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sábado, 29 de novembro de 2014

Mas não há crise, para quem faz comentários nas televisões


«O império dos comentadores onde quem manda são OS políticos» é o título de um artigo publicado há algum tempo no Público, que se mantém actual  e que contém alguns números estonteantes.

 Para começar este: «Se aos quatro canais generalistas se juntarem OS canais de informação portugueses no cabo (RTP Informação, SIC Notícias e TVI 24), é possível assistir a 69 horas de comentário político por semana. O equivalente a quase três dias completos em frente à televisão.» Que ninguém se queixe de falta de interesse das televisões pela política: mais do que isto só futebol!
 Dos 97 comentadores com presença semanal na televisão, 60 são actuais ou ex-políticos. Sem espanto, em termos de número de comentadores, o primeiro lugar do pódio é ocupado pelo PSD, seguido pelo PS e pelo CDS. E embora o PCP tenha mais deputados na Assembleia DA República do que o Bloco, este está quantitativamente melhor representado.
 Mas OS números de facto impressionantes, se verdadeiros, são alguns (poucos) que são divulgados quanto à maquia que estes senhores levam para Casa. E se não me suscita qualquer aplauso o facto de José Sócrates ter querido falar pro bono na RTP, considero um verdadeiro escândalo que Marcelo Rebelo de Sousa ganhe 10.000 euros / mês (mais do que 20 salários mínimos por pouco mais de meia hora por semana a dizer umas lérias), Manuela Ferreira Leite metade disso e que Marques Mendes tenha preferido passar para a SIC por esta estação ter subido a parada DA TVI que só lhe propunha 7.000. Claro que estamos a falar de estações privadas, em guerras de concorrência. Mas algo de muito estranho e esquizofrénico se passa num país quando o valor de mercado destes senhores é deste calibre. Estaremos em crise, mas comentá-la compensa e recompensa,  e de que maneira!

AINDA HÁ MAIS

Os programas desportivos (trio de ataque, o dia seguinte, prolongamento, contra golpe, etc ) têm comentadores que defendem interesses instalados e não fazem análises honestas e isentas.
A maioria dos comentadores estrategicamente colocados são medíocres, intelectualmente desonestos e incompetentes.
Pasme-se auferem uma média de 1250 euros por programa de uma hora, ou seja, 5000 euros por mês.

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No Publico:
  

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Foi hoje.. 27/11/2014...Cante Alentejano Património Cultural e Imaterial da Humanidade

Não é Alentejano quem quer. Ser Alentejano não é um brasão é um Dote. Não se cria um Alentejano....nasce-se e é-se Alentejano.


Aquilo que para muitos fica muito longe, para os Alentejanos é logo Ali.

Levou tempo ,mas conseguimos, ...Viva o Alentejo e os Alentejanos!

E não esquecer.. que nós os Alentejanos, antes de ser-mos Portugueses, já éramos Alentejanos.


Parabéns aos que batalharam para que isto acontecesse! 














quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Estes ajudaram a erguer o país, e muitos até foram à guerra





Estes ajudaram a erguer o país, e muitos até foram à guerra em nome desse mesmo país.
Mas agora são gente pacífica, de físico debilitado e cujas vozes não chegam ao céu.
Não ameaçam ninguém, não paralisam o trabalho e já não cumprem os padrões de produtividade exigidos.
Adoecem mais do que os outros, e são considerados um fardo para a sociedade pelo que custam em tratamentos.
Não trabalham para pagar o que gastam, embora já antes tivessem trabalhado para pagar o que recebem.
O poder político desse país entende que vivem acima das suas possibilidades e que por isso são uma dor de cabeça.
Acha mesmo que seria mais fácil governar se eles não existissem.
Conclui assim pela sua inutilidade, que estão a mais, que são descartáveis.
Não se importa de lhes dificultar o acesso à saúde, porque é indiferente que morram mais cedo.
Talvez seja até preferível, porque morrendo mais cedo ajudam a melhorar o exercício orçamental.
Sendo alvos fáceis e dóceis, sem capacidade contestatária e sem instrumentos de pressão, nada custa retirar-lhes direitos e regalias antes julgados vitalícios.
Sendo solidários e ajudando os familiares mais carenciados, não recebem em troca a solidariedade do poderes públicos.
Pelo contrário, são os primeiros na linha de fogo, e quando o poder sente alguma aflição financeira é a eles, e muitas vezes só a eles, que começa por retirar as verbas necessárias.
Mesmo que a suprema autoridade judicial se interponha, declarando ilegal tal prática, os governantes não se sentem na obrigação de acatar a restrição, antes a contornam e insistem no mesmo.
E insistem retirando-lhes ainda mais verbas, e retirando a mais vítimas do que antes tinham feito.
Não dizem que aumentam o confisco, mas que estão a recalibrar.
Dizem também que não é um imposto, quando tem toda a forma de um imposto – e um imposto agravado.
Um imposto que se aplica apenas ao tal grupo, e não a todos os contribuintes do país.
Esse grupo são os velhos, e o país, onde não há lugar para velhos, chama-se Portugal.
É um país descalibrado, onde manda muita gente sem calibre.

