente reduziram os vencimentos dos gestores do Estado do dobro do vencimento de um Ministro para uma vez e meia o vencimento de um Secretário de Estado. O Decreto- Lei 446/74 justificava a alteração nos referidos vencimentos pelo facto da redacção pouco precisa da Lei 2105/60 permitir "interpretações abusivas", o que possibilitava "elevados vencimentos e não menos excessivas pensões de reforma".

Ao lermos hoje esta legislação, parece que mudámos, não de país mas de planeta, pois tudo isto se passou no tempo do "fascismo"(Lei 2105/60) e pós 25 de Abril (Dec.-Lei 446/74)".
Agora, está tudo muito melhor, sobretudo para esses tubarões que são os gestores estatais dos nossos dias: é que, mudando-se os tempos mudaram-se as vontades e, onde o sector do Estado pesava 17% do PIB, no auge da guerra colonial, com todas as suas brutais despesas, pesa agora 50%. E, como todos sabemos, é preciso gente muito competente e soberanamente bem paga, para gerir os nossos impostos.
Tão bem paga é essa gente que, o homem que preside aos destinos da TAP, Fernando Pinto, é o campeão dos salários de empresas públicas em Portugal, (se fosse no Brasil, de onde veio, o problema não era nosso), ganha a monstruosidade de 420.000 euros por mês, um "pouco" mais que Faria de Oliveira e Henrique Granadeiro, o presidente da PT, o qual aufere a módica quantia de 365.000 mensais.




Aliás, estes três, são apenas o topo de uma imensa corte de gente que come e dorme à sombra do orçamento e do sacrifício dos contribuintes, como se pode ver pela lista divulgada recentemente por um jornal semanário (Sol), onde vêm nomes sonantes da nossa praça, dignos representantes da pouca vergonha e da pirataria a que chegou a vida pública portuguesa.
Assim - e seguindo sempre a linha do que foi publicado - conhecem-se 14 gestores públicos que ganham mais de 100.000 euros por mês, dos quais 10 vencem mais de 200.000.
O ex-governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, o mesmo que estima à centésima o valor do défice português, embora nunca tenha acertado no seu valor real, ganhava 250.000 euros/mês, deixando passar pela sua responsabilidade, o maior escândalo económico em Portugal ( BPN),... Antes de ir para o exílio dourado de Vice-Presidente do Banco Central Europeu.


Entretanto, para poupar uns 400 milhões nas deficitárias contas do Estado, o governo não hesita em cortar benefícios fiscais a pessoas que ganham por mês um centésimo, ou mesmo 200 e 300 vezes menos que estes gestores porque, curiosamente, são todos homens.. Da lista dourada que o "Sol" deu à luz há pouco tempo.
Porque não, acabar com esta vergonha num país, de mão estendida ao estrangeiro!








Aqui está uma lista de alguns funcionários federais norte-americanos e os seus salários ANUAIS, não são salários MENSAIS !

Poder Executivo (EUA)
Presidente: US$ 400 mil, US$ 50 mil em conta de despesas, US$ 100 mil não taxável para viagens, US$ 19 mil em conta oficial para entretenimento e moradia;
Presidente aposentado: US$ 150 mil de pensão, mais US$ 150 mil para manter os funcionários;
Ex-primeira dama: US$ 20 mil;
Vice-presidente: US$ 208.100, US$ 10 mil em conta de despesas e moradia;
Membro do gabinete presidencial (ou seja, ministro de defesa, promotor geral, etc.): US$ 157 mil.
Poder Legislativo (EUA)
Presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos: US$ 208.100
Presidente temporário do Senado: US$ 180.100
Líderes majoritários e minoritários do Senado e da Câmara dos Deputados: US$ 180.100
Outros senadores e representantes: US$ 162.100
Poder Judiciário (EUA)
Presidente da Suprema Corte dos Estados Unidos: US$ 208.100
Juízes associados da Suprema Corte: US$ 199.200
Juízes chefes: US$ 171.800
Juízes regionais: US$ 162.100

Somos um país RICO sem dúvida...!
Basta ressuscitar a velhinha, mas pelos vistos revolucionária, Lei 2105/60 assinada há 50 anos por Oliveira Salazar.

AFINAL, QUEM SÃO OS FASCISTAS?
Fernando Tavares

sábado, 23 de novembro de 2013

Quanto é que o cidadão e político Pedro Passos Coelho já descontou para a Segurança Social e/ou ADSE?


                   Foto retirado daqui:

FALEMOS SÉRIO!!!

Pedro é o trato que usarei para me dirigir a ti, naquilo que há para falarmos sério. Porque sou veterana, apesar de ter consciência de que não somos amigos.
Não és meu amigo, como me trataste, hipocritamente e de forma quase insultuosa, na tua mensagem de Natal. Eu não sou tua amiga, porque não tenho como amigos quem me insulta, quem procura humilhar-me, que mente e me tira o que a mim me pertence. Amigos respeitam-se. E eu não me sinto respeitada por ti, Pedro.
style="color: blue;">E não sou hipócrita ao dizer frontalmente o que sinto, na pele daquilo que é hoje o meu estatuto: pensionista, reformada APÓS 49 ANOS DE TRABALHO. Mais anos do que aqueles que tens de vida, Pedro.

