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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Síria .....não é árabe ?







E eis que as grandes migrações começam. Bem sei que não vêm apenas da Síria, mas do Iraque, Afeganistão, Eritreia, da África sub-sahariana.

Mas a Síria é significativa em múltiplos sentidos. É um pais árabe, dizem-nos, muçulmano, na maioria, sunita, em maioria relativa. Seria pois de esperar que se dirigissem para um país árabe por excelência, muçulmano por natureza e sunita centralmente. Nada mais, nada menos… que a Arábia Saudita.

E eis que nenhum deles pretende ir para a Arábia Saudita.

Os célebres e ditos países árabes não o são. São arabizados. Os árabes, os verdadeiros, os da Península Arábica, nunca sentiram os outros como árabes na verdadeira acepção, mas apenas arabizados. Da Síria a Marrocos os que se anunciam como países árabes deveriam reflectir sobre a nula solidariedade da Arábia Saudita. Largam dinheiro a sal afitas, financiam terroristas, despejam fortunas em propaganda, mas não acolhem, e muito menos patrocinam o acolhimento de supostos árabes.

Os verdadeiros árabes, os da Península Arábica, nunca consideraram os outros como verdadeiros árabes, mas meras imitações. No que respeita à Síria e ao Líbano e ao Egipto, os três países mais cultos de entre os muçulmanos, os árabes verdadeiros desprezam-nos por serem pobres e mera imitação, invejam-lhes uma História muito mais antiga e mais profunda cultura.

Podemos perceber que os sírios não queiram ir para o Egipto ou para Marrocos. Não são países ricos. Mas porque não a Arábia Saudita? É rica, bem o sabemos.

É pelo clima árido que nem pensam emigrar para lá? E quem desconhece a dureza do Inverno alemão e sueco?

Os sírios muçulmanos preferem a Alemanha à Arábia Saudita. Quando dobram a espinha inclinam a cabeça para Meca, mas quando pretendem viver como homens viram-lhe o traseiro. Praticam a apostasia com os seus pés, abjuram com a sua decisão. Dizem: Só os cristãos sabem fazer sociedades onde os homens podem viver como homens. O islão não é capaz de o fazer. Apostasiam com os pés e não com o coração. Esse o seu problema e futuramente o nosso.

Mas a vida tem ainda mais paradoxos. O suposto moderno, aberto, rico de ideias, generoso governo grego mostra-se indiferente à sorte dos migrantes. Afinal, é fresco ter um governo com um partido proto-fascista, como o da independência grega. E os dois símbolos de acolhimento e abertura nesta crise são os símbolos retrógrados por excelência: Merkel e o Papa.

 A Alemanha é rica, precisa de migrantes, tem um problema demográfico? Mas não é isso que dizem de toda a Europa? E, no entanto, nem todos os países têm manifestações à chegada dos comboios a receber os migrantes e a dizer que são amados. Tanto Merkel como o Papa invocam os valores cristãos do acolhimento. E vemos os bem pensantes bramir discursos, mas fazer bem pouca coisa.

A comédia humana continua, sempre com máscara da tragédia. A Europa não quer muçulmanos que apostasiaram com os pés sem o saber, os países árabes por excelência mostram aos arabizados que não o são, mas mera imitações, os arabizados não percebem o desprezo dos países da Península Arábica, são as figuras da reacção a promover o acolhimento em nome dos valores cristãos.

Delicioso Outono do humor, prenúncio de novas tragédias. Os fracos conceitos teóricos da ciência política comum esfarelam-se sobre os nossos olhos e ninguém os tenta reformar. Qualquer ciência humana que não dê lugar à tragédia e à comédia não é escolar, seria elogio no caso. É apenas pobre, pobre, pobre. Que não se deixe de olhar para o mundo quando se olha para os livros. Que os arabizados reflictam porque pensam ir para a Europa para se sentir humanos e não para Medina. E que os europeus pensem se lhes basta a civilização para serem humanos quando a palavra de acolhimento recorre sempre à mesma Pessoa.

