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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

É Resistir ao Estado de coma

Desconfio que seja esta a razão: perdemos capacidade de nos indignarmos com as atrocidades que nos impõem. Encolhemos os ombros, suspiramos, condescendemos. "Podia ser pior". Ou então: "Lá estão eles outra vez". Os anos da troika induziram-nos num coma. Tolheram-nos a vontade de sonhar, mas amarraram-nos também os membros. Mais um imposto - verde, negro ou de outra matiz -, nova ceifada nas pensões, menos direitos, mais precariedade. Fome. Mais fome. Tem de ser, disseram-nos.
Em parte, foi verdade. O fantasma da nação exangue assomava todos os dias à janela. Empobrecemos como nos pediram. Castigo. Porque andávamos a gastar que nem uns doidos. O BES caiu porque esteve demasiado exposto ao GES. Os portugueses caíram porque estavam demasiado expostos a Portugal.
2014 marcou o adeus à austeridade industrial. O fim da presença da troika não foi, porém, uma linha que existia e se apagou. Não se percebe com nitidez o antes e o depois. 2015 será ainda de joelhos, a penar, embora com a cabeça mais erguida. A economia arrebita, o consumo desperta, mas prevê-se que, no essencial, o resultado final das diferentes equações subsista por tratar: as pessoas.
Partimos para 2015 ansiosos que chegue 2016. Teremos conseguido sair disto? Há boas notícias que nos fazem falta, mas que não temos: as filas da pobreza envergonhada não encolhem; o valor do nosso trabalho não cresce; o nosso orgulho coletivo dilui-se nas pequenas conquistas individuais. Mas se resistimos tanto, não resistiremos mais?
Toda a gente o percebe. O deseja. Menos a Comissão Europeia, para quem já estamos a ficar demasiado moles na aplicação dos sacrifícios. No primeiro relatório pós-troika, atira-nos de novo para o coma de que queremos despertar. Bruxelas não quer os portugueses a ganhar mais; Bruxelas quer os idosos com reformas ainda mais curtas; Bruxelas quer mais impostos nas rendas da habitação; Bruxelas quer, no essencial, o freio mais justo.
Em 2015, pese embora não sermos cavalos amestrados do circo, temos todos a obrigação de lhes dar um coice. Viver em estado de coma não é viver. Viver num Estado em coma também não.                                                                                                                                               
   PEDRO IVO CARVALHO      Jornal de Noticias

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Só alguns Portugueses é que deram a volta à Crise! ..D. Manuel Clemente

.Mas só alguns Portugueses, os mesmos, que nunca souberam o que foi a crise.


Numa entrevista ao  ao jornal Observador, o Cardeal Patriarca de Lisboa diz que os Portugueses souberam dar a volta à crise. Sim ...mas só alguns Portugueses, os mesmos, que nunca souberam o que foi a crise. Os que amealharam milhões do B P N, do B ES  e de outras fontes,  com origem duvidosa. Portugal continua e continuará a afundar-se, enquanto alguns banqueiros e políticos continuarem a ser os donos disto tudo.
Como escreveu Paula Ferreira no Jornal de Noticias ...(Se entender o dar a volta, com mais pobreza, sobreviver na penúria, famílias com fome, conseguiram efectivamente.
E fizeram-no de forma serena, revolta contida. Fizeram-no sem convulsões, sem estilhaçar montras, sem arremesso de cocktails molotov, como vimos noutros países. Quer D. Manuel Clemente queira ou não, aí também deram a volta à crise - não tiveram outro remédio.)






sábado, 20 de dezembro de 2014

E o novo preçário ?..Na Caixa Com Certeza. O novo SPOT T V da Caixa Geral de Depósitos!

