Igreja solidária com imigrantes explorados no Alentejo
O vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa manifestou solidariedade com os imigrantes explorados no Alentejo, juntando a sua voz à do bispo de Beja na denúncia da situação.
"Queria unir a minha voz à do senhor D. António Vitalino, o bispo de Beja, e à Cáritas Diocesana de Beja, na denúncia da situação de exploração, de extorsão de salários e de violência física a que têm sido submetidos no Alentejo, no distrito de Beja, alguns trabalhadores romenos e tailandeses", disse hoje António Marto.
O prelado sublinhou que estes imigrantes "têm sofrido uma verdadeira escravatura, uma verdadeira exploração social, em condições sub-humanas e infra-humanas de trabalho, de vida, de habitação".
"Quero fazer-me também porta-voz deste grito de denúncia destas condições e de solidariedade", expressou.
O também bispo da Diocese de Leiria-Fátima referiu que o momento actual que o mundo atravessa é de globalização, "em que este fenómeno da migração se insere, com todas as consequências resultantes da crise económica, financeira e social".
"O fenómeno migratório reveste-se das características, das consequências da globalização, com todos os efeitos benéficos que traz de mobilidade, de intercâmbio, e com todos os efeitos perversos de uma globalização perversa que pode acontecer", anotou.
Nesse sentido, António Marto defendeu que esta situação exige, "naturalmente, a cooperação internacional dos Estados, mas exige uma grande transformação da mentalidade das pessoas e do compromisso da sociedade civil", quer dos cidadãos, quer dos empresários.
"Porque há crimes que estão a ser cometidos que não em nome do Estado", referiu, sublinhando que ocorrem "a título de uma pessoa que tem responsabilidades por uma actividade empresarial".
"Queria unir a minha voz à do senhor D. António Vitalino, o bispo de Beja, e à Cáritas Diocesana de Beja, na denúncia da situação de exploração, de extorsão de salários e de violência física a que têm sido submetidos no Alentejo, no distrito de Beja, alguns trabalhadores romenos e tailandeses", disse hoje António Marto.
O prelado sublinhou que estes imigrantes "têm sofrido uma verdadeira escravatura, uma verdadeira exploração social, em condições sub-humanas e infra-humanas de trabalho, de vida, de habitação".
"Quero fazer-me também porta-voz deste grito de denúncia destas condições e de solidariedade", expressou.
O também bispo da Diocese de Leiria-Fátima referiu que o momento actual que o mundo atravessa é de globalização, "em que este fenómeno da migração se insere, com todas as consequências resultantes da crise económica, financeira e social".
"O fenómeno migratório reveste-se das características, das consequências da globalização, com todos os efeitos benéficos que traz de mobilidade, de intercâmbio, e com todos os efeitos perversos de uma globalização perversa que pode acontecer", anotou.
Nesse sentido, António Marto defendeu que esta situação exige, "naturalmente, a cooperação internacional dos Estados, mas exige uma grande transformação da mentalidade das pessoas e do compromisso da sociedade civil", quer dos cidadãos, quer dos empresários.
"Porque há crimes que estão a ser cometidos que não em nome do Estado", referiu, sublinhando que ocorrem "a título de uma pessoa que tem responsabilidades por uma actividade empresarial".
Agência LUSA.
Comentário: Casos como este, a que podemos juntar outros de imigrantes ucranianos, eslovacos, etc, que trabalham na construção civil e que muitas vezes não recebem os seus salários e ainda são chantageados por empresários/construtores sem escrúpulos revelam bem as fragilidades de um Estado que se diz caminhar para atingir a linha da frente do pelotão europeu. O preocupante desta questão é saber porque razão o Estado não detecta e não combate estas situações à nascença, tendo tantos organismos disseminados no território nacional. E já agora também a Câmara Municipal da Vidigueira que tem a obrigação e o dever de conhecer toda a realidade do seu concelho. É que assim não há solidariedade que chegue quando o poder central e o poder local falham na detecção e no combate destas e de outras situações.
<< Página inicial