O Casamento das militares da G N R!
O que mais me preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem carácter, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons . .
Martin Luther King
Era um facto esperado que só admira por tardio. Já estava previsto acontecer logo que a iníqua lei fosse aprovada. Temos uma sugestão a fazer às jovens nubentes: a nossa cabo deveria convidar o Sr. Ministro entre todos o primeiro, para padrinho, ou mesmo madrinha de casamento – a partir de agora a ordem é arbitrária – já que foi do seu grupo de “alfaiates” de leis, que saiu a proposta de legalidade agora em vigor; e a nossa capitão deverá endereçar o mesmo convite, ao recém-empossado inquilino de Belém, que genuflectiu sobre o diploma apesar de – confissão sua – não concordar com ele. E que diabo, sempre se respeitava a hierarquia entre praça e oficial; bandalheira sim, mas não tanta! Idêntico convite deveria ser endereçado ao coordenador Louçã e ao operário Jerónimo, para que, vestidos de meninas imaculadas e uns enfeites no cabelo, abrissem o cortejo transportando as alianças; e também, no mínimo, uma participação do evento ao Passos laranja e ao Paulinho das feiras, a fim de poderem espreitar o evento, já que aparentaram vontade de participar na boda. As paredes nuas do registo civil seriam ornamentadas com um grupo coral constituído por uma escolha de deputados inspirados nos tenores italianos (com voz de falsete), que cantariam árias burlesco – eróticas a quem o mestre maior do Oriente Luso, serviria de maestro. Ámen.
Já sei, sou um reaccionário sem respeito pela “liberdade” alheia que o “progresso” desacreditará. No meu estertor, porém, lamento informar que nem tudo o que se diz e faz é ou tem de ser aceitável, muito menos respeitável e que, para o caso de não terem reparado, também tenho direito a opor-me e, eventualmente, a que me perguntem o que penso, já que se dizem tão democráticos.
Ora
nenhuma destas premissas parece fazer vencimento, nem em políticos, comentadores
ou na classe dos jornalistas, que é quem filtra as notícias a serem divulgadas
para a opinião pública. São assim como uma espécie de comissão de censura
gigante, sem coronéis (visíveis) a tutelar. E há quem se lhes arrogue a
autoridade de um 4º poder. Resta só saber quem os elegeu… A
campanha nos “média” a favor dos casos de acoplamento de sexos idênticos – a
caminho de serem transformados em “géneros”, onde irá parar a esquizofrenia? -,
destina-se a tornar o assunto banal e por isso “normal”. E a condicionar
psicologicamente a maioria da população o que, diga-se em abono da verdade, têm
conseguido. O assunto é até mais grave pois não fica por aqui: é um processo subversivo
da sociedade.
Quando a televisão pública, por ex.,
dedica 30 segundos à tomada de posse do novo Chefe de Estado-Maior General das
FAs – logo um acontecimento menor – (e os outros canais, creio, que nem se
referiram a tal); e por causa de uma morte repugnante originada numa cena
infeliz, sórdida e canalha, de um conhecido pederasta – cuja mais valia conhecida
foi a de fazer crónicas sociais, de grande profundidade cultural e metafísica (!),
para a imprensa cor de rosa – os telejornais (todos) abriram durante vários
dias com a notícia. O que se há-de pensar? E estas notícias não duraram
segundos, levaram muitos minutos e repetiam-se à exaustão, enviaram-se
repórteres e coscuvilhou-se de tudo um pouco.
Isto
não tem nada a ver com a sacrossanta liberdade de informação: isto merece a
maior censura social porque é um nojo. E, no fundo, é como no casamento das
“senhoritas”: tentar transformar vícios privados em públicas virtudes.
Filosofemos.
É
por estas e por outras que, enquanto os povos sujeitos a ditaduras, aspiram à
democracia (mesmo sem saberem muito bem o que isso é), nas democracias, ao fim
de algum tempo, sobretudo nas que se deixam degenerar nas regras e na moral, os
povos começam a pensar em ditadura! Infelizmente, a solução não está em nenhuma
delas (isto depois de se terem inventado e testado numerosas ideologias e
formas de governo, à esquerda e à direita, falhando todas!).
A
solução está na escolha representativa dos homens bons, íntegros, capazes e
desprendidos, que sejam pelo bem comum e que sejam colocados nos lugares de
responsabilidade. Quando, raramente, isso acontece os povos prosperam, a
justiça aperfeiçoa-se, a vida melhora.
No
fundo, trata-se da eterna luta entre o Bem e o Mal. Luta essa que nenhuma
religião, também, conseguiu “resolver”, sem embargo das teologias existentes –
que também lutam entre si – e que, sem excepção postergam a solução final para
o que acontecer depois da morte…
Verificando-se
que a vida na terra – inserida no cosmos – consubstanciada nas leias da
natureza, o que engloba os seres vivos e inanimados, a geografia, o clima, etc.,
vivem em equilíbrio e geram o equilíbrio, não deixa de ser assaz perturbador
constatar que o homem constituiu-se no único e extraordinário perturbador das
leis naturais. É o único ser vivo que pratica a guerra; depreda até à exaustão
os recursos naturais; altera o clima; quer mudar as leis genéticas; é capaz de
matar a sua descendência ainda antes desta
nascer e mesmo não acreditando em Deus intenta desafiá-lo no seus poderes e
competências…
E
passou a estar de tal modo centrado no seu “eu” que deixou de perceber porque é
que uma zebra fêmea não se satisfaz sexualmente com outra fêmea até porque isso
representa romper com o equilíbrio da espécie.
E
não se querer perceber, ainda, a gravidade que um comportamento semelhante tem
numa Instituição Militar é algo de que já não me ocuparei hoje. Já filosofei ......demais.
João José Brandão Ferreira T. Cor/ Pilav (Ref.)
João José Brandão Ferreira T. Cor/ Pilav (Ref.)
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