------------------------------------------------------------- ALVALADE-SADO!-------------------------------------------------------Blogue de informação geral sobre o mundo e o País que é Portugal

domingo, 27 de março de 2011

Todos ouviram e parece que ninguém corou!

Algumas vezes não estou de acordo com este cidadão de  Portugal.
Mas a sua intervenção na  sessão solene da abertura do ano judicial, o homem disse coisas que todos nós vamos ouvindo um pouco todos os dias. Na sala estava a elite deste país e parece que ninguém  se envergonhou, pelo que ouviu. Assim bem podemos esperar que este País algum dia, venha a ter outra imagem !... Que não esta da qual sinto vergonha.....vejam o video!



segunda-feira, 21 de março de 2011

Geração à Rasca - A Nossa Culpa


Um dia, isto tinha de acontecer.
Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente!
Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa
abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes
as agruras da vida.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar
com frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também
estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.
Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.
Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a
minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos)
vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós
1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.

Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram
nos seus descendentes
: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles
a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes
deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.
Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o
melhor
; o dinheiro ia chegando para comprar
 (quase) tudo, quantas
vezes em substituição de princípios e de uma educação. E éramos (quase) todos felizes.

Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A
vaquinha emagreceu, feneceu, secou.

Foi então que os pais ficaram à rasca.
Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.
Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar
a pagar restaurante aos filhos, num país onde  uma festa de
aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a
pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e
da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que
os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade,
nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.

São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas,
porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem,
querem o que já ninguém lhes pode dar!

A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo
menos duas décadas
.

Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.
Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por
escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na
proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que
o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois
correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade
operacional.
Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em
sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a  informação sem que isso
signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas
competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.
Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso.Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho,ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.
Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.
Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não
lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.
Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.
Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de
montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o
desespero alheio.

Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e
inteligência nesta geração?
Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!
Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no
retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e
nem  são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como
todos nós).
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados
pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores,
 
os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a
subir na vida.

E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos
nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares
a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no
que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupam injusta, imerecida
e indevidamente?!!!

Novos e velhos, todos estamos à rasca.
Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.
Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme
convicção de que a culpa não é deles.
A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.
Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam.
Haverá mais triste prova do nosso falhanço?
Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de
uma generalização injusta.
Pode ser que nada/ninguém seja assim.

 Tirado da Internet



sexta-feira, 18 de março de 2011

AGUA ...EM ALGUNS LUGARES, ELA JÁ NÃO EXISTE MAIS !

                                                                                                                                                 

World
                                                          Water Crisis
                                                          book Blue
                                                          Planet Run
                                                          safe drinking
                                                          water to the
                                                          one billion
                                                          people who
                                                          lack it   
    Dois  Sudaneses bebem água dos pântanos, com tubos plásticos, especialmente concebidos para este fim. 
Com filtro para filtrar as larvas flutuantes, responsáveis pela enfermidade da lombriga da Guiné. O programa distribuiu milhões de tubos e já conseguiu reduzir em 70% esta enfermidade debilitante.   



World
                                                          Water Crisis
                                                          book Blue
                                                          Planet Run
                                                          safe drinking
                                                          water to the
                                                          one billion
                                                          people who
                                                          lack it

As águas do delta do rio Níger são usadas para defecar, tomar banho, pescar e despejar o lixo.

World
                                                          Water Crisis
                                                          book Blue
                                                          Planet Run
                                                          safe drinking
                                                          water to the
                                                          one billion
                                                          people who
                                                          lack it
Água suja em torneiras residenciais, devido ao avanço 
indiscriminado do desenvolvimento.
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                                                          Water Crisis
                                                          book Blue
                                                          Planet Run
                                                          safe drinking
                                                          water to the
                                                          one billion
                                                          people who
                                                          lack it

Aldeões na ilha de Coronilla, Quénia, cavam poços profundos em busca
do precioso líquido, a apenas 300 metros do mar. A água é salobra. 

World
                                                          Water Crisis
                                                          book Blue
                                                          Planet Run
                                                          safe drinking
                                                          water to the
                                                          one billion
                                                          people who
                                                          lack it

Aquele que foi o quarto maior lago do mundo, agora é um cemitério poeirento 
de embarcações que nunca mais zarparão...