A Caixa Geral de Depósitos vai a partir de 5 de Janeiro alterar  os custos aos seus clientes nas manutenções de conta, transferências, cheques, anuidades nos cartões, etc. etc.... Vai alterar para mais caras,em todas as movimentações com este banco que ainda é do Estado.
Quem tiver lá depósitos chorudos é menos afectado. Na actual  situação, em que o cidadão mais fragilizado nos seus rendimentos, ou  menos informado sobre os relacionamentos  com o sistema bancário é o que mais vai sentir, ( ou penalizado), com esta tomada de posição da C. G. de Depósitos.
Hoje quase todos nós, Trabalhadores ou Reformados, somos forçados a receber os nossos ordenados através dos bancos...não temos alternativas.
Quer dizer nós temos o nosso  dinheiro nos bancos e ainda pagamos para eles os banqueiros usarem o nosso dinheiro, em empréstimos que pagam   juros quase incomportáveis. Os juros são o preço pago pelo uso do capital alheio. ... Deveria ser assim...os bancos com os nossos depósitos usam o nosso dinheiro, para ganharem mais dinheiro. Mas em Portugal e com o beneplácito do Banco de Portugal não é assim....nós somos obrigados a ter dinheiro nos bancos ...mas temos que pagar  para lá o ter.

Seria bom que no SPOT T V . badalassem também os novos preços que vão cobrar aos seus clientes








Veja aqui os novos preçários da Caixa Geral de Depósitos a partir do dia 5 de Janeiro de 2014!...

O sistema está nas mãos dos banqueiros, com a ajuda dos políticos. A continuar assim algo muito grave irá acontecer, num período de tempo não muito distante!

Hoje dois terços da Economia é Virtual...só um terço é Real. Em baixo uma demonstração de como o dinheiro é alterado virtualmente. Um valor de 1000, de cada vez que é manuseado e transferido para outro banco o seu valor é alterado!





sábado, 13 de dezembro de 2014

Portugal vende as "as jóias da coroa"


        
 Os dirigentes europeus contavam com Portugal para dar o exemplo em matéria do sucesso da política de austeridade, quando aplicada de forma séria. Que pena! Apesar das restrições sem precedentes, Portugal é obrigado a vender "as jóias da coroa", para travar a espiral do défice.      
                                                                                                                                                                 O Estado português está a ruir a pouco e pouco. Em Abril de 2011, quando recebeu um empréstimo da troika (UE, BCE e FMI) de €78 mil milhões para evitar a bancarrota, o país comprometeu-se a fazer privatizações. Mas sob a chefia de [Pedro] Passos Coelho, o bom aluno da disciplina orçamental exigida, a colocação à venda as "jóias da coroa" – ou do que delas resta – foi acelerada. Com o objectivo de reduzir drasticamente o défice orçamental. No fim de 2012, para satisfação da troika, o país fechou as contas com um défice de 5,6% do PIB, em comparação com os 6,7% do ano anterior. O objectivo era chegar aos 3%, no fim de 2014. O que não vai acontecer
Tal como aconteceu com outras empresas portuguesas, mergulhadas em plena recessão e sujeitas a cortes orçamentais brutais, os estaleiros navais de Viana do Castelo foram postos à venda. Desde 2012, sucederam-se os candidatos noruegueses, chineses e brasileiros à compra do número um nacional do sector  Mas as negociações com a Empordef, a holding estatal proprietária, arrastaram-se. "É por causa desta indecisão que está tudo parado", irrita-se [o presidente da empresa] António Costa. No final, o grupo russo RSI, do magnata Andrei Kissilov, sem qualquer experiência no sector naval, deverá ganhar a corrida até Março  por €10 milhões. De passagem, o Estado deverá pagar a factura mais pesada de €280 milhões. Triste destino o destes estaleiros navais emblemáticos – nacionalizados após a Revolução dos Cravos de 1974 – que, até aos anos de 1990, tinham inúmeras encomendas e chegaram a ter 2800 empregados.