Falemos sério, Pedro.

Porquê essa obstinada perseguição àqueles que construíram riqueza nacional ao longo de muitos anos de trabalho, enquanto tu, Pedro, crescias junto de pais que, creio, trabalhavam para tudo te darem, e que hoje não valorizas como esforço enquanto cidadãos e enquanto pais?

Porquê essa perseguição obsessiva àqueles que construíram um país de verticalidade, de luta e resistência, enquanto caminhavas nas hostes dos boys de um partido disponível para compensar aqueles que gostam de “engrossar” a voz, mesmo que desrespeitando os que tudo fizeram pela conquista do espaço democrático, onde cresceste em liberdade? Uma liberdade conquistada, muito suada, e por isso ainda mais digna de ser respeitada.

Respeito, Pedro, é o que se exige por aqueles que hoje persegues, lesto e presto sem sentido, como que procurando um extermínio que não ousas confessar.
Falemos sério, Pedro. É tempo de falares sério, apesar do descrédito em que caíste. E falemos sério sobre reformas, sobre pensionistas e sobre Segurança Social.
Não fales sobre o que desconheces. Não te precipites no que dizes. Não sejas superficial, querendo parecer profundo apenas porque, autoritariamente, “engrossas” a voz.

Não entregues temas tão complexos ao estudo de “garotos”, virgens no saber-fazer. Não entregues estudos a séniores que, vendendo a alma ao diabo, se prestam a criar cenários encomendados, para servirem os resultados que previamente lhes apresentaste, Pedro. E os resultados são, como podemos avaliar, desastrosos, Pedro. Económica e socialmente.
Vamos falar sério, Pedro. Não porque tu o queiras, mas porque eu não suporto mais a humilhação que sinto com as falsidades ardilosas lançadas para o ar, sobre matérias que preferes ignorar, porque nem sequer as estudas.
A raiva cresce dentro de mim, porque atinge a verticalidade e honestidade que sempre nortearam a minha vida, Pedro. Uma raiva que queima, se silenciada, E não me orgulho disso, podes crer Pedro.
VAMOS POR FASES CRONOLÓGICAS QUE TE ACONSELHO A ESTUDAR:

a) Pedro, por acaso sabes que o sistema que hoje se designa por “Segurança Social” deriva da nacionalização – pós 25 de Abril – das “Caixas de Previdência” sectoriais, que antes existiam?

b) Por acaso sabes, Pedro, que o Estado português recebeu, sem qualquer custo ou contrapartida, os fundos criados nestas Caixas de Previdência, a partir das contribuições dos trabalhadores e dos seus empregadores?

c) Por acaso sabes que a Caixa Geral de Depósitos – Banco estatal de Valores e de credibilidade inquestionável – é, acrescidamente, património dos muitos reformados e pensionistas que hoje somos? É, Pedro, a CGD era o Banco obrigatório por onde passavam as contribuições destinadas às Caixas de Previdência, mas entregava a estas, as contribuições regulares, apenas 4, 5 e 6 meses depois. Financiando-se com estas contribuições e sem pagar juros às Caixas, Pedro?

Por isso sou contra qualquer alienação da Caixa Geral. Também está lá muito de mim. Um muito que deveria estar na Segurança Social nacionalizada…para ser bem gerida.

d) Sabes por acaso, Pedro, que o Estado Português nunca reembolsou a Segurança Social pela da capitalização que conseguiu com a “nacionalização” das Caixas, como o fez aos Banqueiros?

e) Saberás, Pedro, que a “nacionalização” das Caixas de Previdência” se deve à necessária construção de um verdadeiro Estado Social, para o qual, maioritariamente, é a Segurança Social que contribui, sem as devidas e indispensáveis contribuições do Estado?

Um Estado Social criado de base a partir dos “dinheiros” pertença daqueles que hoje são reformados e pensionistas. E que por isso exigem respeito pelo seu contributo mas, igualmente, exigem sejam bem geridos, porque ao Estado foram confiados contratualmente. Para me serem reembolsados mais tarde.

E boa gestão, Pedro, é coisa que não vejo na Segurança Social, sujeita a políticas de bastidores duvidosas e para as quais nunca fui consultada. Acredita, Pedro, os reformados, pensionistas e aposentados, sabemos o que dizemos quando afirmamos tudo isto, porque ainda temos muita capacidade – suportada por uma grande e valiosa experiência – para sermos um verdadeiro governo de bastidores. Com mestria, com sabedoria, com isenção e sem subserviências.

f) Por acaso sabes, Pedro, que a dívida do Estado à Segurança Social é superior à dívida externa, hoje nas mãos da chamada “troika”?

Pois é, Pedro, a dívida sob o comando da troika é de 78 mil milhões de Euros, é? A dívida à Segurança Social, aos milhões de contribuintes, muitos deles hoje reformados, é de 80 mil milhões de dívida. Valor que cresce diariamente, porque o Estado é um mau pagador. Uma dívida que põe em causa não só os créditos/reembolsos aos reformados e pensionistas, na forma contratada, mas igualmente as obrigações/compromissos intergeracionais.