VALORIZE A ÁGUA!
EM ALGUNS LUGARESELA NÃO EXISTE MAIS...


terça-feira, 15 de março de 2011

Para onde vai Portugal ?.......

Ontem no Prós e Contras da R T P, assistiu-se em formato miniatura  a mais um episódio do folhetim Assembleia da Republica. Isto  dava para se achar graça, se o caso não fosse sério. E o caso é Portugal e a maioria dos que tiveram o azar de nascer ou viver neste rectângulo à beira mar plantado,... que até podia ser um jardim. Mas não é ..... parece que os políticos deste País não querem perceber isto. O sr Sócrates, a quem já chamam o governador da província  (Portugal) foi encontrar-se, com a Frauen   Angela Merkel , para lhe dar conhecimento de mais um PEC. E isto serviu de argumento ao debate, entre os deputados dos partidos com assente nas cadeiras da Assembleia da Republica.....- cujo argumento a debater se via escarrapachado, como  (Crise Política). A mim parece-me,  depois  de assistir ao programa e a leitura que faço, é a seguinte:...o governo não pode estar, nem pode abalar e a Oposição,.. vai criticando, mas não consegue apresentar alternativas e muito menos  executá-las.Ora isto não era muito difícil de resolver ...só que não à interesse, porque iria mexer nos interesses de alguns, (muitos) que fazem parte das fileiras de quase todos os partidos representados no debate. A realização do programa esqueceu-se de convidar o actor principal, para o debate.....O Povo, então aí penso, que o programa teria sido interessante.....mas assim não foi, nem interessante, nem esclarecedor.,....foi mais do mesmo....!.......




sábado, 12 de março de 2011

Geração à rasca" leva 280 mil manifestantes à Avenida da Liberdade














Avenida da Liberdade esteve cheia de uma ponta à outra durante várias horas, como não é vulgar noutras manifestações. Aliás, ainda falta vários milhares de manifestantes chegarem aos Restauradores.

O número avançado pela polícia é equivalente ao número de professores que se manifestaram o ano passado, também na Avenida da Liberdade. Quem está no terreno diz que a "Geração à rasca" está a ter uma adesão muito superior.

Membros da organização falam em 300 mil pessoas.

A quantidade de manisfestantes é tanta, que as telecomunicações estiveram por diversas vezes com problemas. Fonte oficial de uma operadora de telecomunicações questionada sobre a dificuldade de acesso à rede de telecomunicações durante a manifestação: “Não há registo de avarias. É natural que dado o anormal fluxo de concentração de pessoas na zona da Avenida da Liberdade que possa ter existido congestionamento da rede móvel em determinados momentos.”

No Porto, o encontro que juntou os manifestantes na Praça da Batalha, fez com que se tornasse, por momentos, e em algumas zonas, quase impossível movimentar-se, tal era o número de manifestantes.

Relatos apontam para 500 manifestantes em Coimbra e 150 em Ponta Delgada.

"Senhor Presidente, em nome dos pobres, dos jovens, dos idosos e da nação, dissolva o Parlamento!", é um dos slogans que impera no Porto. "Sócrates cabrão, aceita a demissão", grita-se em Lisboa. Os slogans são imensos: "Nunca pagámos tanto por tão pouco". "Economia é a tua tia". "Com a precaridade não há liberdade". "Revolução dos (es)cravos". "Deixa passar, deixa passar, que o mundo vai mudar". "Todos à rasca homens e animais".

E os manifestantes não são apenas jovens que estão a protestar por melhores condições laborais. Avós, país, filhos e netos juntaram-se na manifestação que marca o dia.



Tirado daqui

A missão da geração à rasca é empurrar para a rua um povo adormecido


Um movimento espontâneo que ganhou 60 mil adeptos nas redes sociais e que se converteu na revolta de uma geração à rasca pode não ser suficiente para encher esta tarde as avenidas e praças de cidades como Lisboa, Porto, Braga, Faro ou Funchal. Hoje são duas as manifestações que saem à rua, mas enquanto o plenário dos professores marcado para o Campo Pequeno, em Lisboa, tem a retaguarda dos sindicatos, o outro protesto, que começou numa página de Facebook, está por conta própria. Tudo ou nada é o destino desta manifestação, que pelo menos ficará como a primeira em Portugal a dispensar partidos ou federações sindicais para dar forma ao descontentamento de uma geração que contagiou todas as outras.