Ansiedade e nervos à flor da pele

Contra o pano de fundo das enormes gruas paradas, centenas de trabalhadores dirigem-se, de cabeça baixa e a passo rápido, para a cantina da empresa. São 13 horas e o almoço está à espera. Para sermos mais precisos, são 526 trabalhadores dos estaleiros navais de Viana do Castelo (Norte de Portugal), situados entre o Rio Lima e o Oceano Atlântico. Esta manhã, como todos os dias, chegaram às 8 horas, para não fazer nada – para jogar às cartas, discutir, matar o tempo. Só uns 30 trabalharam vagamente na reparação de um navio. Desde 2007, a situação da empresa é de declínio lento e, nos últimos meses, a actividade é praticamente nula, devido à falta de encomendas. É verdade que foi assinado com a Venezuela um contrato de dois navios de carga – a entregar em 2014 – no valor de €128 milhões. Mas os trabalhos foram suspensos, sem se saber realmente porquê.
"Aquilo a que estamos a assistir aqui é terrorismo psicológico", comenta, junto à entrada, o presidente da comissão de empresa, António Costa. O seu rosto tem uma expressão tensa e cansada. "Os nervos estão à flor da pele e alguns têm crises de ansiedade. Não fazer nada, não saber nada, dá cabo do moral." António Costa começou a trabalhar aqui aos 14 anos. A maioria passou décadas nestes cais: uma vida inteira. "A maior parte gostaria de pedir a reforma antecipada, aos 55 anos, mas, com a nova lei, é impossível", diz, num tom triste, o seu camarada José Pereira. Partidário da austeridade a qualquer custo, o Governo conservador de Passos Coelho suprimiu as pré-reformas e aumentou a idade legal da reforma para os 65 anos.
Para os cerca de 80 mil habitantes de Viana, como para o resto do país, a grande vaga de privatizações é preocupante. "Algumas destas empresas estatais são jóias  outras jóias falsas, mas são todas grupos estratégicos. E perdemo-las para sempre", diz Bernardo S. Barbosa, director do semanário local A  Aurora do Lima. O presidente da Câmara, o socialista José Maria Costa, partilha uma preocupação nacional crescente: o sentimento de perda de soberania. Num amplo salão municipal, este engenheiro de formação mostra-se furioso com a política do Executivo. "Quando nos despojam de grupos públicos tão importantes, em proveito de empresas estrangeiras e, portanto, de interesses privados, estão, de caminho, a pôr de lado o controlo do nosso destino. Receio mesmo que, a prazo, isso venha a condicionar a nossa liberdade e a nossa democracia."

Destino dos estaleiros suscita angústia

Localmente, é o destino dos estaleiros navais (ENVC) que suscita maior angústia. Depois do hospital público, do município e da empresa alemã Enercon (que emprega 1200 pessoas no fabrico de aero-geradores), os estaleiros são o maior empregador desta região do Alto Minho. Sobretudo, desde que haja encomendas, a sua actividade tem um efeito multiplicador sobre todas as empresas da zona – dos transportes às PME que fabricam peças de montagem, passando pelo comércio local. "Desde que os estaleiros estão parados, é uma tristeza", comenta Lucília Passos Cruz, trabalhadora da indústria hoteleira. "Quando as coisas estavam a andar, os trabalhadores estrangeiros enchiam os restaurantes e os hotéis. Agora, resta-nos o turismo e o surf." Muitos estão convencidos de que há alternativas. "Em vez de vender os estaleiros em saldo, o Estado podia manter o controlo e associar-se a armadores estrangeiros", diz o presidente da Câmara, José Maria Costa. "Países como o Brasil, o México e o Chile precisam muito de barcos. Era possível criar mais de 3000 empregos." Branco Viana, presidente da União Sindical, é da mesma opinião: "O Estado devia, pelo menos, ficar com 35% das acções  Os russos prometeram não tocar nos empregos. Mas, dentro de cinco anos, podem perfeitamente abandonar a empresa e deixar os 526 operários entregues à sua sorte. E nós, os sindicatos, para quem haveremos de virar-nos, para protestar? O Estado poderá estar-se nas tintas!"