Porque estás tão preocupado em “honrar” os compromissos com o exterior e não te preocupas em honrar os compromissos para com os credores internos que são, entre muitos, os aposentados, os reformados e os pensionistas, antes preferindo torná-los no “bombo de festins” de um governo descontrolado?

Falemos sério, Pedro. Reabilita-te com alguma honra, perante um programa eleitoral que te levou, precocemente, ao lugar que ocupas. Um lugar de representatividade democrática, que te obriga a respeitar os representados. Também os reformados, aposentados e pensionistas votam.

E falando sério, mas com muita raiva incontida, Pedro, vou dar-te o meu exemplo, apenas como exemplo de muitas centenas de milhar de casos idênticos.

a) Trabalhei 49 anos. Fui trabalhadora-estudante. E sem Bolonhas e/ou créditos, licenciei-me com 16 valores, a pulso. Nunca fui trabalhadora e/ou estudante de segunda. E fui mãe, num pais em que, na época, só havia 1 mês de licença de maternidade e creches a partir dos dois anos de idade das crianças. Como foi duro, Pedro. E lutei, ontem como hoje, para a minha filha, a tua Laura, as tuas filhas e muitas mais jovens portuguesas, terem mais do que eu tive. A sociedade ganha com isso. O Estado Social também tem obrigações pela continuidade da sociedade, pela contínua renovação geracional. Lutei, Pedro, muito mesmo e sinto muita honra nisso como me sinto orgulhosa do que conquistou a minha geração.

b) Fiz uma carreira profissional, também ela dura, também ela de luta, numa sociedade que convencionou dar supremacia aos homens. Um poder dado, não conquistado por mérito reconhecido, Pedro. Por isso tão lenta a caminhada pela “Igualdade”.

c) Cheguei ao topo da carreira, mas comecei como praticante. Sem “ajudas”, sem “cunhas”, sem “padrinhos” e/ou ajuda de partidos. Apenas por mérito próprio, duplamente exigido por ser Mulher. Um caminho que muito me orgulha e me enformou de

Valores, Honra e Verticalidade. Anonimamente, mas activa e participadamente.

d) No final da minha carreira profissional, eu e os meus empregadores, a valores capitalizados na data em que me reformei, (há dois anos) tínhamos depositado nas mãos da Segurança Social cerca de 1 milhão de Euros.

Ah! É bom que se lembre que os empregadores entregam as suas contribuições para a conta do/a seu/sua funcionário/a. Não é para qualquer abutre esperto se apropriar dele. O modelo que Churchil idealizou – e protagonizou – após a 2ª guerra mundial. Uma compensação no desequilíbrio entre os rendimentos do Capital e os do Trabalho, e que foi adoptado em Portugal ainda antes do 25 de Abril.

Quase um milhão de Euros, Pedro. Só nos últimos 13 anos de trabalho foram entregues 200 mil Euros à Segurança Social, entre mim e o empregador.

A minha pensão vem daí, Pedro. De tudo o que, confiadamente, entreguei à gestão da Segurança Social, num contrato assinado com o Estado Português. E já fui abrangida pelo sistema misto. E já participei no factor da sustentabilidade, beneficiando o Estado Social.

e)Mas há mais, Pedro. A esse cerca de 1 milhão de Euros, à cabeça dos cálculos da minha pensão, retiraram às minhas contribuições, à minha “conta”, 20%, ou seja 200 mil Euros. Como contributo para o Estado Social. Para a satisfação do compromisso que devo para com as gerações seguintes. Para o Serviço Nacional de Saúde, para um melhor bem estar da sociedade portuguesa.

E o dinheiro que se encontra – em depósito – nas mãos do Estado português através da Segurança Social, é de cerca de 800 mil Euros. Que eu exijo bem gerido e intocável.

f)Valor que, conforme os meus indicadores familiares (melhores que a média das estatísticas) da esperança de vida (85 anos em média), daria para uma pensão anual de 40.000€ actualizada anualmente pela capitalização dos meus fundos. É bom que saibas que, sobre este valor, eu pagaria cerca de 16.000€ de IRS, fora os demais impostos. Mas, por artes de uma qualquer “engenharia financeira” nunca recebi nada disto.

Mas se aquele valor, que foi criado pelas contribuições de tantos anos de trabalho, estiver nas minhas mãos e sob a minha gestão, matéria em que fui profissional qualificada e com provas dadas, eu serei uma Mulher que poderá dormir descansada, porque serei independente para mim e para ajudar filhos e netos, sem ter que acordar de noite angustiada.

É, Pedro, falemos sério e honra os compromissos que o Estado tem para comigo. Dá instruções ao Ministério da Solidariedade Social(?) para que me entregue o “meu dinheiro”. O MEU, Pedro!

