Para onde vai este País!Furto de caixas de energia deixa população sem água
Furto de caixas de energia deixa população sem água Segundo caso no espaço de um mês seca torneiras em 10 localidades00h30mTELMA ROQUE Uma dezena de povoações de Santiago do Cacém ficou sem água devido ao furto dos postos de transformação que dão energia aos reservatórios. A EDP apresentou queixa e a Câmara vai pedir o reforço do policiamento.Há cerca de um mês, as freguesias de Ermidas-Sado, Abela e Alvalade ficaram sem pinga de água devido ao furto de cobre dos postos de transformação. São eles que alimentam os sistemas de elevação de água do Pomarinho e da Borbolega. Desta vez, os ladrões foram mais ousados e não se ficaram pelo cobre: levaram mesmo tudo o que podiam levar, ou seja, os postos completos."Foi uma coisa altamente profissionalizada. Um dos postos estava elevado e tiveram que o fazer baixar até ao solo. O outro estava fixo ao chão. Estamos a falar de postos que ainda são grandes e têm um peso significativo", explicou ao JN José Rosado, vereador responsável pelo pelouro do Ambiente, Águas e Saneamento.Tudo aconteceu na madrugada de anteontem. As populações de Alvalade, Mimosa, Ermidas-Sado, Ermidas Aldeia, Vale da Eira, Faleiros, Abela, Outeiro do Lobo, Cova do Gato, Arealão e Boticos, voltaram a sentir "na pele" as perturbações de água motivadas pela cobiça do cobre.A colocação de bombas alimentadas por geradores foi a solução encontrada para fazer chegar a água às torneiras da população. "Desta vez, evitámos consequências maiores porque o furto foi notado pouco tempo depois e os reservatórios têm uma grande capacidade de armazenamento. Na outra situação, só quanto a água faltou (os reservatórios de água ficaram vazios) é que se deu conta do furto", sublinhou o mesmo responsável.A EDP já apresentou queixa às autoridades, mas José Rosado teme que os episódios se repitam, até porque os autores dos furtos estão a monte, e adianta ao JN que vai pedir à GNR para que reforce os meios de vigilância, sobretudo junto à Central das Borbolegas, em Ermidas Aldeia.O furto de cobre é uma dor de cabeça que não é exclusiva ao concelho de Santiago do Cacém. Um pouco por todo o país, sucedem-se os casos relacionados com este tipo de delito, deixando povoações sem água, electricidade ou telefones (ler caixa de outros casos), e que obrigam as autoridades a cruzar informação no decorrer das investigações.Fonte da GNR garantiu ao JN que "está atenta a este tipo de casos, não só do ponto de vista de quem furta, como de quem faz a receptação dos materiais".No mesmo dia em que aconteceram os furtos em Santiago do Cacém, a GNR efectuou sete buscas domiciliárias, uma outra a um armazém e numa sucateira (total de nove buscas) na zona do Poceirão, no concelho de Palmela.As buscas foram efectuadas no âmbito de uma investigação sobre furtos de cobre, entre outros ilícitos, mas não estão directamente relacionadas com o casos ocorridos em Santiago do Cacém no último mês.
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