A situação actual em relação a esta e outras empresas  resume-se mais ou menos assim...Clic em baixo

Só falta vender 200 de 20 mil activos. Dos 20 mil bens móveis dosEstaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) que ficaram fora da subconcessão .


segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Por acaso é Filho de Durão Barroso. Entrou para o Banco de Portugal por mérito do currículo,

Segundo o creditado comentador Marcelo Rebelo de Sousa, o rapaz foi escolhido  por mérito. Portanto ficamos descansados, não houve ali a mão do pai, a dar um empurrãozinho. Em Portugal isso não pode acontecer. 
Mas vejamos: 
                                                                                                  Luís tem 31 anos.
Saiu dos bancos da escola há dois anos e fez dois estágios laborais de Verão.
Foi  convidado para integrar os quadros do Banco de Portugal, onde habitualmente só se entra por concurso publico, fiscalizado pelo Tribunal de Contas. Mas ele entrou sem concurso, pois é um caso de excepção, de “comprovada e reconhecida experiência profissional”.
É o nosso amigo Luís, que por acaso, e só por ACASO, é filho de Durão Barroso.

O grande problema de PORTUGAL é a qualidade da matéria prima que temos, o povo que vota, que é ignorante, facilmente manipulável por uma comunicação social ao serviço dos poderes económico e financeiro e dos políticos retrógrados e corruptos; POR ISSO, TEM O GOVERNO QUE MERECE!
Quarenta anos depois do restabelecimento da democracia, porque não foram introduzidas no ensino, a todos os níveis a partir do básico, noções cidadania, de boa conduta moral, respeito pelo próximo, isenção de carácter, ética, deontologia profissional, no fundo, o que deve ser o comportamento dos cidadãos em democracia e seu dever em participar activa e politicamente nos destinos do país? Os Portugueses são politicamente analfabetos, manipuláveis pela nojeira de uma comunicação social ao serviço do capitalismo financeiro e económico e dos políticos da direita, seus lacaios.


Recebido por Email.....com algumas ironias da minha responsabilidade.Sublinhado a vermelho-José do Rosário

Para mais informação cliquem nos links em baixo.

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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

História Resumida de Moçambique




 Início da Era Cristã-A região de Moçambique é ocupada por povos bantos.   

Séc.VIII-Os árabes desenvolvem um importante entreposto comercial em Sofala, de onde exportam 

ouro, ferro e cobre do reino do Zimbabué. 

1489-Pêro da Covilhã foi o primeiro navegador português a chegar às costas de Moçambique.

 1498-Vasco da Gama desembarca na Ilha de Moçambique Na região existem diversas cidades-estado administradas por árabes, como Quielimane e Catembe (Maputo).  

1502-Segundo desembarque de Vasco da Gama na Ilha de Moçambique e fundação de uma feitoria. 
Moçambique fica até meados do século XVIII sob administração da India portuguesa.

 1505-Fundação da Feitoria de Sofala 1507/8-Construção do forte de de São Gabriel na Ilha de Moçambique, que se torno no principal local da ocupação portuguesa em toda a costa.  

 1510-Feitoria na Baia do Tungue. 1522-Construção da Igreja de Nossa Senhora das Muralhas.

 1540-Os portugueses estabelecem um entreposto comercial na povoação de Soyouna (Sena, nas margens do Zambeze).  

1544-Fundação de uma feitoria portugues em Inhambane. 1558-Inicio da construção da Fortaleza de São Sebastião na Ilha de Moçambique. 

Séc.XVI-Os portugueses ocupam muitos dos entrepostos árabes, e progressivamente avançam para o interior de Moçambique, atingindo o reino da Monomotapa no Zambézia.

1607-Ataque frustado dos Holandeses. 1614-Fortaleza de S. Miguel de Chicoa. 

1629-O Reino da Monomapata aceita a soberania portuguesa. Construção de fortificações entre os rios Zambeze e Sanháti.   