E vou refazer contas:

a) De modo frio, direi que o Estado tem que pôr à minha disposição os 100% de contribuições que lhe foram confiadas, ou seja, os cerca de 1 milhão de Euros.

b) Arredondando, e muito por excesso, descontando os valores de que já fui reembolsada, o Estado português deve-me 900.000€. É esta a verba que quero que o Estado português me pague, porque é este o valor de que sou credora.

c) Gerindo eu esta verba podes crer, Pedro, que só com os rendimentos que obtenho da sua aplicação, e já depois de impostos pagos, terei mais do que o valor que tenho hoje como pensão. É simples, Pedro, e deixo de ser uma “pedra no sapato” dos governantes. Deixo de ser “um impecilho” na boca de “garotos” que não sabem o que dizem. E, de uma Mulher anónima com honra e verticalidade, que sou hoje, passo a ser uma Mulher rica, provavelmente colunável, protegida por todos os governantes, mesmo que a ética perca a sua verticalidade e a moral passe a ser podre.

MAS PORQUE É TEMPO DE FALARES SÉRIO. PEDRO, FALA AOS PORTUGUESES A VERDADE SOBRE OS ASSUNTOS QUE NOS INTERESSA

· quanto é que o cidadão e político Pedro Passos Coelho já descontou para a Segurança Social e/ou ADSE?
· quanto receberias hoje de reforma se, conforme as excepções de privilégio na lei, te reformasses?
· quanto descontam os deputados e demais políticos para a Segurança Social ou ADSE?
· qual o montante de reforma a que têm acesso, privilegiadamente, e ao fim de quantos anos de exercício da política, independentemente da sua idade?
· Quem, e quanto recebem de reforma vitalícia, ex-governantes e outras figuras políticas, só pelo exercício de alguns anos em cargos públicos?
· qual o sistema de Segurança Social que suporta estas reformas e a quem pertence esse dinheiro? São os OE’S que o suportam, ou são os “dinheiros” daqueles que contribuíram e/ou contribuem para o Sistema?
· sendo o Estado uma entidade empregadora, qual o valor da sua contribuição (%) para a ADSE ou Segurança Social, por trabalhador? E as contas, estão regularizadas?
Falemos sério, Pedro! os reformados exigem a verdade mas, igualmente, exigem respeito, por nós e pelo nosso dinheiro que, abusivamente, vai alimentando o despesismo do um Estado que vive de mordomias elitistas, acima das capacidades do país. Isso sim, Pedro !!!!!

A reformada,

M.Conceição Batista

Lx. 19/01/2013

PS – Aguardo que me seja entregue o meu dinheiro, conforme mencionei atrás. Tenho vida a organizar!






quinta-feira, 21 de novembro de 2013

E Mao Tse Tung atirava camarada Durão Barroso para campo de reeducação



O tratante (aquele que trata, e “trata-se” bem) da UE, Barroso, que também é Durão, fala para os chineses com um enorme à-vontade, maoista que foi. Diz a imprensa que “A União Europeia é o maior parceiro comercial da China e esta é o segundo parceiro da UE”. Sendo ou não uma parceria estratégica devidamente delineada o que é certo é que Barroso sentiu-se impelido a mentir aos chineses do mesmo modo que mente aos europeus. Segundo o i: “O crescimento económico na zona euro “foi pequeno”, mas a recessão “ficou para trás”, disse o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, numa entrevista difundida hoje pela Televisão Central da China (CCTV).” Que a recessão ficou para trás (mentira) ele disse. O que não disse foi que muitos milhões de vidas de europeus também ficaram para trás e outras até se finaram (suicidaram, e continuam a suicidar-se) com esta crise que permite a um grande bando mafiosos roubar aos contribuintes para entregar valores públicos aos bancos… e ainda muito pior que isso – que é sabido e aqui seria fastidioso referir. Acrescenta o i que “Na entrevista, concedida ainda em Bruxelas, a propósito da próxima Cimeira anual China-União Europeia (UE), Barroso realçou também que “as dúvidas acerca do euro desapareceram”. Outra grande mentira. A UE está mais para se desintegrar que outra coisa. O euro idem. O que espanta é que este Barroso maoista de papel – como o tigre definido por Mao Tsé Tung em tempos – tudo faz para ludibriar e se fazer perdurar (e aos seus comparsas) na árvore das patacas que é aquilo a que chama União Europeia e que até nem é mais nem menos que um clube de uns quantos países ricos que estão a colonizar e a explorar os países europeus pobres. Tanto assim é que os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, para não variar. Afinal o camarada Barroso (Durão) falou para chinês ver. É a arte de enganar em toda a língua em vez de ser em toda a sela. Ai se o camarada Mao pudesse tratar da reeducação de Barroso. Certinho e direitinho que o punha a pão e água em trabalhos forçados num campo de reeducação.
Graça Pádua.....Retirado daqui

terça-feira, 12 de novembro de 2013

A ser assim é demais :..A pensão do sobrevivente Constâncio



O Zé António Saraiva passou a ter Constâncio na conta de pessoa de carácter duvidoso mal soube que ele andava a espalhar por todos os cantos da Lisboa política que os ataques que lhe faziam no "Expresso" eram tão-só uma pérfida vingança do seu director por ele o ter derrotado em partidas de ténis e de xadrez, disputadas quando ambos se encontraram nas férias.