Há sintomas a anunciar que este lamento poderá atravessar a barreira da internet: "A popularidade da canção dos Deolinda ou dos Homens da Luta mostra que alguma coisa está a mexer", avisa o sociólogo Manuel Villaverde Cabral. E enquanto movimento de ruptura ou de chamada de atenção "já produziu alguns efeitos que podem vir a significar uma corrente de decepção de uma geração", pensa o politólogo António Costa Pinto.

Mas só isso não é garantia de nada. A missão desta geração à rasca é de monta: contrariar a natureza de um povo que se desabituou de protestar, que "não muda de estilo de vida de um dia para o outro ou que pertence a uma geração que enquanto estiver
apoiada pelos papás não sai de casa para gritar", defende Villaverde Cabral. A falta de autonomia pode até ser um motor desencadeador - diz o sociólogo do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa -, mas é "demasiado subjectivo" para se saber se terá força suficiente para os empurrar até à rua.

Protesto monstro Gritar na rua é um hábito que se tornou estranho para os portugueses: "Após a consolidação da democracia, o país conheceu a desmobilização cívica, eleitoral ou sindical e tem hoje uma taxa de conflitos sociais baixa em comparação, por exemplo, com França ou Inglaterra", explica António Costa Pinto. A apatia tem um preço alto, avisa D. Januário Torgal Ferreira: "
Os portugueses caíram na descrença, não acreditam em ninguém ou sequer na mudança." 

Apesar de esta crise ser de "profunda miséria", o bispo das Forças Armadas também está descrente na força desta manifestação: "Gostava que fosse um protesto monstro, mas penso que não terá uma grande expressão e seria preciso que os políticos tivessem a inteligência de perceber que a causa da falta de esperança está num modelo de desenvolvimento em que os mais fracos são sempre os primeiros a sofrer."

Pode até ser que a participação em massa nas redes sociais seja mais um indício de que desta vez será diferente, mas opinar, tomar partido e reclamar na net não implica "estar disposto a sair de casa", adverte Costa Pinto. A maior ou menor adesão a uma manifestação depende de muitos factores, esclarece o politólogo do Instituto de Ciências Sociais. Um movimento bem organizado é um determinante: "A contestação sem estruturas sindicais, associativas ou corporativas fortes dificulta os impactos que se pretende ter na rua." Esta geração à rasca tem, no entanto, alguns pontos a seu favor: "A conjuntura política e económica é favorável e o segmento a mobilizar - a juventude - é mais facilmente mobilizável."

Resta saber se será suficiente e ver se chega para contaminar quem está afastado das redes sociais. "Este protesto não tem ligação aos que mais afectados foram por esta crise", defende Villaverde Cabral. Os que passaram a fasquia dos 45 anos, têm baixas qualificações, caíram no desemprego, dormem na periferia e "têm um intenso treino de apertar o cinto", diz o sociólogo.

Não é bem assim, avisa Paula Godinho, antropóloga da Universidade Nova de Lisboa e estudiosa dos movimentos sociais: "O protesto da geração à rasca ganhou força e está agora em todo o lado, seja nos monitores dos computadores, seja nos televisores ou nas páginas dos jornais." Bateu à porta dos universitários com medo do desemprego, entrou em casa dos pais que temem pelo futuro dos filhos e também dos pais que perderam o emprego: "Há também outras gerações que têm casa e contas para pagar. O trunfo desta manifestação é ter uma base multifacetada, que a transformou num protesto transgeracional."

É por "múltiplos descontentamentos" confluírem num único protesto que a geração à rasca tem um desfecho tão imprevisível: "Os prognósticos neste caso são arriscados, pois estamos perante uma contestação que não é convencional." Que nada se parece com o protesto dos professores, em que os sindicatos tomam conta de tudo: "Vão às escolas mobilizar a classe, têm autocarros para os levar e trazê-los de volta e planeiam quase tudo para anular qualquer imprevisto."

