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sábado, 31 de julho de 2010

Desconfie dos testes de stresse, aos bancos!...


Os resultados dos testes de resistência ao stresse dos bancos, publicados a 23 de julho, são muito positivos. Demasiado, para a maior parte dos jornais europeus, que temem que a vontade política de tranquilizar os mercados conduza à situação inversa.
Foram testados 91 bancos, 84 dos quais aprovados pelos supervisores. Os resultados dos testes de resistência em situação de stresse financeiro efetuados pelas autoridades bancárias europeias e nacionais, publicados em 23 de julho, traçam uma paisagem bancária europeia estável e de boa saúde.
"Todos ficaram surpreendidos com o bom estado dos bancos", salienta o diretor-adjunto de El Mundo, Casimiro Garcia Abadillo, que se surpreende por os testes revelarem uma necessidade de financiamento de "apenas 3,5 mil milhões de euros!". No entanto, apesar da satisfação manifestada pelo Banco Central Europeu, pela Comissão Europeia e pelos diversos governos da UE, a operação não parece ter tranquilizado os observadores.
“Os países europeus conseguiram o contrário do que desejavam”, ressalta De Volkskrant. “Em vez de gerar confiança e calma, os testes de resistência provocaram desconfiança e mais stresse no setor financeiro europeu. Porque enquanto não houver unanimidade sobre a qualidade do teste, não haverá certezas sobre a estabilidade dos bancos europeus. Do outro lado do oceano, os norte-americanos sorriem com desdém”.

Um exercício cínico

“Testes sem stresse ou como os banqueiros empolam o seu moral”, ironiza o Gazeta Wyborcza, para o qual os testes são apenas “um sucesso de propaganda”. O diário de Varsóvia considera que os critérios para o exercício (baixa das euro-obrigações gregas de 20%, queda de 20% dos índices bolsistas) eram irrealistas e que é claro que os supervisores europeus fixaram condições de modo “a não prejudicarem os bancos europeus”. Se esperavam que os investidores mordessem o isco e começassem a comprar títulos dos bancos, enganaram-se: a credibilidade dos bancos não vai subir. “Pior”, previne o jornal, “certos investidores podem pensar que, se os responsáveis europeus fizeram tanto esforço para montar este espetáculo, é porque existem muitos esqueletos nos armários dos bancos europeus”.
No Financial Times, Wolfgang Münchau é ainda mais duro. “O objetivo deste exercício cínico era fingir que a UE está a resolver um problema, o que não é o caso”, escreve o cronista, que acusa os supervisores de excluírem dos testes algumas instituições financeiras e, sobretudo, de não terem fixado critérios estritos. Em especial, Münchau, como muitos comentadores, observa que os testes não tiveram em conta a hipótese, no entanto realista, de falta de pagamento por parte de um Estado.
“Os testes seguem um esquema evidente desde o início da fase aguda da crise financeira, em setembro de 2008”, acrescenta o jornalista do FT. “As diligências da UE junto do setor financeiro limitaram-se a proceder a uns arranjos – recuperação financeira geral, planos não muito sérios de recapitalização e montes de liquidez –, em vez de resolverem o problema (…) Enquanto em Madrid os testes fazem parte de um compromisso político para resolver os problemas dos bancos, o caso não se verifica noutros países. Um teste de resistência ao stresse financeiro sem uma estratégia para resolver os problemas, que é o que falta fora de Espanha, é totalmente vão.” Casimiro Garcia Abadillo observa que, efetivamente, “neste cenário de sinceridade positiva, o Banco de Espanha alargou à totalidade do setor bancário espanhol o ‘striptease’ solicitado pelos governos dos diferentes países, enquanto que o BCE só pedia um ‘topless’”.

Resta observar a reação dos mercados

Se houve stresse entre as autoridades bancárias, é porque “os controladores-chefes europeus receberam dos políticos a imposição de um teste cujo valor de prova é limitado e que não queriam”, constata, por seu lado, o Handelsblatt. O diário económico alemão observa que só controlos individuais e orientados sobre um banco em especial permitem avaliar realmente a sua capacidade para enfrentar riscos. Aliás, há muito que os bancos alemães são supervisionados dessa forma. Daí a esperança do Handelsblattde que “esta coisa permaneça um caso isolado e não se imponha como ritual anual”.
No final de contas, ainda que "a publicação dos testes de resistência ao stresse financeiro tenha, de facto, dado aos mercados tantas perguntas como respostas", La Tribune reconhece, contudo, o seu interesse. Porque fornecem aos investidores informações extremamente detalhadas dos 91 bancos europeus, nomeadamente no que diz respeito ao seu nível de exposição às diferentes dívidas soberanas. Assim, afirma o diário económico francês, "os investidores distinguirão entre os que passaram nos testes de mãos ao alto e os outros". E agora, conclui o Jornal de Negócios, “a reação dos investidores nos próximos dias dirá como contribuíram os testes para a tendência de reanimação que já se desenhava na Zona Euro.”

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Porque se endivida o Estado no estrangeiro?