1671-É decretada a liberdade de comércio com a cidade de Moçambique.  

Sec.XVII--Instituição dos Prazos.

1752-Subordinação directa de Moçambique à Coroa Portuguesa.  

1798-Lacerda e Almeida realiza uma expedição pelo rio Cunene, mas acaba por morrer no Cazembe (Zimbabué).  

1822-A Inglaterra tenta apoderar-se de Lourenço Marques (Maputo), apenas abandonando esta pretensão em 1875.

1869-É abolido o tráfico de escravos nas colónias portuguesas.

1869-Acordo com a Republica do Transval sobre os limites da fronteira sul de Moçambique.  

1875-Na sequência do incremento das explorações mineiras no Transval (África do Sul) são 

estabelecidos os primeiros acordos para a exportação de mão-de-obra moçambicana. 1884/5-

Conferência de Berlim, na qual as potencias europeias dividem a África entre si. As fronteiras de Moçambique só ficam definidas em 1891.

1891-Inicio da criação das grandes companhias de Moçambique que gerem e controlam grande parte do território até final dos anos trinta do século XX. 

1894-Caminho de Ferro de Maputo à Fronteira do Tranval. A Alemanha evoca direitos de propriedade sobre a Baia de Quionga. Estes territórios só foram recuperados após a 1ª. Guerra Mundial (1914-1918).  

1895-Mousinho de Albuquerque, prende Gungunhana, o chefe dos Vátuas, em Chaimite. Os Vátuas foi um dos povos moçambicanos que mais resistiu à ocupação colonial.

1897- Morte de Magiguane, o último dos grandes chefes tradicionais moçambicanos que se opunha ao colonialismo.

 1899-Linha de Caminhos de Ferro da Beira até Untali (Rodésia Sul).Construção de outras linhas (Maputo a Goba na Suazilandia, Inhambane a Inharrine)

1907-Transferência da capital de Moçambique da Ilha do mesmo nome, para o continente.

1910-1926- Após a implantação da 1ª.República em Portugal (1910-1926), desencadeia-se um intenso esforço de desenvolvimento deste território (portos, vias de comunicação, escolas, plantações, etc). 1916-Abril. O Corpo Expedicionário Português recupera Quionga, ocupada pelos alemães em 1894. 1917-Invasão Alemã no Rovuna. Ataque a Muite outras povoações. 

1918-Linha de Caminho de Ferro de Maputo a Marracuene.  

 1919-Criação do Liceu de Lourenço Marques, por transformação da Escola Prática Comercial de 5 de Outubro.1922-Caminho de Ferro entre a Niassalandia e a Beira. 1925-Prisão de 300 trabalhadores 
na sequência de uma greve geral. Edição da jornal operário, O Emancipador (Maputo).  

1929-A Ditadura que governa Portugal limita o poder das grandes companhias em Moçambique.Termina o contrato com a Companhia do Niassa (1894-1929), que detinha 25% do território de Moçambique. 

1937-Inicio de grandes obras de colonização (Planos sexagenais).Inicio das linhas áreas em Moçambique (Maputo a Germinston no Transval).Criação da Escola Técnica de Lourenço Marques (Maputo). 1938-Linha de Caminhos de Ferro do Limpopo.    

 1941-Termina o contrato com a Companhia de Moçambique (1891-1941), a últimas das denominadas companhias magestáticas que controlavam 2 terços do território.  

1947-Linha aérea de Maputo a Lisboa. 1948-Prisão em Maputo de centenas de negros que são deportados para S. Tomé e Princípe.    

1949-Fundação em Maputo, por Eduardo Mondlane e outros, do Núcleo dos Estudantes Secundários Africanos.    

1959-Fundação do MANU- União Nacional Africana de Moçambique. 1960-16 de Junho. Massacre de Mueda (17mortos).Fundação em Salisbúria da UDENAMO (União Nacional Democrática de Moçambique).A Assembleia Geral das Nações Unidas, a 14 de Dezembro, proclama a Declaração à Independência dos Territórios portugueses e Povos sujeitos ao Domínio Colonial.  