A geração à rasca representa também uma espécie de ameaça aos sindicatos e partidos habituados a assumir a liderança, diz a antropóloga: "À medida que a data do protesto se aproxima há mais partidos que não querem ficar de fora." Até porque são os únicos sem nada a perder, diz Paula Godinho: "Se for um fiasco, vão dizer que afinal sem eles era impossível e, se for um sucesso, vão querer reivindicar para si o contributo que quiseram dar."

Todas as dúvidas deixam esta tarde de fazer sentido quando as praças e as avenidas das oito cidades portuguesas estiverem às moscas ou então entregues às multidões. Mas é sobretudo ser uma contestação que escapou ao "controlo de todos" que faz com que a geração à rasca tenha "quase tudo" para se tornar num "marco histórico", defende André Pestana, professor contratado em Oeiras que optou por aderir à convocatória via Facebook, em vez de participar no plenário do Campo Pequeno: "Há muitos como eu que vão a esta manifestação precisamente por não ter essa carga pesada dos dirigentes sindicais ou partidários. Vou a uma demonstração de força e entusiasmo que não precisou de um aparelho nem terá discursos desgastados e bolorentos", remata o coordenador do movimento dos professores 3R - Renovar, Refundar e Rejuvenescer.

tirado  daqui 



E veja este video






quinta-feira, 10 de março de 2011

A moção de censura do Bloco e a manifestação da Geração à Rasca!.


Por muito que dê voltas à cabeça não consigo perceber o objectivo da moção de censura apresentada na Assembleia da Republica contra o governo Pelo Bloco de Esquerda. Não é que não hajam mil e uma razão para apresentar moções de censura a este governo. Mas para se apresentar uma moção de censura responsável, tem que se ter alternativas, que mudem o país,.... e para melhor. Não me parece que seja este o caso. Se a Moção de Censura fosse aprovada, a alternativa seriam logo novas eleições, e de eleições vamos estando todos fartos,... os ganhadores seriam os mesmos e as politicas iguais ou piores. O que me parece é que a esquerda tem que ser uma esquerda credível,com acções credíveis, em que a maioria do Povo acredite e confie, ..mas assim parece-me que não.
Dia 12, próximo está marcada uma manifestação de uma Geração a que deram o nome de Geração à Rasca. Perfiláva-se a principio, aquando da sua anunciação ......uma manifestação apartidária.... ao que tenho lido hoje nalguns locais, parece que há forças politicas que se querem fazer representar......a ser assim, está gorada a expectativa .Os partidos actuais existentes no quadro parlamentar, carecem todos,... uns mais, outros menos, de falta de credibilidade, por   uma grande parte da população....e vocês jovens se querem outras politicas outro futuro para  a vossa geração e as que vierem a seguir,... têm que forçar os políticos, a  alterar  esta politica ruinosa, que a não ser travada vai empurrar Portugal para o abismo, e não será só a Geração à Rasca  a sofrer as consequências,..... somos quase todos...... e digo quase todos, porque alguns estão muito bem, com a actual situação!........

domingo, 6 de março de 2011

País à rasca!...


Esta semana vão sair à rua manifestações da ‘Geração à Rasca’, uma designação que deriva de um título do jornal ‘Público’ publicado há mais de uma década, ‘Geração Rasca’. Essa geração terá agora 35, 40 anos e está hoje no poder. No poder que dirige escolas, empresas, autarquias, tribunais, e está significativamente representada na Assembleia da República, no Governo. O título então publicado foi, no meu entender, mais uma provocação para discutir problemas sérios da juventude do que uma tentativa de ofensa. E na verdade, pese os ofendidos beatos do costume, valeu uma discussão séria sobre os destinos da escola e do País.
Agora chega-nos a ‘Geração à Rasca’, que se manifesta pedindo a demissão de toda a ‘classe política’. Toda! Jerónimo de Sousa já informou que o seu partido vai integrar a manifestação, pois o PCP, na sua indumentária CDU, considera-se fora da classe política e adora ser o Pôncio Pilatos, que lava as mãos, em todas as crises. A verdade é que a sua força destrutiva, voraz na defesa de privilégios, defensor maior da preguiça e da inutilidade daqueles que em nome dos trabalhadores os vão iludindo com cânticos às injustiças dos outros, é um dos principais responsáveis por esta ‘geração que está à rasca’. É fácil, hipócrita, e de um cinismo enervante, vê-los, tal como ver o Bloco, apostar tudo na crítica ao governo e aos partidos que foram governo.
Quantos milhões não custa ao País, e a milhares de famílias, a alegre sucessão de greves nos transportes falidos que esta gente tem provocado? Mas acham que não. Estarão na manif da ‘geração à rasca’. A verdade é que o País está em apuros. A tal ponto que ninguém sabe como vai ser a nossa vida na próxima semana, no próximo mês. São os novos e os velhos atingidos por esta terrível crise, os pobres, os desempregados, os mais velhotes. É um País inteiro à rasca que não sabe se vai ou não para a bancarrota, se aguenta o vendaval dos juros, se vai para eleições, se inventa maneira de viver ou, pelo menos, de sobreviver. Somos um país inteiro em aflição, e daí que o oportunismo de quem manipula esta enorme preocupação não mereça uma ponta de respeito. Vivemos tempos tão ruins que não se vê no PS, em vésperas de congresso, quem se perfile e diga que Sócrates está a mais.
Calam-se, medrosos. E no PSD, que não tem parado de crescer nas intenções de voto desde que Passos Coelho o lidera, começam a surgir os gurus do costume gemendo discordâncias porque o partido deveria ser mais ou deveria ser menos. À rasca. A todos falta a grandeza para os grandes combates pela defesa do País. Filhos dilectos da ‘geração rasca’.

