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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Para Alvalade com Amor

          

                                                                                                                                                                                                                          Ladeira do Quedas                                                            


Alvalade nasceu triste
Com muitas vidas azedas
Mas hoje é forte e resiste
Como  A ladeira do Quedas




Ladeira do Quedas onde
Eu brinquei em menino
Jogando ao esconde -esconde 
Ou então fazendo o pino




As moças do Serradinho
Por ela  é que vão à fonte
Com namoros no caminho
 E um alta no horizonte


Se a cancela está fechada
Passa o comboio a carvão
Leva quatro carruagens
Todas cheias e um vagão


Eduardo Olimpio Escritor Alentejano ( Alvaladense)


Lavrador ?


Não!
não é para ti fidalgo/burguês
que usas o nome.
Lavras-te uma vez?
Não!


não é para ti
espectador de touradas
que caças que matas
e vais a torneios
exibes troféus comungas na missa
e esqueces por vezes
os Dez mandamentos
da lei de Deus.


 Não!
não é para ti
senhor de criados
Que herdaste e não sabes
Aquilo que tens.
Teu nome lavrado
com sangue burguês
Lavrador te chamam
Lavras-te uma vez?


Manuel Xarepe  escritor e poeta Alentejano


Dois trechos tirados do livro  Para Alvalade com Amor. 


A venda deste livro reverte  para a ajudar à construção do Lar de Idosos em Alvalade-Sado





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