1961-Abolição legal das diferenças de estatuto entre indigenas e assimilados (Dec.-Lei 43.893 (6 de Setembro).Condenação por 90 votos contra 3, pela Comissão de Tutela da ONU, da política colonial portuguesa (13 de Novembro)Fundação no Malawi da UNAMI (União Africana de Moçambique Independente). 

1962-Fundação da Frelimo, pela fusão de três movimentos de libertação (UDENAMU, MANU e UNAMI).Eduardo Mondlane é eleito presidente da Frelimo (25 de Junho)..I Congresso da Frelimo em Dar-es-Salam (23 de Setembro)Os anos 60 marcam um período de grande desenvolvimento económico em Moçambique

1963-Fundação de um novo movimento político denominado FUIPAMO (Frente Unida Anti-Imperialista Popular Africana de Moçambique (21 de Maio).Greve dos estivadores em Maputo, Beira e Nacala (Agosto).  

1964-Inicio da Guerra de Libertação.As operações começam em cinco distritos: Cabo Delgado, Niassa, Tete, Zambézia e Moçambique, tendo falhado nas três ultimas.. 

1965-É dissolvido o Centro Associativo dos Negros de Moçambique (15 mil associados).

 1967-1968-Inicio da Construção de Cabora Bassa. Abertura de novas frentes de guerrilha da Frelimo nos distritos de Tete e Zambézia.

1969-Conferência Internacional de Solidariedade para com o povos das Colónias Portuguesas e da África Austral, em Kartum (18 de Janeiro).Assassinato de Eduardo Mondlane em Dar-es-Salam (3 de Fevereiro).Formação de um triunvirato formado por Samora Machel, Marcelino Santos e Uria Simango (Abril).Uria Simango é suspenso do triunvirato (5 de Novembro).   

1970-Conferência Internacional de Solidariedade para com o povos das Colónias Portuguesas, em Roma (26 de Julho).Os dirigentes dos principais movimentos de libertação das colónias portuguesas são recebidos em audiência pelo Papa Paulo VI (1 de Julho).Nomeação de Samora Machel e Marcelino dos Santos para presidente e vice-presidente da Frelimo (14 de Maio).

1972-A 16 de Dezembro, as tropas portuguesas cometem em wiriyamu (Tete), uma das piores chacinas desta guerra que travam contra a Frelimo. Uma aldeia inteira é exterminada. O massacre impressiona profundamente a comunidade internacional.