sábado, 5 de março de 2011

Partido Comunista Português------90 anos de luta!

 

     








                                                                                                                                                                 A 10 anos de um século de existência, o P. C. P,  quase sempre manteve uma coerência notável nos seus ideais  e objectivos. Resistir e lutar são os  objectivos mais usados como bandeiras de luta.
Pessoalmente penso , sempre pensei, que o maior erro deste partido lutador, foi escancarar as portas à entrada de pessoas que não teriam nada a ver com os ideais do  partido.
Não concordo com as tentativas já esboçadas pelos gémeos P. S  e P. S. D, de limitar a existência dos partidos mais pequenos. Uma redução a haver de deputados na Assembleia da Republica, que seja feita na redução de deputados do P. S e do P. S. D. Seria também aconselhável a mudança da imagem que o partido transmite.
Agarrado a uma ideologia que está fora do tempo e em que as gerações mais novas pouco se interessam......nem por isso o P. C. P   deixa de ser um partido   de que o nosso País precisa. 
Feliz aniversário, com mudanças no futuro, e coragem na defesa dos interesses do Povo Português!...


quarta-feira, 2 de março de 2011

Imprópria para a democracia?


CAIRO - Será que o mundo árabe não está preparado para a liberdade? De acordo com um certo estereótipo, alguns povos - os árabes, os chineses e os africanos - são incompatíveis com a democracia. Muita gente, no mundo inteiro, insiste que o "poder do povo" vai acabar por degenerar num caos ao estilo da Somália ou da guerra civil do Iraque ou numa ditadura à maneira do Irão.

Este discurso tem sido alimentado pelo Ocidente e, o que é mais triste, por alguns líderes árabes, chineses e africanos. Com os movimentos recentes no Médio Oriente, há uma questão politicamente incorrecta que se impõe: os árabes terão maturidade política para a democracia?

Esta preocupação está por trás de grande parte da ansiedade que domina os dirigentes políticos de Washington a Riade. Não podemos negar que os perigos espreitam: tanto a deposição do xá, no Irão, como a de Saddam Hussein, no Iraque, ou a morte de Tito, na Jugoslávia, deram origem a novos regimes repressivos e ao derramamento de sangue. O Congo celebrou a derrota do seu velho ditador em 1997, mas isso desencadeou o conflito mais mortífero desde a Segunda Guerra Mundial. Se a Líbia se tornar um segundo Congo e o Bahrein um satélite do Irão e o Egipto for dominado pela Irmandade Muçulmana - bem, nessas circunstâncias seria natural que os cidadãos comuns começassem a ansiar pelo regresso dos velhos tiranos.

"Antes da revolução éramos escravos e agora somos escravos de antigos escravos", declarou Lu Xun, o grande escritor chinês, depois do fim da dinastia Qing. Será esse o futuro do Médio Oriente?