O Escritor, Jornalista e meu Amigo Joaquim Vieira, dispensou-me amavelmente este seu Artigo, que ontem foi por ele lido na ANTENA 1:

                                                 Por:Victor Neves.






Recebido por Email

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

UM GRANDE HOMEM QUE NOS DEIXA! ANTHÍMIO JOSÉ DE AZEVEDO



FALECEU ANTHÍMIO JOSÉ DE AZEVEDO
Anthímio José de Azevedo, retirada de http://picosderoseirabrava.blogspot.pt/2012/03/foi-em-1957.html2014-11-17 (IPMA)
Faleceu hoje Anthímio José de Azevedo, um dos maiores profissionais portugueses de meteorologia e grande divulgador da meteorologia e da física do clima. O desaparecimento de Anthímio de Azevedo deixa a meteorologia nacional de luto, e em especial o Instituto Português do Mar e da Atmosfera onde desenvolveu uma grande parte da sua atividade profissional, e onde foi um dirigente relevante.
Por indicação da família solicitamos contudo que a privacidade seja assegurada, neste momento difícil para todos, em que parte aquele que foi para muitos a cara da meteorologia portuguesa.
Nota Biográfica
Anthímio José de Azevedo nasceu em Ponta Delgada, na Ilha de São Miguel, Açores, a 27 de Abril de 1926. Frequentou o Liceu Antero de Quental e a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde se formou em Ciências Geofísicas. Meteorologista de profissão, tornou-se um dos rostos mais conhecidos da televisão, tendo dado a cara pela meteorologia portuguesa na televisão pública desde 1 de Novembro de 1964 a 1967, de 1971 a 1977, e de 1981 a 1990, altura em que este serviço foi interrompido pela primeira vez, apesar dos protestos dos espetadores.
Anthímio de Azevedo teve um extenso percurso profissional no Serviço Meterorológico Nacional e no Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, predecessores do atual Instituto Português do Mar e da Atmosfera. Foi diretor do Serviço Meteorológico da Guiné de 1967 a 1971 e de 1976 a 1977, neste período como perito da Organização Meteorológica Mundial, tendo coordenado a organização do novo Serviço Nacional e a formação dos seus quadros. Foi ainda Delegado Nacional ao Grupo de Códigos da Organização Meteorológica Mundial (1975-1990) e ao Grupo de Meteorologia do Comité Militar da OTAN (1986-1992). O último cargo institucional foi o de diretor do Serviço Regional dos Açores, na sua terra de nascimento e de coração.
Ao longo da sua atividade profissional acompanha a modernização da meteorologia moderna, transformada numa atividade essencialmente assente em observação da Terra, modelação numérica e análise. Numa entrevista dada em Setembro de 2010 considera: “Deu-se um grande salto no tempo de análise e previsão. Quando começamos a trabalhar com análise e previsão por computador, com as observações das 18h TUC tínhamos a previsão, para o dia seguinte, por volta das 04h. Agora, por volta das 04hTUC, temos a previsão para 4 dias e, um pouco mais tarde, para 10 dias e a 30 níveis na atmosfera. Os coeficientes de acerto no Centro Europeu de Previsão a Médio Prazo, que pode orgulhar-se da qualidade das suas previsões em áreas de previsão de outros centros, são de 96 % para 24 h, de 75% para o quarto dia e de 30% para o décimo dia”.
Após a aposentação do serviço público manteve intensa atividade de divulgação da previsão meteorológica, em particular na TVI entre 1992 e 1996. Dedicou-se à escrita e tradução de livros científicos, com foco na meteorologia e climatologia e interesse particular pela ciclogénese, os fenómenos de tempo adverso e a mudança climática. Participou em inúmeras palestras, entrevistas e ações de divulgação, sempre disponível. Anthímio de Azevedo foi durante toda a vida um apaixonado pela Meteorologia, um grande comunicador e um grande profissional.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

A nossa capital já é Luanda?