1974-25 de Abril. Derrube da ditadura em Portugal. Estão criadas as condições para o reconhecimento da Independência de Moçambique. Costa Gomes (membro da Junta Militar que governa Portugal) visita Moçambique.A Frelimo intensifica as acções de guerrilha, tirando partido da fragilidade da indefinição política que reina em Portugal.Aumenta o número de militares portugueses que se recusam a combater.No inicio do mês de Junho, em Lusaca, o ministro português Mário Soares e o dirigente da Frelimo Samora Machel iniciam contactos exploratórios com vista ao estabelecimento do cessar fogo e à independência de Moçambique.>22 de Julho. A estrutura coordenadora política dos militares portugueses em Moçambique (MFA), solicita a Lisboa a independência imediata deste território e a sua entrega à Frelimo.30 de Julho a 2 de Agosto. Conversões em Dar-es-Salam, entre o ministro português Melo Antunes e a Frelimo)Sabe-se que(clic para ouvir) uma companhia portuguesa, em Omar (norte de Moçambique), na ausência do seu comandante entrega-se à Frelimo e é conduzida prisioneira para a Tanzânia. O caso espelha a desmoralização em que se encontravam as tropas portuguesas.Portugal reconhece perante o secretário-geral da ONU, em Lisboa, o direito de Moçambique à Independência.14 de Agosto. Novo encontro entre um delegação do governo português e a Frelimo, em Dar-es-Salam.A delegação portuguesa é constituída por Mário Soares, Melo Antunes e Almeida Santos.5 a 7 de Setembro. Uma delegação do governo português e outra da Frelimo estabelecem em Lusaca, os termos do Acordo sobre a Independência de Moçambique. O Acordo foi assinado pelo presidente da República portuguesa a 9 de Setembro.7 a 17 de Setembro. Rebelião, em Maputo e na Beira contra os termos do Acordo de Lusaca. A comunidade portuguesa em Moçambique e muitos outros moçambicanos sente-se lesada com o processo. Registam-se dezenas de mortes e destruições. Muitos portugueses residentes em Moçambique partem na altura para a África do Sul e Rodésia.10 de Setembro. As tropas portugueses começam a transportar militares da Frelimo para vários pontos de Moçambique tendo em vista, evitar situações de vazio de poder em todo o território e possíveis desacatos.21 de Setembro. Toma posse um governo de Transição, presidido por Joaquim Chissano.No dia 21 de Outubro, elementos armados da Frelimo envolvem-se em confrontos com comandos das forças militares portuguesas, provocando diversos mortos em Maputo.  
 1975-Fins de Maio. Samora Machel regressa a Moçambique.Independência de Moçambique a 25 de Junho, conforme o estabelecido nos Acordos de Lusaca. Samora Machel é o primeiro presidente da república.É estabelecido um regime de partido único, a Frelimo. Inicia-se um processo de construção de um Estado Socialista. Os principais sectores económicos do país são nacionalizados. O governo moçambicano apoia os movimentos nacionalistas que na África do Sul e no Zimbabué lutavam contra os regimes racistas. As fonteiras do Zimbabué (antiga Rodésia) são fechadas.Fundação da Renamo, o movimento de resistência ao regime monopartidário marxista que se instalara em Moçambique. A Renamo conta inicialmente com o apoio da Rodésia, África do Sul e indirectamente dos EUA.. A Renamo capitaliza em seu benefício os descontentamentos populares, sobretudo nos meios rurais.Fecho das fronteiras com a Rodésia, decisão que se mantém até 1980.Apoio à luta de libertação do Zimbabué.                                                                                                                    1977-Inicio da guerra civil. Até 1992 esta guerra devasta o país e conduz à morte 1 milhão de pessoas e mais de 3 milhões de refugiados.A guerra civil provoca uma paralesia da educação, saúde e da agricultura.Inicio de grandes secas que se prolongam até 1978, produzindo um número indeterminado de vítimas.  

1980-A África do Sul apoia a Renamo.Chegada das tropas do Zimbabué para controlar as oleodutos e linhas ferroviárias entre Mutare e a Beira.Estas tropas só sairão de Moçambique em 1993.As secas que ocorrem entre 1982 e 1984, provocam mais de 100 mil mortos e deixam à fome cerca de 4 milhões.   

1984-Acordo de Nkomati. Moçambique deixa de dar apoio ao ANC e a África do Sul à Renano.As cheias neste ano desalojam 50 mil pessoas e destroem grande parte das colheitas.   

1986-Morte de Samora Machel num desastre áereo. Joaquim Chissano é o novo presidente de Moçambique.A Renamo declara guerra ao Zimbabué.A Tanzânia envia tropas para Moçambique para apoiar o governo. 

1987-Agosto. Massacre das populações de Homoine (cerca de 400 mortos) e do Manjacaze (c.80).

1988-Abre-se de novo a possibilidade da emigração dos moçambicanos para as minas da África do Sul.Grandes cheias, as últimas haviam sido em 1985..

1989-A derrocada do bloco da ex-União Soviética provoca uma ruptura nos apoios aos regimes marxistas em todo o mundo, o que se reflecte em Moçambique.A Renamo não tarda em perder os seus apoios no Zimbabué e na África do Sul.A Frelimo abandona o marxismo-leninismo.Inicio de conversões entre a Renamo e a Frelimo, em Roma, sob a égide do Quénia e do Zimbabué.