Perante a grave crise que afecta o nosso país, há uma pergunta que importa fazer: porque razão o Estado Português endivida-se no estrangeiro a 6% mas aos seus cidadãos paga menos de 1% pelos Títulos da Dívida Pública (Certificados de Aforro)?
A resposta reside no que se passou neste instrumento de dívida pública nos últimos dois anos. O Estado cortou a taxa de juro e acabou com a série B (que não tinha resgate obrigatório e dava 2% de prémio de permanência) e criou a muito pouco atractiva série C. Esta estranha opção foi acompanhada pela comunicação social que muito divulgou a pouca atractividade dos certificados de aforro, esquecendo-se, porém, de referir o citado prémio de permanência que tornava este produto no mais atractivo depósito a prazo. Mesmo hoje, a actual série C, a partir do 2.º ano, é a melhor proposta do género no mercado, mas ninguém refere isso.
Porém, a propaganda de denegrição dos certificados de aforro (Verão de 2008) levou a que muitos aforristas levantassem todo o seu dinheiro e o depositassem em dois bancos que ofereciam soluções de aforro muito favoráveis: o Banco Privado Português e o Banco Português de Negócios…
Importa pois perguntar, ou melhor, averiguar, se a decisão do Governo em cortar nas condições dos certificados de aforro se deveu, não ao superior interesse da Nação, mas à pressão deste sector bancário que já nesse Verão tinha uma certa “falta de liquidez” e viu na enorme massa dos certificados de aforro um apetecível tesouro para aplicar aos seus negócios desastrosos, como se viu pouco tempo depois.
Mas falando de futuro, o Estado tem uma forma fácil de se financiar. Em vez de se endividar nas praças internacionais a 6%, ofereça aos seus cidadãos um juro de 3% numa série D dos certificados de aforro, proposta que seria, de longe, a melhor oferta do género no mercado. Desta forma o Estado pouparia 50% em juros, prescindia de ter de amortizar de uma só vez a totalidade da sua dívida e, mais importante que tudo, endividava-se dentro de portas, junto dos seus cidadãos.
Muito lógico, é certo, duvido é que os bancos deixem?

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Fascismo de ontem e socialismo de hoje! Portugal 2010........



Acabemos de vez com este desbragamento, este verdadeiro insulto à dignidade de quem trabalha para conseguir atingir a meta de pagar as contas no fim do mês.
 Corria o ano de 1960 quando foi publicada no "Diário do Governo" de 6 de Junho a Lei 2105, com a assinatura de Américo Tomaz, Presidente da República, e de A. Oliveira Salazar, Presidente do Conselho de Ministros.
 Conforme nos descreve Pedro Jorge de Castro no seu livro "Salazar e os milionários", publicado pela Quetzal em 2009, essa lei destinou-se a disciplinar e moralizar as remunerações recebidas pelos gestores do Estado, fosse em que tipo de estabelecimentos fosse. Eram abrangidos os organismos estatais, as empresas concessionárias de serviços públicos onde o Estado tivesse participação accionista, ou ainda aquelas que usufruíssem de financiamentos públicos ou "que explorassem actividades em regime de exclusivo". Não escapava nada onde houvesse investimento do dinheiro dos contribuintes.
 E que dizia, em resumo, a Lei 2105?
 Dizia simplesmente que quem quer que ocupasse esses lugares de responsabilidade pública não podia ganhar mais do que um Ministro.
Claro que muitos empresários logo procuraram espiolhar as falhas e os buraquinhos por onde a Lei 2105 pudesse ser torneada, o que terão de certo modo conseguido pois a redacção do diploma permitia aos administradores, segundo transcreve o autor do livro, "receber ainda importâncias até ao limite estabelecido, se aos empregados e trabalhadores da empresa for atribuída participação nos lucros".A publicação desta lei altamente moralizadora, que ocorreu no período do Estado Novo de Salazar, fará muito brevemente 50 anos.Em 13 de Setembro de 1974, catorze anos depois da lei "fascista", e seguindo sempre as explicações do livro de Pedro Castro, o Governo de Vasco Gonçalves, militar recém-saído do 25 de Abril, pegou na ambiguidade da Lei 2105/60 e, pelo Decreto Lei 446/74, limitou os vencimentos dos gestores públicos e semi-públicos ao salário máximo de 1,5 vezes o vencimento de um Secretário de Estado. Vendo bem, Vasco Gonçalves, Silva Lopes e Rui Vilar, quando assinaram o Dec.-lei 446/74, pura e simplesmente reduziram os vencimentos dos gestores do Estado do dobro do vencimento de um Ministro para uma vez e meia o vencimento de um Secretário de Estado. O Decreto- Lei 446/74 justificava a alteração nos referidos vencimentos pelo facto da redacção pouco precisa da Lei 2105/60 permitir "interpretações abusivas", o que possibilitava "elevados vencimentos e não menos excessivas pensões de reforma".Ao lermos hoje esta legislação, parece que se mudámos, não de país mas de planeta, pois tudo isto se passou no tempo do "fascismo" (Lei 2105/60) e do "comunismo" (Dec.-Lei 446/74). Agora, está tudo muito melhor, sobretudo para esses "reis da fartazana" que são os gestores estatais dos nossos dias: é que, mudando-se os tempos mudaram-se as vontades e, onde o sector do Estado pesava 17% do PIB, no auge da guerra colonial, com todas as suas brutais despesas, pesa agora 50%. E, como todos sabemos, é preciso gente muito competente e soberanamente bem paga para gerir os nossos dinheirinhos.
Tão bem paga é essa gente que o homem que preside aos destinos da TAP, Fernando Pinto, que é o campeão dos salários de empresas públicas em Portugal (se fosse no Brasil, de onde veio, o problema não era nosso) ganha a monstruosidade de 420.000 euros por mês, um "pouco" mais queHenrique Granadeiro, o presidente da PT, o qual aufere a módica quantia de 365.000 mensais.
Aliás, estes dois são apenas o topo de uma imensa corte de gente que come e dorme à sombra do orçamento e do sacrifício dos contribuintes, como se pode ver pela lista divulgada recentemente por um jornal semanário, onde vêm nomes sonantes da nossa praça, dignos representantes do despautério e da pouca vergonha a que chegou a vida pública portuguesa.
 Assim - e seguindo sempre a linha do que foi publicado - conhecem-se 14 gestores públicos que ganham mais de 100.000 euros por mês, dos quais 10 vencem mais de 200.000. O ex-governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, o mesmo que estima à centésima o valor do défice português, embora nunca tenha acertado no seu valor real, ganhava 250.000 euros/mês, antes de ir para o exílio dourado de Vice-Presidente do Banco Central Europeu.
 Entretanto, para poupar uns 400 milhões nas deficitárias contas do Estado, o governo não hesita em cortar benefícios fiscais a pessoas que ganham por mês um centésimo, ou mesmo 200 e 300 vezes menos que os homens (porque, curiosamente, são todos homens...) da lista dourada que o "Sol" deu à luz há pouco tempo.
 Acabemos de vez com este desbragamento, este verdadeiro insulto à dignidade de quem trabalha para conseguir atingir a meta de pagar as contas no fim do mês.
 Não é preciso muito, nem sequer é preciso ir tão longe como o DL 446/74 de Vasco Gonçalves, Silva Lopes e Rui Vilar:
 Basta ressuscitar a velhinha, mas pelos vistos revolucionária Lei2105/60, assinada há 50 anos por Oliveira Salazar.