Não conheço Vítor Constâncio ao ponto de poder emitir uma opinião abalizada sobre o seu caráter. Todavia, creio estar na posse de informação suficiente para o caracterizar como um sobrevivente.

Constâncio, que amanhã deixa a casa dos sexagenários (ficam desde já aqui os meus parabéns antecipados), sobreviveu a três anos de desastrada e cinzenta liderança do PS, cargo em que sucedeu a Mário Soares e abandonou em 1989, na sequência da sua impotência em arranjar um candidato às eleições para a Câmara de Lisboa - e após ter sido derrotado nas legislativas por Cavaco, a quem proporcionou uma inédita maioria absoluta.

Só um sobrevivente como Constâncio, depois de sair da política pela porta das traseiras, poderia construir uma brilhante carreira académica, onde cometeu a proeza de chegar a catedrático sem ter concluído o doutoramento, a par de um lucrativo périplo pelas empresas, como administrador da EDP e BPI.

Só um sobrevivente lograria, no dealbar do novo século, regressar ao cargo de governador do Banco de Portugal, que ocupou durante dez anos auferindo o bonito salário mensal de 17 372 euros, um pouco mais do que o dobro do vencimento do presidente da Reserva Federal norte-americana.

Só um sobrevivente conseguiria ser promovido a vice-presidente do Banco Central Europeu, com um salário anual de 320 mil euros e o pelouro da supervisão bancária, depois de ter sido incapaz de detetar as fraudes, aldrabices e patifarias do BPN e Banco Privado que custaram mais de cinco mil milhões de euros aos contribuintes - e de fazer orelhas moucas aos alertas feitos em devido tempo pela Imprensa.

Constâncio também sobreviveu à sua mulher, Maria José, que nos deixou a 29 de Agosto  E apesar de ganhar 26 724 euros por mês, o viúvo Vítor Manuel Ribeiro Constâncio tem automaticamente direito a uma pensão de sobrevivência no valor de 2400 euros/mês, o equivalente a 60% da pensão da falecida.

Não sei se naquele momento de dor, no meio da papelada que a agência funerária lhe passou para as mãos - onde constam os impressos solicitando o subsídio de funeral e a pensão de sobrevivência - , o viúvo Constâncio assinou este último.

Sei que ele não precisa da pensão de sobrevivência para sobreviver. Sei ainda que para sobrevivermos temos de acabar com a possibilidade de ele - bem como todas as pessoas que ganham num mês o que 90% dos portugueses não ganham num ano - receber uma pensão de sobrevivência. Sei também que seria avisado perceber primeiro o teor das alterações ao regime das pensões de sobrevivência antes de armar um banzé e ameaçar recorrer a essa nova espécie de filial de Deus na Terra que dá pelo nome de Tribunal Constitucional.

Fonte do texto

domingo, 3 de novembro de 2013

Moçambique..História Resumida



 Início da Era Cristã-A região de Moçambique é ocupada por povos bantos.   

Séc.VIII-Os árabes desenvolvem um importante entreposto comercial em Sofala, de onde exportam ouro, ferro e cobre do reino do Zimbabué. 

1489-Pêro da Covilhã foi o primeiro navegador português a chegar às costas de Moçambique.

 1498-Vasco da Gama desembarca na Ilha de Moçambique Na região existem diversas cidades-estado administradas por árabes, como Quielimane e Catembe (Maputo).  

1502-Segundo desembarque de Vasco da Gama na Ilha de Moçambique e fundação de uma feitoria. 
Moçambique fica até meados do século XVIII sob administração da India portuguesa.

 1505-Fundação da Feitoria de Sofala 1507/8-Construção do forte de de São Gabriel na Ilha de Moçambique, que se torno no principal local da ocupação portuguesa em toda a costa.  

 1510-Feitoria na Baia do Tungue. 1522-Construção da Igreja de Nossa Senhora das Muralhas.

 1540-Os portugueses estabelecem um entreposto comercial na povoação de Soyouna (Sena, nas margens do Zambeze).  

1544-Fundação de uma feitoria portuguesa, em Inhambane. 1558-Inicio da construção da Fortaleza de São Sebastião na Ilha de Moçambique. 

Séc.XVI-Os portugueses ocupam muitos dos entrepostos árabes, e progressivamente avançam para o interior de Moçambique, atingindo o reino da Monomotapa no Zambézia.

1607-Ataque frustado dos Holandeses. 1614-Fortaleza de S. Miguel de Chicoa. 

1629-O Reino da Monomapata aceita a soberania portuguesa. Construção de fortificações entre os rios Zambeze e Sanháti.   

1671-É decretada a liberdade de comércio com a cidade de Moçambique.  

Sec.XVII--Instituição dos Prazos.

1752-Subordinação directa de Moçambique à Coroa Portuguesa.  

1798-Lacerda e Almeida realiza uma expedição pelo rio Cunene, mas acaba por morrer no Cazembe (Zimbabué).  

1822-A Inglaterra tenta apoderar-se de Lourenço Marques (Maputo), apenas abandonando esta pretensão em 1875.