1990-Introdução de um sistema multiparditário. Abertura do país à economia de mercado. 

1991-Inicio da fome em grandes áreas de Moçambique.4 de Outubro. Assinatura, em Roma, de um tratado de paz entre o governo e a Renamo, pondo fim a 16 anos de guerra civil .Na altura da assinatura a Renamo controlava cerca de 20 % do território.  

1992-Dezembro-A ONU envia para Moçambique forças para a manutenção da paz.Continua a seca de 1991, afectando uma grande parte do território Moçambicano.

1993-Retirada das forças do Zimbabué e que auxiliavam o governo a controlar as vias de comunicação entre a Beira e o Limpopo.Agosto.A ONU lança um programa de repatriamento para refugiados que termina em Maio de 1995 (cerca de 1 700 000 refugiados serão repatriados para Moçambique).  

 1994-27 e 29 de Outubro.Eleições democráticas. A Frelimo é o partido mais votado para o parlamento, e Joaquim Chissano para a presidência da república.O novo governo dirigido por Pascoal Mocumbi, tem pela frente uma enorme tarefa, a reconstrução do país. A reintegração dos guerrilheiros e o controlo do banditismo estão na ordem do dia.Grandes secas que se prolongam por 1995, produzindo milhares de vítimas.

1995-Março. As instituições internacionais acordam num plano de reformas económicas e de diminuição da pobreza. A divida externa do país é elevadissima, assim como as assimetrias de desnvolvimento. 

1996-Moçambique adere à Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLOP). 

1998-Tensão nas relações entre o Presidente Chissano e o chefe da Renamo, por ocasião das eleições municipais.9 de Março.Joaquim Chissano e Afonso Dhlakama encontraram-se para debaterem divergências sobre alegadas irregularidades no processo relativo a preparação das primeiras eleições  autárquicas.Junho.Realizam-se as primeiras eleições autárquicas nas principais cidades do país, mas sem a participação da Renamo, que não reconheceu os resultados.

1999-3 e 5 de Dezembro.Novas eleições legislativas e presidenciais. A Frelimo e Joaquim Chissano são novamente declarados vencedores, mas a Renamo - união eleitoral recusa-se a aceitar os resultados, declarando que houve fraude. 

2000-Fevereiro e Março.Grandes cheias. Para além de um número considerável de vítimas, as frágeis estruturas económicas são duramente afectadas.A Renamo promove diversas manifestações pelo país.Em consequências de confrontos com a polícia morrem 40 manifestantes.A oposição exige a recontagem dos votos das eleições de 1999.22 e 23 de Novembro.Perseguições e detenções pela polícia de membros dos partidos da oposição. Cerca de uma centena de detidos morre na cadeia de Montepuez, na província de Cabo Delgado (norte).20 de Dezembro.Iniciam-se novas conversações entre o presidente moçambicano Joaquim Chissano e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, como resultado das pressões da sociedade moçambicana e da comunidade internacional, nomeadamente da União Europeia, tendo os dois líderes anunciado reuniões subsequentes e terminado o encontro com um simbólico aperto de mão. 

2001-19 de Fevereiro.Conversações entre a Renamo e o Presidente Chissano, para analisar as reivindicações deste movimento político.As conversões posteriores apenas serviram para aprofundar as respectivas divergências, nomeadamente sobre as alterações pontuais à Constituição da República. 
Trechos retirados da internet ,sendo propriedade de quem os publicou!....
Compilados e publicados por :José do Rosário

Ficamos por aqui....

Sobre a  1.ªCompanhia de Cavalaria  do Batalhão  8421, que se rendeu à Frelimo, estou a recolher dados para talvez publicar um artigo!
Das muitas informações já recolhidas,diz-se que a atitude destes militares provocou sérias situações aos negociadores em Dar-Es- Salam e Lusaca. Diz-se que quando o general Spinola teve conhecimento até    chorou....