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sábado, 30 de abril de 2011

Troika reestrutura Portugal de alto a baixo

Segundo o Dia rio de Noticias  de hoje o governo que sair das próximas eleições não poderá renegociar as medidas propostas pela Troika. Se recordarmos algumas posições anteriores dos possíveis ganhadores das próximas eleições ficaremos confusos como será o futuro deste País.José Sócrates disse que nunca governaria  com medidas impostas pelo Fundo Monetário Internacional. Passos Coelho fez parte da maioria que revogou o programa publicado pelo governo da avaliação dos professores. Agora o Tribunal Constitucional deliberou por maioria considerar a medida tomada pela Assembleia da Republica de inconstitucional. Portanto o que se pode deduzir já, é que nem José Sócrates tem autoridade moral para vir a liderar um governo que terá que cumprir aquilo que é imposto pela Troika, e muito menos quando se diz que as medidas não são negociáveis. Quanto a Passos Coelho e segundo algumas vozes dentro do seu partido que vão dizendo algumas palavras para os média, eu arrisco-me a prever uma vida curta na política do dr. Passos Coelho. À esquerda são conhecidas as posições de nem sequer quererem reunir, com os representantes do capital. Como dizem os jornais de hoje as medidas apresentadas pelos negociadores internacionais não podem ser negociáveis, o que quer dizer.... que quem manda são eles,..... aos Portugueses resta-lhes apenas fazer o que eles mandam, esteja lá quem estiver de esquerda ,do centro ao da direita..! Sendo assim não sei, porque é que vamos perder tempo com eleições. Nem sequer a Assembleia da Republica tem razão de existir, para legislar temos o Tribunal Constitucional. Se isto não fosse Portugal, eu pensaria estar a ler um qualquer livro de um autor discípulo  de Georges Politzer, em que se mistura idealismo e materialismo e outras tretas, para dar o resultado a que este País chegou.Ninguém abre uma porta de esperança, tomando medidas, em casos concretos, como algumas  que mostro em baixo


Ao que  parece somos todos culpados. O Zé Povinho porque não acerta quando vai votar. Mas , há outros  que são mais culpados . E se todos podemos e devemos corrigir alguma coisa, há quem possa e deveria corrigir quase tudo.
Quem? Pois muito principalmente os bancos. 
Foram os bancos que concederam, e muito frequentemente forçaram, crédito ao Estado e aos particulares, para além, do que razoavelmente eles poderiam suportar. E não foram, toda a gente sabe, apenas os bancos nacionais. Foram também os bancos espanhóis, alemães, franceses, etc., que, sem medir convenientemente os riscos, emprestaram muito mais do que deviam para garantir rendimentos colossais aos seus gestores. Nesses tempos as agências de rating eram laxistas e os triple ei abundantes. 
Mas hoje, que os tempos são outros e os triple ei desapareceram dos nossos horizontes, as administrações dos bancos continuam a atribuir-se remunerações estratosféricas, a malta afluente continua a debandar para a estranja, o Sporting está em negociações para comprar um israelita por um milhão de euros, Portugal tem três equipas nas semi-finais da Taça Europa, e a gente pergunta-se ainda: Onde é que está a crise? De onde lhes vem o dinheiro?
Com discursos bem intencionados não vamos, lá porque há muito que os valores deixaram de valer. 
Se queremos que as pessoas poupem, os bancos têm de garantir confiança nos depósitos e remunerá-los de forma atractiva; se queremos reduzir as importações e aumentar a capacidade produtiva os bancos deveriam travar a fundo o financiamento das primeiras e tornarem-se parceiros responsáveis da recuperação económica. 
Como é que isso se faz? Como é que se induz a banca a trilhar outros caminhos? Em Portugal a Banca está muito concentrada em três ou quatro bancos privados e um público. Não deveria ser difícil obter- um acordo de regime entre o Estado e a banca para a prossecução de uma política de crédito menos desastrada. 
Bem sei que até um acordo de regime partidário é dificílimo em terra onde subsiste o
tribalismo. 
Mas é forçoso reconhecer que ou a banca muda o vício consumista e o despesismo infrene ou a situação mudará a banca. A começar por aquela, a Caixa, que deveria dar o exemplo e não dá porque se comporta como a ovelha do rebanho na cauda a pisar a caca que as outras vão deixando pelo caminho.
A Caixa tem sido, objectivamente, um dos maiores culpados da situação desastrosa a que chegámos, quando lhe competia ter sido exactamente o contrário. Assim, para que queremos uma Caixa pública?
Para emprestar ao BPN e ao BPP, por ordem do Governo, dinheiros que agora o Governo está a pedir a todos nós?



Alguns elementos tirados daqui