1869-É abolido o tráfico de escravos nas colónias portuguesas.

1869-Acordo com a Republica do Transval sobre os limites da fronteira sul de Moçambique.  

1875-Na sequência do incremento das explorações mineiras no Transval (África do Sul) são 
estabelecidos os primeiros acordos para a exportação de mão-de-obra moçambicana. style="color: red;">1884/5-Conferência de Berlim, na qual as potencias europeias dividem a África entre si. As fronteiras de Moçambique só ficam definidas em 1891.

1891-Inicio da criação das grandes companhias de Moçambique que gerem e controlam grande parte do território até final dos anos trinta do século XX. 

1894-Caminho de Ferro de Maputo à Fronteira do Tranval. A Alemanha evoca direitos de propriedade sobre a Baia de Quionga. Estes territórios só foram recuperados após a 1ª. Guerra Mundial (1914-1918).  

1895-Mousinho de Albuquerque, prende Gungunhana, o chefe dos Vátuas, em Chaimite. Os Vátuas foi um dos povos moçambicanos que mais resistiu à ocupação colonial.

1897- Morte de Magiguane, o último dos grandes chefes tradicionais moçambicanos que se opunha ao colonialismo.

 1899-Linha de Caminhos de Ferro da Beira até Untali (Rodésia Sul).Construção de outras linhas (Maputo a Goba na Suazilandia, Inhambane a Inharrine)

1907-Transferência da capital de Moçambique da Ilha do mesmo nome, para o continente.

1910-1926- Após a implantação da 1ª.República em Portugal (1910-1926), desencadeia-se um intenso esforço de desenvolvimento deste território (portos, vias de comunicação, escolas, plantações, etc). 1916-Abril. O Corpo Expedicionário Português recupera Quionga, ocupada pelos alemães em 1894. 1917-Invasão Alemã no Rovuna. Ataque a Muite outras povoações. 

1918-Linha de Caminho de Ferro de Maputo a Marracuene.  

 1919-Criação do Liceu de Lourenço Marques, por transformação da Escola Prática Comercial de 5 de Outubro.1922-Caminho de Ferro entre a Niassalandia e a Beira. 1925-Prisão de 300 trabalhadores na sequência de uma greve geral. Edição da jornal operário, O Emancipador (Maputo).  

1929-A Ditadura que governa Portugal limita o poder das grandes companhias em Moçambique.Termina o contrato com a Companhia do Niassa (1894-1929), que detinha 25% do território de Moçambique. 

1937-Inicio de grandes obras de colonização (Planos sexagenais).Inicio das linhas áreas em Moçambique (Maputo a Germinston no Transval).Criação da Escola Técnica de Lourenço Marques (Maputo). 1938-Linha de Caminhos de Ferro do Limpopo.    

 1941-Termina o contrato com a Companhia de Moçambique (1891-1941), a últimas das denominadas companhias magestáticas que controlavam 2 terços do território.  

1947-Linha aérea de Maputo a Lisboa. 1948-Prisão em Maputo de centenas de negros que são deportados para S. Tomé e Princípe.    

1949-Fundação em Maputo, por Eduardo Mondlane e outros, do Núcleo dos Estudantes Secundários Africanos.    

1959-Fundação do MANU- União Nacional Africana de Moçambique. 1960-16 de Junho. Massacre de Mueda (17mortos).Fundação em Salisbúria da UDENAMO (União Nacional Democrática de Moçambique).A Assembleia Geral das Nações Unidas, a 14 de Dezembro, proclama a Declaração à Independência dos Territórios portugueses e Povos sujeitos ao Domínio Colonial.  

1961-Abolição legal das diferenças de estatuto entre indigenas e assimilados (Dec.-Lei 43.893 (6 de Setembro).Condenação por 90 votos contra 3, pela Comissão de Tutela da ONU, da política colonial portuguesa (13 de Novembro)Fundação no Malawi da UNAMI (União Africana de Moçambique Independente). 

1962-Fundação da Frelimo, pela fusão de três movimentos de libertação (UDENAMU, MANU e UNAMI).Eduardo Mondlane é eleito presidente da Frelimo (25 de Junho)..I Congresso da Frelimo em Dar-es-Salam (23 de Setembro)Os anos 60 marcam um período de grande desenvolvimento económico em Moçambique

1963-Fundação de um novo movimento político denominado FUIPAMO (Frente Unida Anti-Imperialista Popular Africana de Moçambique (21 de Maio).Greve dos estivadores em Maputo, Beira e Nacala (Agosto).  

1964-Inicio da Guerra de Libertação.As operações começam em cinco distritos: Cabo Delgado, Niassa, Tete, Zambézia e Moçambique, tendo falhado nas três ultimas.. 

1965-É dissolvido o Centro Associativo dos Negros de Moçambique (15 mil associados).

 1967-1968-Inicio da Construção de Cabora Bassa. Abertura de novas frentes de guerrilha da Frelimo nos distritos de Tete e Zambézia.