Fontes : retirado da net



terça-feira, 20 de julho de 2010

Estes ricaços portugueses são velhacos e vaidosos!

Com uma boa parte da população trabalhadora Portuguesa em dificuldades, os burgueses cá do burgo compram carros das marcas Porsche e Jaguar.
Em 2010 vamos ter um crescimento recorde, nunca visto em Portugal», disse o responsável de marketing da Porsche em Portugal, Nuno Costa, que acredita que a marca alemã vai vender este ano mais de 300 viaturas, que custam entre 66 e 273 mil euros.
Se vivêssemos num país em que houvesse justiça e um governo atento e com vontade de resolver as dificuldades que este país atravessa a medida que se  impunha era averiguar, como em tempo de crise financeira e económica este senhores arranjam tanto dinheiro, para comprar carros que custam uma fortuna. Será que entre os que compram estes bólides, para  ostentarem em frente da miséria dos outros ....não estarão alguns empresários , que fecharam as empresas por culpa da crise. Quando estas noticias aparecem,   a raiva cresce e as pessoas vão desabafando através de comentário nos jornais e noutros meios de comunicação ,o que faz prever, que um dia algo muito mau poderá acontecer.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O estado da Nação! Ou a Nação em risco de deixar de ser Estado!


                                                                                                                                                                    Quem lê e ouve os média, depara com análises e opiniões sobre a situação económica de Portugal .Ás vezes  contraditórias, mas todos deixam antever que estamos no limite e à beira do abismo. O que me arrelia é que alguns dos analistas passaram pelo poder e não deixaram nada feito que impedisse que chegasse-mos a esta grave situação e agora aparecem qual anjinhos celestiais, como se não tivessem responsabilidades.Por outro lado os portugueses, dizem mal, fazem barulho com manifestações,e de preferência à sexta-feira,  tudo controlado não vá o diabo tece-las .
Como dizia Eça de Queirós no seu tempo .....isto não é um País, é um sítio mal frequentado. Hoje preocupam-se mais,  com  futebóis e com a vida privada  das estrelas. Na hora de decidir, se é que há escolha, escolhem mal.
Por mim acho que todos os intervenientes na governação deste país já demonstraram o que valem. O que este  Portugal precisa,  é do slogan e da atitude usadas por Jânio Quadros  na sua campanha ás presidenciais do Brasil nos anos 60, correr com os  corruptos e oportunistas à vassourada,..... à falta, de melhor  utensílio!................. .
A continuar-mos com estes políticos, a Nação Portuguesa, pode  estar em causa e Portugal,.... perder a sua independência ,se é que não a perdeu há muito!.........