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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Dois em cada três idosos, não têm rendimentos suficientes para pagar o lar





                           
                         Rendimento dos Idosos-        

Dois em cada três Idosos não tem Rendimentos Suficiente para pagar um Lar A maioria dos idosos, que vive em lares, tem um rendimento inferior à mensalidade da instituição, tendo de recorrer a poupanças ou a apoios familiares para conseguir pagá-la, como revela o estudo da DECO que envolveu uma amostra de 690 portugueses. De acordo com o estudo publicado na revista Proteste, a mensalidade de um lar em Portugal é, em média, 770 euros. Este valor médio é mais elevado, devido à influencia das mensalidades das instituições privadas, cuja média ronda os 925 euros, em detrimento das instituições públicas que se situa-se nos 550 euros. Como comprovam os valores, há uma discrepância avassaladora no valor das mensalidades entre os dois tipos de instituições. De acordo com os dados divulgados na base de dados Pordata13, em 2014, cerca de três quartos do total de pensionistas de velhice do regime geral da Segurança Social dispunham de uma reforma entre 262 e 500 euros. O estudo demonstra que, em mais de metade dos casos (53%) são os familiares que comparticipam no pagamento das mensalidades das instituições. . Os cerca de 10% que beneficiam de apoios financeiros recebem, em média, 420 euros. Além da mensalidade fixa, as instituições podem cobrar valores extra para prestação de serviços e de meios essenciais aos idosos como fraldas medicamentos Dois em cada três idosos que vivem em lares têm um rendimento inferior à mensalidade da instituição, tendo de recorrer a poupanças ou à família para conseguir pagá-la, revela um inquérito da DECO que envolveu 690 portugueses.
O estudo da revista Proteste, que decorreu  em Portugal, na Bélgica, na Espanha e em Itália, envolveu uma amostra da população entre os 50 e os 65 anos, tendo como destinatários familiares de utentes de lares que acompanharam o processo de institucionalização.
A Proteste recebeu 3.130 respostas,  a maioria (70%) de filhos de idosos institucionalizados.
Os resultados do inquérito, publicados na edição de Março/Abril da Proteste, indicam que um em cada quatro idosos precisa de mais de 500 euros por mês para completar o valor da factura.
A estadia num lar custa, em média, 770 euros mensais, um valor que é inflacionado pelas mensalidades das instituições privadas, cuja média ronda os 925 euros. Nas públicas situa-se nos 550 euros.
Os (53%) são os familiares que desembolsam o dinheiro em falta.
Já 38% dos utentes vão buscar essa parcela às suas poupanças. Na Bélgica, em Espanha e em Itália a tendência é inversa, com 69%, 51%, 50% dos idosos, respectivamente, a recorrerem ao seu pé-de-meia para fazerem face às despesas com o lar.
A esmagadora maioria dos inquiridos que disse apoiar o familiar não tem nenhum tipo de apoio financeiro. Os cerca de 10% que beneficiam recebem, em média, 420 euros.
Além da mensalidade fixa, os lares podem cobrar bens e serviços extras, como fraldas, medicamentos e fisioterapia, que representam, em média, um gasto mensal de 125 euros.
Mais de três quartos dos inquiridos disseram ter de pagar a mensalidade por inteiro quando os familiares se ausentam do lar por longos períodos. Apenas 5% afirmaram estar isentos até um determinado número de dias, fixado pela instituição, e terem beneficiado de um abatimento equivalente ao preço da alimentação.
Os autores do estudo consideram “compreensível que determinadas despesas fixas da instituição tenham de ser cobradas, independentemente de o idoso estar ou não presente”, mas defendem que deve haver, pelo menos, uma redução da mensalidade durante esse período.
Cerca de 30% dos idosos pagaram uma caução para serem admitidos, na maioria dos casos a rondar os mil euros, que serve de garantia de pagamento de prestações em dívida ou de eventuais danos causados ao mobiliário ou às instalações.
Contudo, cerca de dois terços revelaram não ter recebido a caução quando os idosos deixaram a instituição, sendo a situação mais frequente nos lares público-privados: oito em cada dez ficaram com o dinheiro.
O inquérito indica ainda que 40% denunciaram problemas relativamente aos “aspectos legais e financeiros do funcionamento dos lares”, como custos inesperados, incumprimento de actividades prometidos e aumento inesperado da mensalidade.

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