Ao primeiro ministro indigitado!....
Sr. (novo) primeiro-ministro. Eu cidadão (quase) anónimo, lido apenas por alguns maduros que me conhecem e têm a paciência de o fazer, venho modestamente mas com a pretensão da experiência vivida por algumas décadas, metade em ditadura, metade em democracia, venho, dizia, dar-lhe meia dúzia de conselhos que facilmente dispenso até porque sei que jamais os lerá. Mesmo assim dou-os !..
JM
1º conselho – Não minta, não
aldrabe, nem sequer doure pílulas pretas e amargas. O povo não é parvo – ao
contrário do que muitos políticos pensam – e percebe bem quando está a ser enganado,
quando lhe vendem gato – sonhos – por lebre – dura realidade. Diga a verdade
nua e crua. SEMPRE.
2º conselho – Não se tome ares de
grande senhor. Você está aí porque a maioria lhe deu a confiança (eu não, mas aceito-a), para ser
capaz de levar a bom porto esta nau desgovernada e esburacada, quase a
afundar-se. Confiam em si para evitar um naufrágio. Para isso seja capaz de
fazer as pontes necessárias mas sem vender a alma. E não esconda nada que a
gente descobre sempre tudo.
3º conselho – Não tenha medo do
poder das corporações quaisquer que sejam (ex. da justiça, dos sindicatos, dos
patrões, da finança, dos construtores, dos professores, dos grandes interesses
empresariais e financeiros nacionais ou europeus). Faça-lhes frente sempre com
o interesse de Portugal em primeiro lugar. Quando tiver que negociar
compromissos seja duro mas imaginativo. Rodeie-se de gente competente, séria e
justa.
4º conselho – Não se ‘venda’ aos
interesses (por esta ordem) do partido, do dinheiro, do poder, da ascensão
social inebriante, das corporações.
5º conselho – Não faça da
política e do exercício do poder um espectáculo de ‘show off’, de auto-promoção
sua ou do seu partido. Use-o para co-responsabilizar o país com as medidas
duras que vai ter que tomar. Seja aberto e não esconda da gente os compromissos
de gabinete.
6º conselho – Escolha os
colaboradores EXCLUSIVAMENTE em função
da sua competência e experiência para o cargo/função a desempenhar. Não se esqueça
que o poder é temporário e quando o perder os ‘boys’ vão abandoná-lo e dizer
mal de si. Os colaboradores sérios NÃO.
Muitos mais poderia dar mas
fico-me por aqui. Espero que os siga.
Tirado da Internet e compilado por mim!
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