Os americanos só dizem banalidades acerca da liberdade. Os defensores da democracia no Médio Oriente têm sofrido pela liberdade torturas inimagináveis - às mãos de ditadores que foram os nossos aliados -, mas mesmo assim persistiram. No Bahrein, os antigos presos políticos contam que as suas mulheres eram arrastadas para a prisão à sua frente e depois diziam-lhes que, caso não confessassem, elas seriam imediatamente violadas. Estes métodos ou outras formas de tortura mais convencionais conseguiram extorquir muitas confissões. Mesmo assim, durante anos, ou mesmo décadas, estes activistas persistiram na sua luta pela democracia. E nós ainda perguntamos se eles estarão maduros para lidar com ela.

O traço comum a todos os movimentos democráticos desencadeados este ano, da Tunísia ao Irão, do Iémen à Líbia, tem sido uma coragem sem limites. Nunca esquecerei um homem que tinha ficado sem as duas pernas, que conheci na Praça Tahrir no Cairo, quando os criminosos a mando de Mubarak atacaram os manifestantes com pedras, bastões e cocktails Molotov. Mesmo assim, este jovem avançou para a linha da frente na sua cadeira de rodas. E nós duvidamos que compreenda o que significa a democracia?

No Bahrein vi homens e mulheres a marchar desarmados em direcção às forças de segurança, sabendo que na véspera as tropas tinham disparado contra os manifestantes com munições verdadeiras. Quem terá coragem de dizer que estas pessoas são imaturas para a democracia?

Não tenho dúvida que haverá escolhos a contornar. Depois da guerra que se seguiu à sua independência, os americanos levaram seis anos a eleger um presidente, e na década de 60 do século XIX o país quase se dividiu em dois. Feitas as contas, o Egipto, a Líbia e o Bahrein estão mais bem posicionados para a democracia do que a Mongólia e a Indonésia pareciam estar nos anos 90 - e a Mongólia e a Indonésia são hoje dois exemplos de sucesso. O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, visitou o Médio Oriente há alguns dias (com os negociantes de armas no seu séquito) e reconheceu sem dissimulação que o Reino Unido apoiou demasiado tempo regimes autoritários com o objectivo de alcançar estabilidade. Reconheceu que o seu país aceitara a ideia feita de que "a democracia não se adapta aos árabes nem aos muçulmanos". E acrescentou: "Do meu ponto de vista, trata-se de um preconceito a que pouco falta para poder ser considerado racista. É ofensivo, imoral, e está pura e simplesmente errado."

No entanto, a ideia continua a ser defendida por muitas ditaduras árabes, em especial pela Arábia Saudita - e, como é evidente, pelos líderes chineses e por praticamente todos os déspotas africanos. É uma pena que nós, ocidentais, sejamos preconceituosos a este ponto, mas ainda é mais triste ver alguns líderes de países em desenvolvimento darem voz aos mesmos preconceitos contra os seus próprios povos.

No século XXI não há alternativas realistas ao poder do povo. O professor William Easterly, da Universidade de Nova Iorque, propõe um padrão de reciprocidade: "Não suporto a autocracia na vossa sociedade se não a desejo para a minha."

Poderia ser o nosso novo ponto de partida. Sinto-me fascinado pela coragem que tenho observado, e só uma atitude paternalista e condescendente permite sugerir que uma pessoa que está pronta a morrer pela democracia pode não estar preparada para ela.

Nicholas Kristof, 
Jornalista 

Exclusivo i/The New York Times

A seguir é Angola?.........

      



Na sequência dos acontecimentos na Tunísia, Egipto, Líbia e outros países Africanos...a seguir temos Angola?...........


Em baixo segue  parte de uma convocatória, para uma manifestação contra José Eduardo dos Santos, há cerca de trinta e dois anos no poder!......


O povo da República de Angola diz: basta ao regime ditador de Presidente José Eduardo dos Santos, que está no poder por 32 anos.
Os angolanos estão cansados da pobreza extrema, da cultura de medo e intimidação, da miséria, da autocracia e outros males introduzida por José Eduardo dos Santos.
O nosso país é conhecido pela sua riqueza em termos de recursos naturais e é classificada como a maior exportação de petróleo em África, mas o povo angolano vive com menos de 1 dolares americano por dia e com um governo que promove uma cultura de perpetuação da pobreza extrema.
Condenamos e denunciamos o cancelamento do nosso direito constitucional e democrático de eleger um Presidente de nossa escolha em cada quatro anos.
Queremos assumir o controle de nossas vidas, nosso país e os nossos recursos, mas em primeiro lugar queremos retirar o regime ditatorial de José Eduardo dos Santos.