Não consigo compreender o entusiasmo com a OPA de Isabel dos Santos. Será que não entendem que defende os seus interesses, e que os interesses da oligarquia angolana nunca serão os nossos interesses?
Vamos lá ver se percebi bem. A venda da PT Portugal a uma empresa francesa é um crime de lesa-pátria. Já a venda da Portugal Telecom SGPS a uma empresária cuja fortuna é indissociável de ser filha do Presidente de Angola é uma espécie de reedição de defenestração de Miguel de Vasconcelos, de segunda Restauração.

Portugal tem coisas que não se entendem.

Durante anos a fio, a existência de uma golden share na PT só teve efeitos perniciosos: protecção da sua posição dominante no mercado, utilização da empresa para fins políticos, aventura da Oi e por aí adiante. Mesmo assim,;o professor das noites de domingo da TVI entende agora, três anos depois, que acabar com a golden share foi um erro.
Durante anos a fio não houve cão nem gato que não falasse da importância estratégica do Brasil. No dia em que, num negócio com o Brasil, está em causa o destino de uma empresa portuguesa, passa a ser necessário “enfrentar os brasileiros”, algo que só por simerece uma saúde”.
Num dia, o destino de Portugal é a Europa. No dia seguinte, o Brasil. Ou talvez não, é antes “a lusofonia” (fica mal dizer que é apenas Angola). Não há apenas desnorte na forma como se saltita de destino estratégico em destino estratégico – há também algum cheiro a ranço. Quando o professor diz que prefere Isabel dos Santos porque “prefere lusófonos  a não lusófonos, que eu não sei quem são”, não está a apenas a dizer uma coisa que pensa ser popular: está a apelar ao tipo de sentimentos pós-imperiais que sempre nos impediram de olhar para Angola como uma oligarquia condenável – o mesmo tipo de sentimentos e de estratégia que nos levou, por exemplo, a ceder à chantagem e a aceitar a Guiné Equatorial na CPLP.
Espero sinceramente que a oferta de Isabel dos Santo seja julgada pelas autoridades competentes apenas pelo que é: uma oferta que tem de fazer pela vida no mercado, convencendo accionistas e investidores (e a oferta, pelo valor que hoje tem, é uma má oferta, ficando 30% abaixo da cotação média das acções nos últimos seis meses). Mais nada. Mas temo que isso não suceda.
Ao contrário do que hoje vi sugerido em muitas notícias, não há nenhum altruísmo nesta OPA. Isabel dos Santos já tem interesses no mercado português de telecomunicações, através da NOS, e qualquer movimento de consolidação com a PT não seria bom para a concorrência e, por isso, para os consumidores. Isabel dos Santos também quer influenciar os termos das venda da quota da Oi na Unitel, a empresa de telecomunicações angolana de que também é sócia. Talvez também queira entrar a sério no mercado brasileiro, mas isso exige muito mais músculo financeiro do que 1,2 mil milhões que agora oferece. No meio disto tudo falar de “protecção da PT Portugal” e do seu “centro de inovação” é poeira para os olhos – é dizer o que algumas pessoas querem ouvir, mas não deve levar-nos ao engano.
Mas há mais e mais importante. E esse mais importante é que as posições que Isabel dos Santos já detém em Portugal não nos deixam tranquilos. Uma posição no BPI. Outra posição no BIC, o banco dirigido por Mira Amaral que ficou com os despojos do BPN. Uma quota do ex-BESA, o antigo BES Angola. Uma parceria com a Sonaecom para controlo da NOS. Uma participação indirecta na Galp. E um número desconhecido de propriedades. Pelo menos.
Não foi o génio empresarial de Isabel dos Santos que lhe permitiu ir acumulando todas essas posições – as qualidades próprias da filha do presidente de Angola sempre foram alavancadas pelo poder do pai. Muitas das posições que tem em empresas portuguesas conseguiu-as no quadro de negociações para a entrada de empresas portuguesas em Angola. Mais: é sabido que em Angola só se pode investir tendo sócios locais, e que Isabel dos Santos sempre pode escolher os melhores negócios.
A empresária tem um estilo e uma presença mais sofisticado (mais civilizado?) do que outros investidores angolanos que se distinguem pela forma como exibem as suas fortunas em restaurantes ou adquirindo apartamentos de luxo, mas isso não a distancia do seu tipo de práticas. Isabel dos Santos ainda não tem, que se saiba, investimentos em órgãos de comunicação social portugueses, ao contrário do que sucede com outros oligarcas angolanos, que já têm posições relevantes ou de controlo em jornais como o Diário de Notícias, Jornal de Notícias, i e Sol, até em rádios como a TSF, mas isso não a impediu de passar a controlar a edição da Forbes para os PALOP apenas quatro meses depois daquela revista ter publicado uma reportagem em que denunciava as origens da sua fortuna. Há quem pense que o silêncio se compra.
Isabel dos Santos também não avança nesta OPA apenas com a força dos seus dólares – ela também sabe que continua a contar com o facto de ser filha de quem é. É que na Oi também tem participação o BNDES, o braço financeiro do governo brasileiro, e, como já hoje foi recordado, ninguém em Brasília quererá indispor a família presidencial angolana pois há demasiados negócios brasileiros em Angola.
Quando se está sem dinheiro, como Portugal está, como os empresários portugueses estão, é compreensível que se aceite a entrada de dinheiro de quem o tem. E os oligarcas angolanos, imensamente ricos num país imensamente pobre, têm muito dinheiro. Mas quando se trata de optar entre dinheiro angolano e dinheiro francês, ou mesmo dinheiro brasileiro, a súbita paixão de tantos comentadores e editorialistas por Isabel dos Santos deixa-me perplexo.
Portugal orgulha-se de ter sido o único Império que, um dia, transferiu a sua capital para um das suas colónias, no caso o Rio de Janeiro, para onde foi a corte de D. João VI. Portugal não se orgulhará de, estando na União Europeia, ter deixado uma boa parte da sua capacidade de decisão soberana fugir para Luanda. Aí a única corte conhecida é a de José Eduardo dos Santos, o pai de Isabel.





segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Vergonha!

  Em todas as guerras, nunca são os que dão o corpo ao manifesto  que contam para a história.
Sempre foi assim e parece que assim  irá continuar. São os oficiais superiores os que ganham ou perdem batalhas.  Na sua maioria, nunca ouviram um tiro ou entraram numa liça. Isto vem a propósito das guerras que de 1961 a 1975 os soldados portugueses enfrentaram em Angola, Guiné e Moçambique. Em todas estas três frentes morreram homens que para a guerra eram portugueses, na boca dos poderes de então e nos que se seguiram. Portugueses, que deixaram as suas aldeias, vilas e cidades Suas noivas, namoradas, esposas e mães. Até aí eram portugueses, mas muitos dos que tombaram e lá ficaram, por lá continuam em cemitérios abandonados na antiga África dita Portuguesa esquecidos e que mortos já não são portugueses.Suas noivas ,namoradas e mães não puderam despedir-se dos seus entes queridos. De uma coisa tenho a certeza...nenhum general ou outro dito oficial superior que das muitas comissões, que fizeram  em Angola , Guiné ou Moçambique ( onde arranjaram um bom pé de meia), está enterrado nesses cemitérios  abandonados, por essa África, desde Angola a Moçambique.
Pobre País que tão mal tratas quem te defendeu e deu a vida por ti!....
José do Rosário

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Timor..o Petróleo e a Ganância.Os Juízes Portugueses estavam lá a mais.



Portugueses expulsos de Timor-Leste investigavam oito ministros do governo de Xanana


Para mim, é uma tremenda desilusão, caro Xanana!... 




O Diário de Noticias trás hoje na primeira pagina a noticia e tudo indica que não foge à verdade.

É por isso que quando digito no   motor de busca Google a Procurar...Politico honesto,....A resposta é sempre a mesma: Não foi  Encontrado......


Juízes e procuradores estavam ligados a uma verdadeira operação "mãos limpas" que decorria há três anos. Um deles era juiz titular do processo contra a ministra das Finanças de Timor-Leste.

Um "verdadeiro golpe de Estado" e um afastamento "por motivos políticos". Estas terão sido as razões para o governo de Timor, liderado por Xanana Gusmão, ter ordenado a expulsão de oito portugueses, entre cinco juízes, dois procuradores e um oficial da PSP, segundo fontes conhecedoras do processo contaram ao DN. Os oito expulsos estão ligados à investigação de vários ministros do executivo timorense por corrupção, numa autêntica operação "mãos limpas" que decorria há cerca de três anos.

Em Timor-Leste, conhecida a decisão oficial de que os magistrados portugueses tinham de abandonar o país em 48 horas, a reacção do Conselho Superior da Magistratura timorense foi de "estupefacção", o que levou este órgão a convocar uma conferência de imprensa urgente que deverá realizar-se hoje.

Um dos magistrados afastados, Júlio Gante Costa, em Díli há dois anos, era o juiz titular do processo contra a ministra das Finanças timorense, Emília Pires, acusada de gestão danosa e participação económica em negócio. A primeira sessão do julgamento da ministra estava marcada para segunda-feira, precisamente o dia em que Xanana Gusmão mandou publicar a ordem de expulsão dos oito portugueses no Jornal da República (equivalente ao nosso Diário da República). O julgamento da titular das Finanças acabou adiado sine die (sem data).