1969-Conferência Internacional de Solidariedade para com o povos das Colónias Portuguesas e da África Austral, em Kartum (18 de Janeiro).Assassinato de Eduardo Mondlane em Dar-es-Salam (3 de Fevereiro).Formação de um triunvirato formado por Samora Machel, Marcelino Santos e Uria Simango (Abril).Uria Simango é suspenso do triunvirato (5 de Novembro).   

1970-Conferência Internacional de Solidariedade para com o povos das Colónias Portuguesas, em Roma (26 de Julho).Os dirigentes dos principais movimentos de libertação das colónias portuguesas são recebidos em audiência pelo Papa Paulo VI (1 de Julho).Nomeação de Samora Machel e Marcelino dos Santos para presidente e vice-presidente da Frelimo (14 de Maio).

1972-A 16 de Dezembro, as tropas portuguesas cometem em wiriyamu (Tete), uma das piores chacinas desta guerra que travam contra a Frelimo. Uma aldeia inteira é exterminada. O massacre impressiona profundamente a comunidade internacional.

1974-25 de Abril. Derrube da ditadura em Portugal. Estão criadas as condições para o reconhecimento da Independência de Moçambique. Costa Gomes (membro da Junta Militar que governa Portugal) visita Moçambique.A Frelimo intensifica as acções de guerrilha, tirando partido da fragilidade da indefinição política que reina em Portugal.Aumenta o número de militares portugueses que se recusam a combater.No inicio do mês de Junho, em Lusaca, o ministro português Mário Soares e o dirigente da Frelimo Samora Machel iniciam contactos exploratórios com vista ao estabelecimento do cessar fogo e à independência de Moçambique.>22 de Julho. A estrutura coordenadora política dos militares portugueses em Moçambique (MFA), solicita a Lisboa a independência imediata deste território e a sua entrega à Frelimo.30 de Julho a 2 de Agosto. Conversões em Dar-es-Salam, entre o ministro português Melo Antunes e a Frelimo)Sabe-se que(clic para ouvir) uma companhia portuguesa, em Omar (norte de Moçambique), na ausência do seu comandante entrega-se à Frelimo e é conduzida prisioneira para a Tanzânia.                                                                                                       

O caso espelha a desmoralização em que se encontravam as tropas portuguesas.Portugal reconhece perante o secretário-geral da ONU, em Lisboa, o direito de Moçambique à Independência.14 de Agosto. Novo encontro entre um delegação do governo português e a Frelimo, em Dar-es-Salam.A delegação portuguesa é constituída por Mário Soares, Melo Antunes e Almeida Santos.5 a 7 de Setembro. Uma delegação do governo português e outra da Frelimo estabelecem em Lusaca, os termos do Acordo sobre a Independência de Moçambique. O Acordo foi assinado pelo presidente da República portuguesa a 9 de Setembro.7 a 17 de Setembro. Rebelião, em Maputo e na Beira contra os termos do Acordo de Lusaca. A comunidade portuguesa em Moçambique e muitos outros moçambicanos sente-se lesada com o processo. Registam-se dezenas de mortes e destruições. Muitos portugueses residentes em Moçambique partem na altura para a África do Sul e Rodésia.10 de Setembro. As tropas portugueses começam a transportar militares da Frelimo para vários pontos de Moçambique tendo em vista, evitar situações de vazio de poder em todo o território e possíveis desacatos.21 de Setembro. Toma posse um governo de Transição, presidido por Joaquim Chissano.No dia 21 de Outubro, elementos armados da Frelimo envolvem-se em confrontos com comandos das forças militares portuguesas, provocando diversos mortos em Maputo.  

 1975-Fins de Maio. Samora Machel regressa a Moçambique.Independência de Moçambique a 25 de Junho, conforme o estabelecido nos Acordos de Lusaca. Samora Machel é o primeiro presidente da república.É estabelecido um regime de partido único, a Frelimo. Inicia-se um processo de construção de um Estado Socialista. Os principais sectores económicos do país são nacionalizados. O governo moçambicano apoia os movimentos nacionalistas que na África do Sul e no Zimbabué lutavam contra os regimes racistas. As fonteiras do Zimbabué (antiga Rodésia) são fechadas.Fundação da Renamo, o movimento de resistência ao regime monopartidário marxista que se instalara em Moçambique. A Renamo conta inicialmente com o apoio da Rodésia, África do Sul e indirectamente dos EUA.. A Renamo capitaliza em seu benefício os descontentamentos populares, sobretudo nos meios rurais.Fecho das fronteiras com a Rodésia, decisão que se mantém até 1980.Apoio à luta de libertação do Zimbabué.                                                                                                                                 

  1977-Inicio da guerra civil. Até 1992 esta guerra devasta o país e conduz à morte 1 milhão de pessoas e mais de 3 milhões de refugiados.A guerra civil provoca uma paralesia da educação, saúde e da agricultura.Inicio de grandes secas que se prolongam até 1978, produzindo um número indeterminado de vítimas.  
1980-A África do Sul apoia a Renamo.Chegada das tropas do Zimbabué para controlar as oleodutos e linhas ferroviárias entre Mutare e a Beira.Estas tropas só sairão de Moçambique em 1993.As secas que ocorrem entre 1982 e 1984, provocam mais de 100 mil mortos e deixam à fome cerca de 4 milhões.   