A NOSSA PETIÇÃO
O povo angolano exige:

1 - A saída imediata do Presidente ditador José Eduardo dos Santos, seus ministros e companheiros;
2 - A formação de uma nova ordem política, social e económica;
3 - A re-implementação das Eleições Presidenciais periódicas em nossa Constituição;
4 - A implementação de uma democracia social, que deve ter o interesse do povo angolano de coração;
5 - A formação de um novo governo com os interesses do povo angolano de coração;
6 - O estabelecimento de um sistema de administração pública transparente e responsável de todos os recursos de Angola;
7 - A priorização dos cidadãos angolanos sobre os benefícios e reconstrução social de Angola.

A manifestação anti-governamental em Angola vai começar as zero horas na segunda-feira, dia 7 de Março de 2011, de Cabinda a Cunene.


Envie seus comentários e sugestões para o nosso endereço de e-mail: revolucao.angolana@yahoo.com;











terça-feira, 1 de março de 2011

A manifestação do dia 12


No próximo dia 12 o País assistirá a uma ou mais manifestações convocadas não por sindicatos, Igrejas ou Partidos Políticos, mas por grupos de jovens sob o lema "Geração à Rasca". Ninguém pode menosprezar essas manifestações. Não partiram de pessoas empregadas com salário e alguma estabilidade. Não partem de aparelhos que habitualmente as organizam e estruturam, criam as suas "palavras de ordem" e promovem a sua própria segurança.
No dia 12, juntar-se-ão os que tiveram expectativas e não as viram realizadas. Juntar-se-ão os que estudaram, têm cursos superiores, mas não têm emprego. Juntar-se-ão os que querem assumir a sua própria vida e não o podem fazer; são obrigados a viver em casa dos pais, pois não têm meios para garantir a sua autonomia. Olham para o futuro sem esperança e questionam-se e continuarão a questionar-se sobre a sua vida. Afirmam-se como estando "à rasca", não sendo eles rascas, e vêem gente que o é, que todavia sobrevive melhor e até muito melhor.
O potencial de revolta de uma sociedade nunca parte de quem está acomodado, seja ele o rico, o médio ou o pobre. Parte de quem esperou e não tem. De quem já teve, gostou, habituou-se, e de repente deixou de ter. As manifestações críticas raramente se geram no seio do ‘lumpen’, mas da média burguesia frustrada e desesperada.
Em Portugal, o desemprego tem ferido em demasia a classe média, e o desemprego juvenil atinge sobretudo os que já estudaram e concluíram cursos, mas sem sucesso na obtenção de emprego. Aliás, cada vez se estuda durante mais anos, prolongando a aprendizagem, apenas para não se ser confrontado com o espectro imediato do desemprego. Dia 12 deste mês é uma data que traduz um elevado grau de perigosidade social.
Pode ser o início de um movimento que, tendo cada vez mais expressão, tem apesar disso consequências nulas, pois não é o protesto que gera empregos e uma economia mais próspera.
Se o movimento crescer, crescer sempre e não tiver outras consequências que as de maior frustração, qual o limite atingível? Seria bom que a classe política percebesse que está a lidar com um fenómeno novo. Face a ele, as centenas de milhares de manifestantes da CGTP, UGT, partidos políticos, católicos ou laicos, tudo isso tem menor valor e relevância. A questão é perceber e antecipar se a partir do dia 12 se pode chegar, mesmo sem se desejar, a uma ‘Praça da Libertação’.

 Tirado daqui
P. S- Talvez o que esta manifestação trás de novo é que não é uma manifestação orgânica ( controlada.... como disse em tempos um antigo presidente da Republica) e não sendo orgânica, poderá agora ou no futuro, ser  difícil controlar..... quem hoje se sente lesado e participa na manifestação . Como se diz em cima...é uma manifestação que traduz um elevado grau de perigosidade, mas e só, para quem gere o poder e faz parte do sistema!...