Alexandre Brandão da Veiga

Retirado daqui

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Este País é uma MERDA para os Velhos

O Professor Carlos Paz nasceu em Luanda, mas vive em Lisboa,
e leciona no Instituto Superior de Gestão



(Nota: estou de férias; estou-me cagando para a linguagem; quem não gostar não leia)
Durante 4 anos a actual maioria PSD/CDS dedicou-se ao combate aos idosos (reformados, pensionistas) através de cortes nos rendimentos, na saúde e nos apoios sociais.
Combateu de forma torpe tudo o que cheirava a “reformado” como se os velhos fossem só e exclusivamente “custos para o Estado”. Houve mesmo um deputado que resolveu dizer que o País sofria de uma doença a que apelidou de “Peste Grisalha” (recordo que este CABRÃO DE MERDA é candidato a deputado (e VAI SER ELEITO) pelo Distrito da GUARDA, ironicamente uma das regiões mais envelhecidas do País).
Conseguiu, através de uma série de “perfis falsos” nas redes sociais e de “jornalistas arregimentados” (mais tarde contratados como assessores para os gabinetes políticos) fomentar uma Guerra intergeracional convencendo os mais novos que todas as suas desgraças (desemprego, miséria, cortes na educação) eram só e exclusivamente por culpa dos Velhos.
Mas agora chegámos ao período eleitoral. São precisos VOTOS. E, os votos dos mais velhos são realmente muito importantes: primeiro porque ainda estão em Portugal (muitos dos mais novos, como eu, para ganhar a vida não estarão em Portugal no dia das eleições – e, uma vez que a maioria não é emigrante formal, não tem qualquer modo de exercer o seu direito ao voto); depois porque os mais velhos são, tradicionalmente, muito menos abstencionistas; finalmente, porque são, por definição, um eleitorado mais conservador (mais próximo do poder instalado).
Então era necessário pensar em algo que fizesse os Velhos esquecer os maus tratos a que foram sujeitos pelo atual governo. E se bem pensaram, melhor fizeram!
Quais são os maiores MEDOS de um idoso?
São dois:
1) O isolamento;
2) A incapacidade de defesa perante o Mundo que o rodeia (qualquer idoso sabe que já não tem a forma física e mental para resistir).
Resposta: o governo, o MESMO governo de PSICOPATAS, que instigou (e financiou nas redes sociais e nos média) uma guerra aberta aos idosos, resolveu publicar legislação que criminaliza o “abandono” (isolamento) e os “maus tratos” (incapacidade de defesa) aos idosos.
Só existe um problema: a legislação não pode ser aplicada. Não serve para nada. Necessita de alterações aos códigos para ser aplicada. Não tem nenhuma validade prática. Só poderá ser, de facto, tornada legislação por um novo parlamento (o actual está, e vai permanecer, de férias).
Os Ministros são assim tão estúpidos? Publicam legislação que sabem que não pode ser aplicada?
Não. De estúpidos não têm nada. Têm de esperteza saloia. Sabem que não pode ser aplicada. Sabem que não serve para nada. Mas também sabem que assim FINGEM que estão preocupados com aqueles que mais ODEIAM: os IDOSOS (precisam do voto deles)!
É baixo, é mesquinho, é porco, é ordinário, é mal intencionado!
Estou FARTO deste tipo de gente. Estou de férias. Estou-me cagando para a linguagem: quero que vão TODOS (os Governantes, as Oposições bacocas, os perfis falsos, os média arregimentados) para a REAL PUTA QUE OS PARIU!
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Estamos conversados.

O Professor Carlos Paz nasceu em Luanda, mas vive em Lisboa,
e leciona no Instituto Superior de Gestão

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10 h  ·  Editado 

Tal como o recebi por Email