1984-Acordo de Nkomati. Moçambique deixa de dar apoio ao ANC e a África do Sul à Renano.As cheias neste ano desalojam 50 mil pessoas e destroem grande parte das colheitas.   

1986-Morte de Samora Machel num desastre áereo. Joaquim Chissano é o novo presidente de Moçambique.A Renamo declara guerra ao Zimbabué.A Tanzânia envia tropas para Moçambique para apoiar o governo. 
1987-Agosto. Massacre das populações de Homoine (cerca de 400 mortos) e do Manjacaze (c.80).

1988-Abre-se de novo a possibilidade da emigração dos moçambicanos para as minas da África do Sul.Grandes cheias, as últimas haviam sido em 1985..

1989-A derrocada do bloco da ex-União Soviética provoca uma ruptura nos apoios aos regimes marxistas em todo o mundo, o que se reflecte em Moçambique.A Renamo não tarda em perder os seus apoios no Zimbabué e na África do Sul.A Frelimo abandona o marxismo-leninismo.Inicio de conversões entre a Renamo e a Frelimo, em Roma, sob a égide do Quénia e do Zimbabué.

1990-Introdução de um sistema multiparditário. Abertura do país à economia de mercado. 

1991-Inicio da fome em grandes áreas de Moçambique.4 de Outubro. Assinatura, em Roma, de um tratado de paz entre o governo e a Renamo, pondo fim a 16 anos de guerra civil .Na altura da assinatura a Renamo controlava cerca de 20 % do território.  

1992-Dezembro-A ONU envia para Moçambique forças para a manutenção da paz.Continua a seca de 1991, afectando uma grande parte do território Moçambicano.

1993-Retirada das forças do Zimbabué e que auxiliavam o governo a controlar as vias de comunicação entre a Beira e o Limpopo.Agosto.A ONU lança um programa de repatriamento para refugiados que termina em Maio de 1995 (cerca de 1 700 000 refugiados serão repatriados para Moçambique).  

 1994-27 e 29 de Outubro.Eleições democráticas. A Frelimo é o partido mais votado para o parlamento, e Joaquim Chissano para a presidência da república.O novo governo dirigido por Pascoal Mocumbi, tem pela frente uma enorme tarefa, a reconstrução do país. A reintegração dos guerrilheiros e o controlo do banditismo estão na ordem do dia.Grandes secas que se prolongam por 1995, produzindo milhares de vítimas.

1995-Março. As instituições internacionais acordam num plano de reformas económicas e de diminuição da pobreza. A divida externa do país é elevadissima, assim como as assimetrias de desnvolvimento. 

1996-Moçambique adere à Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLOP). 

1998-Tensão nas relações entre o Presidente Chissano e o chefe da Renamo, por ocasião das eleições municipais.9 de Março.Joaquim Chissano e Afonso Dhlakama encontraram-se para debaterem divergências sobre alegadas irregularidades no processo relativo a preparação das primeiras eleições autárquicas.Junho.Realizam-se as primeiras eleições autárquicas nas principais cidades do país, mas sem a participação da Renamo, que não reconheceu os resultados.

1999-3 e 5 de Dezembro.Novas eleições legislativas e presidenciais. A Frelimo e Joaquim Chissano são novamente declarados vencedores, mas a Renamo - união eleitoral recusa-se a aceitar os resultados, declarando que houve fraude. 

2000-Fevereiro e Março.Grandes cheias. Para além de um número considerável de vítimas, as frágeis estruturas económicas são duramente afectadas.A Renamo promove diversas manifestações pelo país.Em consequências de confrontos com a polícia morrem 40 manifestantes.A oposição exige a recontagem dos votos das eleições de 1999.22 e 23 de Novembro.Perseguições e detenções pela polícia de membros dos partidos da oposição. Cerca de uma centena de detidos morre na cadeia de Montepuez, na província de Cabo Delgado (norte).20 de Dezembro.Iniciam-se novas conversações entre o presidente moçambicano Joaquim Chissano e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, como resultado das pressões da sociedade moçambicana e da comunidade internacional, nomeadamente da União Europeia, tendo os dois líderes anunciado reuniões subsequentes e terminado o encontro com um simbólico aperto de mão. 

2001-19 de Fevereiro.Conversações entre a Renamo e o Presidente Chissano, para analisar as reivindicações deste movimento político.As conversões posteriores apenas serviram para aprofundar as respectivas divergências, nomeadamente sobre as alterações pontuais à Constituição da República. 
Trechos retirados da internet ,sendo propriedade de quem os publicou!....
Compilados e publicados por :José do Rosário
Ficamos por aqui....

Sobre a  1.ªCompanhia de Cavalaria  do Batalhão  8421, que se rendeu à Frelimo, estou a recolher dados para talvez publicar um artigo!
Das muitas informações já recolhidas,diz-se que a atitude destes militares provocou sérias situações aos negociadores em Dar-Es- Salam e Lusaca. Diz-se que quando o general Spinola teve conhecimento ....até  chorou....